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Qualidade do leite: rotina de ordenha

POR DELAVAL

DELAVAL - PRODUÇÃO DE LEITE EFICIENTE

EM 28/04/2017

6 MIN DE LEITURA

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Por Maurício Bello Márquez - Especialista em Qualidade do Leite, DeLaval Argentina



A produção de leite com qualidade, a partir de vacas saudáveis, é o principal objetivo da maioria dos produtores leiteiros. Quando o produtor aumenta a qualidade sanitária de sua produção, automaticamente aumenta a quantidade de leite produzido, melhorando a rentabilidade. Além de alinhar-se com as exigências do mercado consumidor e ter a possibilidade de melhorar seu preço de venda para o laticínio.

Por isso, hoje é muito importante controlar os diferentes fatores que ameaçam a qualidade do leite, sendo a mastite um dos mais significativos.

Uma boa “rotina de ordenha” envolve uma série de medidas higiênicas e de manejo que permitem reduzir, consideravelmente, a contaminação microbiana do leite, aumentar a produção, diminuir o tempo de ordenha e reduzir a transmissão de microrganismos patogênicos, contagiosos e ambientais, que podem causar mastites. É fundamental entender que os componentes de uma rotina de ordenha podem variar e, são realizados conforme a recomendação de um especialista baseado na realidade de cada fazenda.

Alguns pontos devem ser levados em conta para se obter uma rotina de ordenha adequada:

1. Proporcionar um ambiente limpo e tranquilo para as vacas.
A rotina de ordenha começa com o deslocamento dos animais para a sala de ordenha. Esse deve ser tranquilo e calmo, sem gritos ou agressões já que a inquietação dos animais antes e durante a ordenha são fatores estressantes e, podem interferir na adequada descida do leite. Além disso, mantendo as vacas em um ambiente limpo, com vias adequadas até a sala de ordenha, ocorre uma melhora na condição de limpeza dos tetos e, sem dúvida melhora na ordenhabilidade e a sanidade mamária (Ruegg, 2010). Este ambiente deve ser mantido durante a rotina de ordenha e nas saídas das vacas da sala.



2. Uso de luvas. As mãos são uma fonte de contaminação para os tetos da vaca em produção, geralmente estão contaminadas com Staphilococcus aureus, bactéria contagiosa que afeta a maioria das fazendas. O uso de luvas é importante, mas, mantê-las limpas também.


3. Reduzir a lavagem dos tetos com água. O objetivo da lavagem dos tetos é remover a sujeira presente neles, estimular a descida do leite e diminuir a carga microbiana da pele (Rasmussen et al., 1992). Devem ser lavados apenas os tetos e, quando realmente necessário. Ou seja, quando os tetos evidentemente estiverem sujos. Em muitas leiterias já não se realiza a limpeza dos tetos com água, afinal existe o risco da água estar contaminada ou a ação não ser realizada de forma adequada. Essa etapa é substituída pela aplicação de um desinfetante pré dip.



4. Imersão ou aspersão prévia de solução desinfetante nos tetos. O principal propósito da desinfecção pré ordenha é prevenir as infecções por patógenos ambientais, podendo reduzir aproximadamente em 50% as taxas de novas infecções intramamárias de origem ambiental (Pankey, 1989). Esses produtos são formulados para ajudar a remover as sujidades da pele, principalmente da ponta do teto. Os produtos germicidas pré ordenha devem ser de rápida ação e retirado do teto antes de colocar o conjunto de ordenha. Recomenda-se aplicar o desinfetante pré ordenha de tal forma que pelo menos 75% do teto fique coberto e permaneça por, no mínimo, 15 a 30 segundos na solução.

5. Extrair e avaliar os primeiros jatos de leite para detectar mastite clínica. A extração e o exame dos primeiros jatos de leite é uma prática importante para detecção dos casos clínicos de mastite. O leite que apresenta anormalidades não está apto para o consumo humano. A melhor maneira de realizar o teste é coletar os primeiros jatos de leite sobre uma superfície de fundo escuro, fazendo o leite escorrer em diferentes direções mediante a um movimento circular. Entre as vantagens de examinar os primeiros jatos de leite incluem: a eliminação de microrganismos presentes na cisterna do teto e a detecção das mastites clínicas (Reneau, 2001; Ruegg, 2010). A extração dos primeiros jatos também é um potente estímulo para a descida do leite (Smith et al., 2005), isso favorece uma ordenha rápida e completa, reduzindo o tempo de extração (Reneau, 2001).



6. Secar completamente os tetos com toalhas individuais.
A secagem dos tetos com toalhas individuais, depois da lavagem ou desinfecção pré ordenha, pode reduzir até 75% da população bacteriana da superfície do teto (Reneau, 2001). A colocação das unidades de ordenha em tetos úmidos favorece o ingresso de bactérias através do ducto do teto e diminuirá a aderência entre o teto e a teteira, predispondo ao deslizamento de teteiras (Ruegg, 2010).

7. Colocar as unidades de ordenha entre 40 a 70 segundos após o início da preparação do úbere. A estimulação da glândula mamária durante a preparação pré ordenha desencadeia o reflexo da “descida do leite” por ação da ocitocina, o que ocorre aproximadamente 40 a 70 segundos depois de iniciado a preparação (Reneau, 2001). Por isso, esse é o momento para colocar as unidades de ordenha.

8. Observar e ajustar as unidades de ordenha quando necessário para evitar a entrada de ar. Uma vez iniciada a ordenha deve-se observar permanentemente o funcionamento das teteiras, verificando se estão bem ajustadas para que não haja entrada de ar no sistema de ordenha.

9. Cortar o vácuo ao retirar as unidades de ordenha.
Se não possui extração automática das unidades de ordenha, elas devem ser retiradas manualmente quando o leite disponível tiver sido extraído, sem secar completamente ou deixar excesso de leite. Quando as unidades são retiradas antes de extrair todo o leite disponível (sub ordenha) perdem-se litros e afeta a rentabilidade do negócio, mas, se por outro lado, os tetos são submetidos ao vácuo quando não há leite disponível (sobre ordenha) aumenta-se os riscos de lesões na ponta do teto, afetando a saúde mamária do rebanho.

10. Desinfetar os tetos após a ordenha com um produto seguro e eficaz.
Imediatamente após finalizar a ordenha e retirada das teteiras, deve-se desinfetar todos os tetos com uma solução desinfetante apropriada e de eficiência comprovada. Conforme resultados obtidos em experimentos, espera-se que a desinfecção de tetos pós ordenha reduza a frequência das mastites no transcorrer da lactação. Tal procedimento pode diminuir em até 50% ou mais as novas infecções por patógenos mamários contagiosos (Philpot, 1999). Um confiável pós-dip previne e, também, cura as lesões da pele do teto. A recomendação é mergulhar o teto por completo na solução para uma aplicação homogênea. O uso por décadas nas propriedades leiteiras comprovam que o tempo dedicado a desinfecção do teto é um dos pilares básicos de controle e manejo das mastites (Lopez, 2014).


Para saber mais entre em contato conosco pelo box abaixo!

Bibliografía:

RENEAU, J. 2001. Preparación de la ubre para la producción de leche de calidad. In: III Jornada Internacional en Producción de Leche. Santiago, CL. 22 - 23 de Junio 2001. U. Chile, Fac. Cs. Veterinarias y Pecuarias. p. 139 - 150.

RUEGG, P. L. 2010. Los siete hábitos para una rutina de ordeño altamente exitosa. Parte I & II. In: Olivares, M. (Ed.). Jornadas Técnicas Cooprinsem 2010. Avances en Calidad de Leche y Salud Mamaria. Osorno, Chile. 4 de Mayo 2010. Cooprinsem. p. 27-36.


 

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DELAVAL

JAGUARIÚNA - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 30/05/2017

Bom dia Javier,

Obrigada pelo seu contato, você encontrará mais informações sobre Procedimentos para Limpeza de Equipamento de Ordenha no link abaixo:

https://www.delaval.com.br/-/Recomendacoes-sobre-a-producao-de-leite/Qualidade-do-leite/Limpeza-dos-equipamentos/



Qualquer dúvida, estamos à disposição! Atenciosamente, Equipe DeLaval
JAVIER

EM 03/05/2017

Boa tarde, gostaria de receber maior informacao sobre rotinas de limpieza pos ordenha e limpieza de equipamiento (CIP)

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