ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Qual o estímulo para a qualidade do leite após 10 anos?

POR PAULO MARTINS

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 12/06/2013

5 MIN DE LEITURA

47
1
Há exatamente dez anos, no dia 12 de junho de 2003, eu publiquei um artigo aqui no MilkPoint, com este título. De lá pra cá, o que mudou na qualidade do leite produzido no Brasil?

Aquele ano de 2003 mostrou-se promissor desde janeiro. Para ler o artigo clique aqui. Os preços recebidos pelo produtor estavam em alta e crescendo. De acordo com o Cepea/USP, há dez anos o preço foi de R$ 0,469, um preço estimulante para a época. O resultado é que a produção cresceu continuamente e acima do consumo. A quantidade produzida pela primeira vez empatou com a quantidade consumida, e aquele 2003 foi um ano histórico, o primeiro de autossuficiência brasileira na produção de leite! O setor lácteo vivia otimismo, prestes a atuar no mercado internacional, desta vez como exportador. Então, era chegado o desafio da melhoria da qualidade do leite! Em dez anos, o que mudou?

Os preços ao produtor hoje estão 23,7% maiores, já que R$ 0,469 equivale a R$ 0,796 (contra o preço médio de R$ 0,985 de hoje). A produção nacional cresceu 48,6%, enquanto que a população cresceu 10,2%, ou quase cinco vezes menos. Como éramos autossuficientes em 2003, devíamos estar com excedente de leite no mercado interno e atuando no mercado internacional. Mas, isso não ocorreu por dois fenômenos: câmbio desfavorável e mercado interno favorável.

Em 2003, o dólar estava cotado em R$ 2,97. Em dez anos, a inflação brasileira acumulada foi de 70,1%, medida pelo IPCA e a americana foi de 40,4%. Logo, grosso modo, para que o câmbio se mantivesse neutro, a cotação deveria ser R$ 3,84, mas está em R$ 2,13. O resultando é que, em dez anos, o preço do leite brasileiro ficou mais caro quando medido em dólar. Em valores correntes, há dez anos o produtor recebia o equivalente a US$ 0,269 (ou US$ 0,376 deflacionando em dólar) e agora recebe US$ 0,463. Portanto, perdemos competitividade via câmbio valorizado.

Por outro lado, o salário mínimo cresceu 85% acima da inflação do período, o nível de desemprego é bem menor que há dez anos e os programas de transferência de renda, como bolsa família, cresceram substancialmente. A conclusão é que o mercado interno cresceu, empurrado pelo crescimento da renda per capita dos mais pobres, compensando a perda de mercado externo. O resultado é que a produção cresceu mais que a população e menos que consumo e a produção brasileira não tem dado conta da aquecida demanda nacional. Ué, o que tudo isso tem a ver com qualidade de leite?

Na vida, tudo é resultado do binômio estímulo e condicionamento. O instigante livro Freakonomics (disponível em português), traz vários exemplos sobre como estímulos impulsionam nossas ações. Aos três anos, a filha de um dos autores do livro ainda não tinha aderido ao peniquinho. A mãe já tinha feito de tudo, procurado médico, psicólogo e educador, sem resultados. Ele, então, aplicou a lógica econômica. Disse para a filha que toda vez que ela fizesse cocô e xixi no peniquinho ganharia a sua balinha preferida. Imediatamente, a filha adotou a nova prática e colocou as fraldas em desuso. Já o livro Fora de Série mostra que todo vencedor é resultado de condicionamento de ações. Ninguém nasce ótimo. O ótimo é conquistado com dedicação, com o exercício da rotina. A lição que tiramos é que o estímulo (positivo ou negativo) direciona o caminho a ser seguido e leva ao condicionamento, que resultará em comportamento (vencedor ou perdedor).

A matriz de estímulos à melhoria da qualidade do leite tem como ponto central o consumidor. Ele é motor das transformações. Acontece que fomos exportadores líquidos durante pouco tempo, entre 2004 a 2008 e para países pouco exigentes em termos de qualidade. Portanto, o mercado externo não funcionou como estimulador de mudanças quanto à melhoria de qualidade. Já no mercado interno, o consumidor está satisfeito, pois considera leite como sinônimo de qualidade implícita. Mesmo com as operações Ouro Fino e Leite Compen$ado o consumidor ainda acredita que não há diferença de leite entre as marcas. Ele revela preferência para marcas quando compra feijão, arroz, açúcar, café e fubá. Mas, leite é tudo igual... Falta informação ao consumidor.

Se o consumidor não exige melhorias, a indústria brasileira não se movimenta e não passa estímulo explícito ao produtor. Esta foi uma década de involução na organização da indústria de laticínios, que viu reduzir a sua já frágil capacidade de coordenação da cadeia produtiva. As contradições no comportamento das empresas deixam o produtor sem saber qual é a regra do jogo. O número de empresas de laticínios que adotaram políticas sérias a favor da melhoria de qualidade do leite pode ser contado com os dedos de uma mão, apenas. Pois, estas empresas foram prejudicadas. Foram vistas como intransigentes pelos produtores, já que as suas concorrentes, num período de escassez de leite como tem sido, valorizam o produto pouco valorizado e até mesmo recusado pelas empresas que levam qualidade a sério. Portanto, numa época em que quase todas as empresas estão com sérios problemas de caixa, em que a margem líquida está curta, em que o preço do leite está elevado e o produtor é disputado, qualidade não figura como prioridade para a indústria de laticínios.

Portanto, se a indústria não é pressionada pelo consumidor, logo ela não pressiona o Governo a favor de marcos legais e por adoção de fiscalização intensa. E ação de Governo é, em essência, resultante da ação de grupos de interesse ou pressão. Sob este aspecto, O Governo oferta mais do que é demandado. Em 2008, por exemplo, pela ação do Professor da UFPR, Newton Ribas e do pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Cláudio Nápolis, o MAPA adquiriu R$ 12 milhões em equipamentos para a RBQL – Rede Brasileira de laboratórios de Qualidade de Leite, tornando-a mais arrojada, confiável e eficiente.

O fato é que neste intervalo de dez anos que separam os dois artigos, coincidentemente publicados no dia dos namorados, o número de propriedades monitoradas cresceu substancialmente, superando as 250 mil. Também expandimos e melhoramos a RBQL. Mais que isso, criamos competência e expertise sobre o assunto. Escrevo este artigo daqui do Congresso Brasileiro da Qualidade do Leite, o quinto realizado nestes dez anos. Este ano, mais de duas centenas de trabalhos científicos foram apresentados. Então, o que falta para efetivamente termos um salto quântico na qualidade?

Falta estímulo e condicionamento, nesta ordem. Para a cadeia ser estimulada, é preciso que o consumidor a estimule. Para isso, o consumidor precisa receber informação que o leve a desconfiar do produto que compra. Sem informação ao consumidor, não haverá pressão. Sem pressão, não teremos nem estímulos, nem treinamentos eficazes que levem ao condicionamento da maioria dos produtores de leite, rumo ao leite de melhor qualidade. Passados dez anos, baixa qualidade e até fraude, pelo visto, compensam.

PAULO MARTINS

Paulo do Carmo Martins - Economista, Doutor em Economia Aplicada (Esalq/USP). Pesquisador da Embrapa Gado de Leite e Professor Associado da Facc/UFJF

47

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

BRUNO MILAN CARNEIRO DE ALBUQUERQUE

RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO - ESTUDANTE

EM 15/12/2013

Ola, caro Paulo Martins,

Estou fazendo um TCC sobre a fábrica de leite Glória em Itaperuna, RJ, em especial sobre esse momento atual em que ela recebeu incentivos do Programa Estadual fluminense Rio Leite. Agradeço por qualquer informação sobre estes investimentos e sobre o estado atual da produção. Eu gostaria de saber sobre a CCPL, quando a fábrica finalmente fechou em São Gonçalo, RJ. Obrigado.
PAULO MARTINS

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 25/06/2013

Olá Guilherme,

Bela iniciativa. Vou conhecer a novidade.
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/06/2013

Prezado conterrâneo Paulo Martins e demais amigos: A Fazenda Sesmaria lançou seu site. Para acessar, basta procurar pelo endereço fazendasesmaria.com
Um abraço,


GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
=HÁ OITO ANOS CONFINANDO QUALIDADE=
EDISON ANTONIO PIN

DOIS VIZINHOS - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 18/06/2013

A in 62 está institucionalizada.
Lei é lei, então porque não acontece.
A normativa prevê todos os aspectos mencionados pelo Dr. Paulo.
Produtor > Freteiro > Laticínio > Supermercado > Consumidor ....
Existem atribuições para cada elo desta corrente que contempla
também os desejos de cada setor para evoluir - IN 62.
Fiscalização estadual: Serviço de Inspeção Estadual.
Penso que é um jogo de conveniências bem planejado todos os meses.....
ALEX CAMPOS MACHADO

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 18/06/2013

Boa tarde Jairo !

Parabens pelo desabafo, o Brasil todo ouviu.

Alex
JOEL NAEGELE

CANTAGALO - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/06/2013

Quero continuar recebendo este informativo sem interrupção. Acho-o de grande utilidade para esses incríveis debates que estamos acompanhando e participando e quero felicitar a todos que emitiram opinião, com as críticas ácidas e merecidas, fruto de uma incontida revolta. A explosão do Jairo Pinto de Carvalho atinge o cerne da questão. Os exemplos que veem de cima estimulam as ordinarices que se pratica em baixo, no chamado "underground". Gente da pior espécie fraudando o Leite de maneira criminosa e acho que não veremos ninguém condenado.
E a questão da Fiscalização ? Onde andam os Fiscais. Tudo isso é lamentável.
LEONARDO LOPES

GOIÂNIA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 17/06/2013

Vejo muitos comentários sobre a capacitação da área técnica no ponto de vista de ajudar neste quesito. Pois bem, sou consultor de qualidade de leite aqui em minha região. Muitas fazenda que trabalham comigo já reduziram consideravelmente seus índices de CBT e CCS e sim, produzem um leite sustentável! Mas sabe qual a grande dificuldade que encontramos com os produtores que não trabalham dentro deste conceito? Muitos veterinários, pasmem, e outros consultores das fazendas, que colocam e ponderam ao produtor que o custo de ter um profissional para este tipo de trabalho é muito caro e não compensa. Será que realmente são os técnicos que não são capacitados ou não há um trabalho em conjunto? Gostaria de lembrar o seguinte: Nos EUA, existe um profissional (consultor) de qualidade do leite para cada 12 fazendas (para se ter noção de como eles trabalham bem este conceito lá).
Será que se um produtor trabalhar qualidade mesmo não fornecendo seu leite a um laticínio que não se preocupa com a qualidade ele já não dá um passo longo na mudança e quebra deste paradigma no Brasil?
Abraços a todos...
DR. JAIRO PINTO DE CARVALHO

SALVADOR - BAHIA

EM 17/06/2013

Salvador-Bahia,17.06.2013-2ª feira.

Ao MilkPoint.
Prezados Senhores:

SE fossemos um PAÍS SÉRIO! SE fossemos um país onde AS LEIS FOSSEM RESPEITADAS E CUMPRIDAS! SE tivéssemos a PENA DE MORTE, para os crimes contra a saúde pública e LATROCÍNIOS, como na China e U.S.A.! SE os IMPOSTOS não fossem ESCORCHANTES! SE a SOCIEDADE fosse mais instruída e UNIDA! SE o S.I.F. realmente TRABALHASSE, pois parece ser apenas mais uma INSTITUIÇÃO para o famigerado cabide de empregos CASO ATUASSEM, NÃO TERIA OCORRIDO O "BATIZADO" O NOSSO LEITE, NINGUÉM ESTÁ PRESO! SE houvesse pelo menos a PRISÃO PERPÉTUA! SE os alimentos e remédios, não fossem TRIBUTADOS! SE os GOVERNOS preocupassem -se com o real bem estar da sociedade ao invés de ficar fazendo POLITICAGENS! SE tivéssemos VERGONHA NA CARA! SE levantássemos do BERÇO ESPLÊNDIDO! SE reagíssemos com FIRMEZA aos DESMANDOS GOVERNAMENTAIS! SE não fizéssemos uso do "JEITINHO BRASILEIRO".(lei do Gerson)! SE não fossemos O PAÍS DO CARNAVAL, DO FUTEBOL, DAS MULATAS, DO JOGO DO BICHO, DA CORRUPÇÃO, DO "SAMBA DO CRIOULO DOIDO"! SERÍAMOS UM PAÍS EVOLUÍDO E NÃO COM ATRASOS DE MAIS DE 60 ANOS! POIS, AINDA ESTAMOS NOS TEMPOS DO GANGTERÍSMO COMO NOS U.S.A. NO PERÍODO (1920 a 1935), POR AQUI, ESTÃO VENDENDO SEGURANÇA, PARA QUE AS LOJAS NÃO SEJAM ARROMBADAS!
AGORA, ESTAMOS PATROCINANDO TANTO A COPA DAS CONFEDERAÇÕES E DO MUNDO DE 2014, QUANTO AS OLIMPÍADAS DE 2016!
QUANDO A FARRA ACABAR, "ACABOU-SE O QUE ERA DOCE"! E, COMO DESGOVERNADOS QUE SOMOS, VAMOS CURTIR A INFLAÇÃO GALOPANTE A QUAL, JÁ SE AVIZINHA! PRESENTE GOVERNAMENTAL!
PRECISAMOS TER, POR AQUI, UMA ESPÉCIE DA QUEDA DA BASTILHA! MAS, INFELIZMENTE, TEMOS SANGUE DE BARATA!
NOS U.S.A., O PAÍS MAIS RICO E PODEROSO DA FACE DA TERRA, O SALÁRIO MÍNIMO GIRA EM TORNO DOS US$2,500,00 E OS PREÇOS DE TUDO, É MUITO MAIS BARATO DO QUE POR AQUI, O PAÍS FUNCIONA, TANTO É QUE MUITOS VÃO LÁ PARA FAZER COMPRAS E LÁ, OS GOVERNOS NÃO JOGAM DINHEIRO PELO RALO NEM FICAM FAZENDO EXPERIÊNCIAS COM A ECONOMIA PORQUE SE FIZEREM, VÃO PARA A CADEIA MESMO!
TUDO PIOROU, APÓS O GOLPE MILITAR do 1º do ABRIL do 1964 COM O SURGIMENTO DOS APADRINHADOS DO PODER! ANTES OS COLÉGIOS ERAM AFAMADOS HOJE SÃO UMA BOA PORCARIA!, SÓ VISAM O LUCRO!
LÓGICO QUE EXISTEM EXCEÇÕES!
QUEM VIVER VERÁ!
A IMPRESSÃO QUE SINTO É A DE QUE OS GOVERNOS SÃO FROUXOS E MEDROSOS POIS, EVITAM A TODO CUSTO O DESENVOLVIMENTO E A INSTRUÇÃO DA SOCIEDADE!
A ARROGÂNCIA E A BUROCRACIA SERVEM APENAS, PARA ATRAVANCAR O PAÍS E ENCOBRIR A CORRUPÇÃO!
COM O SALÁRIO MÍNIMO DE R$674,00 NÃO HÁ DESENVOLVIMENTO CERTO!
SOMOS O QUE SOMOS E PONTO FINAL!
Grato pela atenção.
Jairo Pinto de Carvalho
PAULO MARTINS

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 14/06/2013

Joel, falta torrão de açúcar e chicote. Mas, antes disso, falta consumidor pressionando.
JOEL NAEGELE

CANTAGALO - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/06/2013

O interessante é observar a unanimidade das opiniões decorrentes da leitura do artigo do Paulo Martins, quanto as barreiras a serem vencidas no entendimento de todos que estão centradas nos próprios produtores, coisa facilmente verificável por tudo que tem acontecido com o produto. A Indústria evoluiu, os equipamentos de Ordenha a cada dia são melhores, o consumo está consolidado, mas, tal qual na política brasileira, os picaretas aproveitadores da situação, emporcalham tudo que os idealistas que trabalham limpa e decentemente se vejam, de certa forma, emparedados e com poucas perspectivas. É lamentável.
PAULO MARTINS

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 14/06/2013

Caro Estevão,

Agradeço o seu comentário e concordo com você. Evoluimos, mas não ao ponto de podermos afirmar que efetivamente há coordenação na cadeia do leite.
ESTÊVÃO DOMINGOS DE OLIVEIRA

QUIRINÓPOLIS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 14/06/2013

Caro Paulo Martins

Parabéns pelo artigo

Acredito que a cadeia produtiva do leite ainda á muito pouco profissional. Temos muito a melhorar no setor produtivo, transporte, beneficiamento e também conhecimento dos consumidores. O setor técnico de suporte e assistência à produção também precisa se tornar mais competente.

Isso vai demorar muito tempo, mas é o caminho.

Abraços a todos
PAULO MARTINS

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 14/06/2013

Excelente, Roberto!

Você avançou e completou o artigo. Você falou em gestão da cadeia de suprimentos, que ainda não temos no leite brasileiro e já temos no frango, suíno e frutas de exportação. Belíssima contribuição você nos proporcionou pelos seus comentários.
ROBERTO COSTA

POÇOS DE CALDAS - MINAS GERAIS

EM 14/06/2013

Bom dia Paulo Martins,
suas palavras estão muito bem colocadas neste artigo.
No CBQL tive a honra de participar com meus mestres. Tive a oportunidade de mostrar como a indústria é forte no que tange sua capacidade de conduzir e melhorar a qualidade. E para isso ela tem que execer 3 papeis fundamentais na cadeia da atividade leiteira: Ser interlocutora fiel dos anseios do atuais e novos consumidores, ser efetivamente agente da qualidade do leite ser também peça reconhecedora.
A indústria deve exercer a gestão da qualidade total desde o início da cadeia, ou seja, considerar o produtor e sua propriedade o início do processo de controle da qualidade. Ela deve ser comprometida e não apenas envolvida com a qualidad do leite.
Para isso ela tem que ter algumas premissas básicas: Comprometimento de alta diretoria, uma especificação do leite que quer adquirir, comprometimento da equipe técnica do laticinio e pagamento pela qualidade do leite. Essas premissas infelizmente ainda não são norteadas por grande parte dos laticínios e que você deixou claro quando diz "num período de escassez de leite como tem sido, valorizam o produto pouco valorizado e até mesmo recusado pelas empresas que levam qualidade a sério
Se a industria exercer este papel tenho certeza que, aliados a eficientes fiscalizações e comprometimento do produtor, a qualidade o leite no Brasil seria uma outra realiade em um curtíssimo prazo".

Abraço!
JOEL NAEGELE

CANTAGALO - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/06/2013

Concordo com a sua opinião e desde que adotamos o Programa, pude experimentar uma sensação agradável e altamente estimulante já que passei a produzir em 2ha. o que antes produzia em quase 100 que possuo. O resultado tem sido animador, e já penso em começar a substituir vacas de 18/20 litros/dia por animais de 30 lts/dia. Já estamos aumentando o número de piquetes porque de futuro, pretendemos ( eu e meu filho,que é Veterinário) também negociar bezerras de qualidade e adaptadas ao nosso clima.
ALEX CAMPOS MACHADO

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 14/06/2013

Prezado Dr. Paulo.

Obrigado pela atenção e carinho, em resposta ao meu comentário, no artigo publicado.

Com base no seu artigo, me coloco a disposição a qualquer produtor, que queira melhorar a qualidade do leite.

A Sete ordenhadeiras, seguindo a meta do CBQL (Conselho Brasileiro de qualidade do leite) de incrementar a cadeia produtiva do leite junto às cooperativas leiteiras, se orgulha em trabalhar com produtores que buscam melhorias na qualidade do leite e redução de custos na sala de ordenha.

SERVIÇOS PRESTADOS:
- Treinamento e assessoria para profissionais de sala de ordenha;
- Técnicas de limpeza para ordenhadeiras mecânicas;
- Técnicas de ordenha;
- Tempo ótimo (pico de ocitocina);
- Qualidade do leite;
- Baixar CBT - Controle de bactérias totais;
- Localizar os pontos de UFC - Unidade formadora de colônia;
- Identificar CCS - Controle de células somáticas; (Apoio Veterinário);
- Manutenção em equipamentos de ordenha;
- Consultoria para redução de custos em salas de ordenha;

Visando auxiliar produtor nestas metas de qualidade, Estaremos sempre à disposição.

SETE-Serviços técnicos especializados em ordenhadeiras mecânicas
Alex Campos Machado - ordenhadeiras
RUA São José, 600 Tubalina Uberlândia-MG Cep: 38.412.86
Fones: (034) 9136.1289, (034) 9682.9049
E mail: alexordenha@yahoo.com.br
PAULO MARTINS

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 14/06/2013

concordo, Alex, ressaltando que somente teremos qualidade quando o consumidor assim desejar.
ALEX CAMPOS MACHADO

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 14/06/2013

Parabens pelo excelente artigo Dr. Paulo, Trabalho junto com produtores de leite, sempre focando qualidade. É uma pena, ver os produtores e leite se sacrificando ao maximo para ter uma melhor qualidade, e remuneração em seu produto (não que não seja necessario). O que falta mesmo, é mais compromisso dos latcinios, e mais interesse politico no assunto.

Alex Campos Machado
(034) 9136.1289
alexordenha@yahoo.com.br
PAULO MARTINS

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 14/06/2013

Joel,
Já escrevi sobre o Balde Cheio em outra oportunidade. Considero um projeto revolucionário, pois é o único que eu conheço que visa transformar o produtor, para que ele transforme a propriedade. Taí um bom tema para os próximos artigos.
JOEL NAEGELE

CANTAGALO - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/06/2013

Sem dúvida é isso que vem acontecendo ao longo do tempo. As melhorias que se observa, a cada dia maiores, está se devendo a conscientização dos produtores sempre bem orientados por bons e eficientes técnicos. Me incluo entre os que entendem que devemos fazer o melhor sempre. Um coisa me chama atenção: Não ouvi nenhum comentário a respeito do Programa Balde Cheio da Embraba que adotei e considero um avanço nessa área. Você tem alguma opinião sobre o assunto?

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures