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Indução à lactação: alternativa para produtores e benéfica aos animais

POR EISTYS MARIA TORRES CLEMENTE DE ALMEIDA

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 05/10/2020

3 MIN DE LEITURA

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As perdas econômicas na atividade leiteira, muitas vezes, podem estar associadas às numerosas ineficiências do sistema de produção, dentre elas a reprodução. As falhas reprodutivas são um dos principais problemas encontrados quando se fala em produção animal, podendo levar a perdas produtivas e lucrativas, consequentemente provocando o descarte involuntário de animais considerados de boa produção, em especial nas regiões com altas temperaturas que têm o costume de explorar a alta produção por vaca.

A falha reprodutiva, quando uma fêmea encerra seu período de lactação e está vazia, gera grandes despesas no plantel, acarretando em um descarte forçado desse animal. Entretanto, há uma possibilidade de reverter, gradativamente, esse problema. A utilização do protocolo de indução à lactação aparece como uma alternativa para propriedades que encaram esse desafio com vacas classificadas como produtivas, podendo ter resultado no aumento da produção e o cancelamento do descarte do animal, que poderá atingir até 80% do pico do perfil de sua produção.      

Além de possibilitar a lactação na ausência de gestação, essa ferramenta auxilia a reversão da imagem de animais inférteis e viabiliza o retorno da atividade reprodutiva normal dos animais, fazendo assim que voltem a produzir leite. Estudos feitos por diversos autores mostraram que vacas repetidoras de serviço que manifestavam alguns problemas como cistos ovarianos, abortos e metrite, após serem protocoladas pela indução tiveram sucesso na lactação e tornaram-se gestantes – o que evitou seu descarte involuntário (Smith e Schanbacher, 1973; Jewell, 2002; Freitas et al., 2010; Mellado et al., 2011).

O protocolo de indução funciona como uma simulação das oscilações hormonais ocorridas nas semanas anteriores ao parto, últimos 21 dias, estimulando o desenvolvimento da glândula mamária e a produção de leite. Além de vacas com problemas reprodutivos, novilhas que foram cobertas ou inseminadas diversas vezes mas não conceberam também podem passar pelo tratamento. No entanto, para que o protocolo tenha garantia segura do resultado esperado é preciso considerar alguns requisitos:

  • Nutrição: é necessário que o animal seja assegurado de boa alimentação, principalmente quando der início à produção e que esteja adaptado ao consumo de concentrado e/ou ração;
  • Animais saudáveis: ausência de problemas crônicos, como doenças nos cascos;
  • Escore de Condição Corporal: animais com escore maior ou igual a 3;
  • Secagem: é preciso respeitar o período mínimo de 60 dias para vacas já lactantes. Elas devem obrigatoriamente estar secas.

Com o protocolo confirmado para os animais e todas as recomendações seguidas de forma correta, a indução à lactação é uma ferramenta tecnológica de grande importância para produtores que enfrentam problemas reprodutivos no rebanho com grande valor na produção e que elimina a possibilidade de descartarem os animais. O resultado bem sucedido do método é fruto da seleção dos animais requisitados e o rigoroso cumprimento com o cronograma do protocolo, assim os produtores possuem uma alternativa interessante e eficaz para reduzir a taxa de descarte involuntário e reverter a situação improdutiva dos animais. Entretanto, deve-se também levar em considerações os custos da implementação do protocolo e a viabilidade perante o retorno financeiro obtido com a produção do animal.

Referências

Smith KL, Schanbacher FL. Hormone induced lactation in the bovine. I. Lactational performance following injections of 17β-estradiol and progesterone1. J Dairy Sci, v.56, p.738-743, 1973.

Jewell T. Artificial induction of lactation in nonbreeder dairy cows. 2002, 47f. Dissertation (Master of Science - Dairy Science) - Faculty of the Virginia Polytechnic Institute, Blacksburg, VA, 2002.

Freitas, PRC, Coelho, SG, Rabelo E, Lana ÂMQ, Artunduaga MAT, Saturnino HM. Artificial induction of lactation in cattle. Rev Bras Zootec, v.39, p.2268-2272, 2010. Jewell T. Artificial induction of lactation in nonbreeder dairy

Mellado M, Antonio-Chirino E, Meza-Herrera C, Veliz FG, Arevalo JR, Mellado J, de Santiago A. Effect of lactation number, year, and season of initiation of lactation on milk yield of cows hormonally induced into lactation and treated with recombinant bovine somatotropin. J Dairy Sci, v.94, p.4524-4530, 2011.

EISTYS MARIA TORRES CLEMENTE DE ALMEIDA

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BARRY ALLISON

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/10/2020

Uma questão importante com a indução da lactação é o uso dos hormônios em animais de produção com o potencial para resíduos na carne ou no leite e as implicações na segurança alimentar.
O estrogênio é um grande problema, pois você precisa de doses significativos para iniciar a lactação.
E o benzoato de estradiol esta totalmente proibido tambem.
Este procedimento esta totalmente proibido aqui na Nova Zelandia e na Europa. Tambem esta prohibio o uso de BST.
O consumidor final em muitos mercados do mundo é muito sensível a esse tipo de coisa. Acredito que o Brasil, que eventualmente quer participar em exportação de produtos lacteos, tem que re-pensar este tipo de pratica.
FRANCISCO FERREIRA DA SILVA JUNIOR

BAIXA GRANDE DO RIBEIRO - PIAUÍ - ESTUDANTE

EM 05/10/2020

Maravilha, Eistys!
EISTYS MARIA TORRES CLEMENTE DE ALMEIDA

RECIFE - PERNAMBUCO - ESTUDANTE

EM 06/10/2020

Muito obrigada! Que bom que gostou!
THIAGO AMORIM

TERESINA - PIAUÍ - ESTUDANTE

EM 05/10/2020

Excelente trabalho da minha amiga.
EISTYS MARIA TORRES CLEMENTE DE ALMEIDA

RECIFE - PERNAMBUCO - ESTUDANTE

EM 05/10/2020

Muito obrigada meu amigo! #Pecuária

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