As importações de lácteos da China vêm crescendo consecutivamente desde 2015, mas essa sequência terminou em 2022. No ano passado, as compras do gigante asiático caíram 16,5%, para 3,505 milhões de toneladas. A queda em dólares foi de apenas 0,2%, para US$ 15,021 milhões.
As compras de leite em pó integral - principal produto exportado pelo Uruguai e o mais importado pela China - caíram para 701.383 toneladas, 17% abaixo das 849.247 toneladas alcançadas em 2021.
Os únicos produtos que registraram alta na comparação anual foram: fórmulas infantis, manteiga, requeijão e outros lácteos.
O Uruguai consolidou-se como o segundo maior fornecedor de leite em pó integral para a China, com 30.325 toneladas exportadas no ano passado. Esse lugar no pódio se manteve apesar da queda de 19% registrada em relação às 37.551 toneladas embarcadas em 2021, segundo dados do CLAL, divulgados pelo Observatório da Cadeia Leiteira Argentina (OCLA).
A Nova Zelândia foi o maior fornecedor por ampla margem, com 617.725 toneladas, uma participação de mercado de 88%.
Os números de dezembro mostraram novas quedas para a maioria dos produtos, exceto leite em pó e soro de leite. O volume total de lácteos importados pela China caiu 7,4% no último mês do ano.
“Estas quebras nas compras à China respondem, em princípio, a uma maior produção local, aos elevados estoques gerados nas grandes compras de 2021, às dificuldades logísticas que implicaram o fechamento de algumas cidades devido a surtos de Covid, efeitos colaterais da Guerra na Ucrânia e o processo inflacionário que vem ocorrendo em todas as economias mundiais, apontou a OCLA em sua análise.
As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.