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Montanha-russa no mercado de leite

POR MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

E CARLOS EDUARDO PULLIS VENTURINI

PANORAMA DE MERCADO

EM 13/12/2013

7 MIN DE LEITURA

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Preços de leite mais altos, redução dos preços do milho, que haviam castigado o produtor no ano passado, e níveis menores de importação. Este ano, pelo menos durante boa parte dele, foi completamente diferente de 2012, sendo marcado pela recuperação das margens após um 2012 para se esquecer.

No início do ano, o preço real do leite de janeiro, deflacionado pelo IGP-DI, indicado pelo CEPEA/ESALQ, era 1,8% menor que o do mesmo mês em 2012. Ao longo do ano, esta diferença se inverteu, e muito, até atingir os recordes históricos de preço deste ano.

Gráfico 1 – Evolução dos preços reais de leite deflacionados pelo IGP-DI – 2009-2013

Fonte: Cepea/ESALQ; Elaboração: MilkPoint

Como pode ser visto no Gráfico 2, a diferença entre preço do leite 2013 x 2012 chegou a 22,9%. Mas quais foram os fatores que influenciaram esta alta nos preços praticados ao produtor?

Gráfico 2 – Diferença entre preço do leite de 2012 x preço do leite de 2013

Fonte: MilkPoint a partir de dados do CEPEA/ESALQ

Principalmente, a oferta. O ano de 2012 foi marcado por altos custos de produção, o que desestimulou investimentos para 2013, resultando em uma redução da quantidade ofertada. O Gráfico 3 apresenta a Receita Menos Custo da Ração (RMCR), uma simulação feita pelo MilkPoint para demonstrar quanto sobra ao produtor após os gastos com alimentação, um dos principais itens componentes do custo de produção de leite.

Gráfico 3 - Receita Menos Custo da Ração (vaca de 20kg/dia), deflacionada


Apesar de em outros anos a mínima da RMCR ter sido menor, durante 2012 ela permaneceu em baixa por boa parte do ano, devido aos altos preços dos insumos – principalmente a partir de julho, quando houve a seca e a consequente quebra de safra de soja e milho nos EUA - ao contrário do que normalmente ocorre, em que picos de máxima e mínima se alternam durante o ano, 2012 não teve um “pico”, iniciou o ano em queda e teve uma discreta alta no último trimestre do ano, o que não foi suficiente para amenizar as perdas ocorridas. Ao contrário de 2013, em que praticamente todo o ano a RMCR teve constantes e expressivas altas – resultantes muito mais da alta no preço do leite do que de um reajuste nos custos com insumos, que continuam em altos níveis - sofrendo uma leve queda no período outubro/novembro.

O reflexo disso foi visto na oferta de leite, não só a brasileira, mas no mundo como um todo a atividade sofreu com as margens mais apertadas. A Tabela 1 mostra a comparação da produção/captação de leite em diversos países no primeiro semestre de 2013 em relação ao primeiro semestre de 2012.

Tabela 1 – Produção/captação de leite de diversos países – Variação 1º trimestre 2013 x 1º trimestre 2012

Fonte: Vários

Ou seja, além da reduzida oferta interna, a disponibilidade de produto estrangeiro também foi afetada, contribuindo para que os preços continuassem em seu ciclo de alta. Isto pode ser constatado pelo volume importado em 2013, em equivalente-leite (a quantidade de leite utilizada para produzir um quilo de determinado produto) as importações caíram 14,3% na comparação anual até novembro.

Essa reduzida oferta no início do ano e o consequente aumento dos preços pagos ao produtor repercutiram por toda a cadeia, gerando grandes aumentos nos preços finais dos derivados de leite. Segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), enquanto a inflação acumulada nos últimos 12 meses em novembro foi de 5,77% e a categoria “Alimentos e Bebidas” teve alta de 8,6%, os derivados lácteos, principalmente leite UHT e em pó, tiveram altas mais expressivas ainda: 25% no UHT e 21,9% de aumento no leite em pó (Gráfico 4).

Gráfico 4 – Inflação acumulada nos últimos 12 meses por categoria


O resultado desse cenário não tardou a vir. Os preços mais elevados resultaram em aumentos consideráveis de oferta a partir de setembro, principalmente no Sudeste e Centro-Oeste, como pode ser visto no Gráfico 5. Apesar de um primeiro semestre com crescimento de apenas 0,2% na captação de leite pela indústria, os dados referentes ao terceiro trimestre mostram um outro panorama: na comparação ano a ano, julho apresentou crescimento de 5,8% sobre o mesmo mês de 2012; agosto de 6,3% e em setembro o incremento na produção chegou a 13%. O que nos faz chegar a um crescimento de 2,9% de 2013x2012, considerando o mesmo período.

Gráfico 5 - Captação formal de leite - em mil litros



Agentes de mercado consultados pelo MilkPoint tem relatado crescimento da produção nos estados de Minas Gerais e Goiás entre 15 e 20% na comparação anual ao final desse segundo semestre, projetando um crescimento anual nesses estados da ordem de 4,5-5,0% (porém vindo todo em um único momento).

O leite spot, que reage antes e que mais sente a sobre-oferta, já é negociado abaixo de R$ 0,95/litro, uma queda de 30% se considerados os valores de 3 meses atrás, e novas reduções são esperadas. Há relatos de que os pátios estão cheios e que, dependendo da região, a disponibilidade de carretas para transporte é um limitante.

Esse cenário não é geral, porém. No Sul do país, a produção não aumenta da mesma forma e os reajustes previstos de preços são aparentemente menores, pelo menos em um primeiro momento.

No atacado, a situação também é complicada. Há relatos de fortes quedas do leite UHT, na casa dos 30 a 40 centavos por litro, e formação de estoques pela indústria.

Nos últimos tempos, acompanhamos as discussões sobre preços de leite e oferta, opondo indústrias e produtores. As indústrias, alertando para o cenário difícil; os produtores, argumentando que trata-se de manobra para reduzir os preços sem motivo aparente. Nessa discussão, teremos ambos perdedores no curto prazo; o produtor verificará uma redução nos preços (provavelmente por volta de R$ 0,15 entre o pico e o vale), e a indústria não conseguindo repassar toda perda, fazendo-nos lembrar que nos momentos de baixa todos perdem dinheiro.

No entanto, há um fator que pode amenizar esta projeção de menores preços pagos ao produtor. Trata-se dos preços internacionais e do câmbio, que fazem com que os preços externos se projetem bem acima dos internos nos próximos meses (Gráfico 6), algo que não acontecia desde 2007/08. O resultado disso é a entrada de menos leite no país – algo relevante se considerarmos que cerca de 3,2% do nosso consumo tem sido leite importado – e, mais importante ainda, a possibilidade de exportar para outros mercados. De fato, algumas empresas começam a fechar contratos significativos, gerando a expectativa de que poderemos reverter a balança comercial nesse ano.

Gráfico 6 - Valores de entrada do leite importado do Mercosul, valor do leilão gDT e preço Cepea, em R$/litro

Fonte: MilkPoint, a partir de dados do Cepea/USP, gDT, MDIC, e BCB.

Além disso, outro fator que pode auxiliar no aumento da competitividade do setor lácteo brasileiro é a manutenção da taxa de câmbio nos atuais patamares. Segundo o Boletim Focus, do Banco Central, a expectativa das instituições financeiras é que o dólar feche 2014 a R$2,40/US$, ante os R$2,30/US$ registrados em novembro deste ano.

Tudo somado, o preço de equivalência do leite para exportação (Tabela 2) para uma tonelada de leite em pó integral a US$ 5.035 e câmbio de R$ 2,30, é de cerca de R$ 1,19/litro. Assim, em tese, esse é o preço máximo para o leite chegando na indústria e ainda assim empatando. Se a empresa tem, digamos, um custo de R$ 0,05/litro de frete, poderia pagar R$ 1,14 e ainda assim empatar, ou R$ 1,00 e ter uma boa margem. Dessa forma, o mercado internacional pode, até certo limite, funcionar como um piso de preços até que a oferta cresça de novo. Claro que, para volumes muito grandes, esse raciocínio não funciona, já que poucas empresas têm fábricas habilitadas para exportação, além do fato de que precisam também manter seus clientes nacionais.

Tabela 2. Máximo preço a ser pago pela matéria-prima posta na fábrica para atingir o ponto-de-equilíbrio

Fonte: MilkPoint

O que esperar para frente?

Nos próximos meses, a oferta deve continuar vindo forte em comparação ao ano anterior, fruto tanto de um primeiro semestre de 2013 muito ruim em produção, quando de um efeito inercial na produção do segundo semestre de 2013. Mas, ao longo do ano, esse efeito vai se perdendo. A perspectiva é de um 2014 difícil para o setor, principalmente no primeiro semestre, ainda que tenhamos exportações tirando leite do mercado e importações menores. Já à medida que o ano avança, a produção vai se acomodando e o comportamento de preços dependerá em parte do que ocorre com a balança comercial brasileira. Espero estarmos errados, mas é inegável que o momento atual sugere cautela no curto e médio prazos.

ARTIGO EXCLUSIVO | Este artigo é de uso exclusivo do MilkPoint, não sendo permitida sua cópia e/ou réplica sem prévia autorização do portal e do(s) autor(es) do artigo.

MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP), Mestre em Ciência Animal (ESALQ/USP), MBA Executivo Internacional (FIA/USP), diretor executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint.

CARLOS EDUARDO PULLIS VENTURINI

Economista formado pela ESALQ/USP; Coordenador de Conteúdo do MilkPoint Mercado

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MICHEL KAZANOWSKI

QUEDAS DO IGUAÇU - PARANÁ - OVINOS/CAPRINOS

EM 20/01/2014

Atualmente, a previsão de 2014 para o preço do leite é para um ponto médio 21 dólares com uma variação de $ 20,60 a $ 21,40 por cem libras , projetada por economistas do USDA em suas estimativas mundiais de oferta e demanda agrícola . A Universidade de Missouri Scott Brown concordou que poderíamos chegar a essa previsão deste ano, durante sua apresentação nos preços do leite com os participantes da Conferência Anual Dairy Sul 40 .



" A produção de leite na Califórnia e outros estados ocidentais poderia estar em cheque devido a uma seca em curso na região, que está a limitar o abastecimento de água e a produção de alimentos para os animais. Mas quando você enviar sinais fortes e positivos para produzir mais leite , os produtores de leite americanos e aqueles ao redor do mundo em geral, respondem " , disse Brown. "Se conseguirmos uma grande resposta da oferta na produção de leite , a alta dos preços do leite que desfrutamos poderia ser de curta duração."



Alguma semelhança com o que ocorreu no mercado brasileiro a partir de setembro? Eis que a montanha russa dos preços do leite não é exclusividade dos brasileiros.
SANTIAGO

LAVRAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 14/01/2014

Davi;



Você tem um xará aqui na região que trabalha na vigor,



Vem sim, vamos trocar ideias;



Abraço
SANTIAGO

LAVRAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 10/01/2014

Michel, os contratos de opção são seguros de preço que o governo garante através de um preço base estipulado que comprará o produto em caso de grande variação de Mercado. Não é tão usado nos lácteos. O que mais se aproxima é o financiamento de estoques EGF, mas que é muito aquém dos preços reais para a industria que toma o financiamento. Na realidade, um dos passos para um melhor controle da dita "montanha russa" seria uma política de compras pelo governo na safra e de liberação gradual na entressafra dos estoques de leite em pó e queijos de longa maturação. infelizmente, acho que não e existe boa vontade do governo com o produtor rural. Vivemos recentemente um colapso no setor cafeeiro e o governo fez intervenções tímidas de compra pra estoque em resposta a manifestações dos cafeicultores. Por fim, seria sim uma boa opção se os preços segurados fossem próximos da realidade de mercado e se o governo se manifestasse disposto a compra e regular estoques. Abraço!
DAVI MOREIRA PINTO

CAMPO BELO - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 10/01/2014

Caro Santiago,



A forma de trabalho com contratos é uma excelente opção, nos da uma certa segurança, e também para o produtor. Porém a empresa para qual eu trabalho, no momento, ainda não adotou esta forma de negociação.

Talvez meu perfil acima gere algum entendimento confuso, Campo Belo é minha cidade Natal, onde minha família mora. Eu trabalho para um Laticínio de São Paulo, gerencio as regiões de Luz, Dores do Indaiá, Estrela do Indaiá, Quartel Geral, Bom Despacho, Abaeté e mediações...

Em uma de minhas idas a Campo Belo, farei uma visita a bela Lavras para conhece-lo pessoalmente.



Um grande abraço!
MICHEL KAZANOWSKI

QUEDAS DO IGUAÇU - PARANÁ - OVINOS/CAPRINOS

EM 10/01/2014

Caro Santiago,



Não caberia nas negociações a médio prazo do leite contratos de opção?
SANTIAGO

LAVRAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 10/01/2014

Davi;



Não sei se existe a tendência da Vigor trabalhar com contratos de leite, mas eu tenho partido muito pra esse lado uma vez que também temos uma participação ativa em benefícios para o produtor. Temos um setor de veterinários, agrônomo e zootecnista a disposição, pagamento por qualidade e suporte para o produtor obter qualidade, central de comercialização de insumos a custos baixos, calendários de eventos técnicos, suporte para aquisição de financiamentos junto a bancos do governo dentre outras benesses.



Uma estrutura de parceria dessas tem que ter uma contrapartida, e tenho adotado os contratos com clausula rescisória em caso de cancelamento intempestivo. O produtor tem que entender que nem tudo é preço de leite. O laticínio especulador em momentos de inversão de mercado oferta valores especulatórios mas não tem muitas vezes uma visão de parceria com seus produtores.



Sei pra quem você perdeu leite e sei a postura dessa empresa. Eles tem histórico de abandonar produtores do dia pra noite sem a menor explicação ou consideração. Aguarde que eles vão voltar, mas se possível, amarre eles em contrato.



Abraço!
SANTIAGO

LAVRAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 10/01/2014

Acredito sim Michel;



Respeitando nossas limitações de mercado e necessidade de melhorias, entidades regionalizadas poderiam compor uma entidade maior.



Acredito que isso poderia ser feito utllizando entidades já existentes, porém dando outro direcionamento a elas.



Abraço
MICHEL KAZANOWSKI

QUEDAS DO IGUAÇU - PARANÁ - OVINOS/CAPRINOS

EM 09/01/2014

Caro Davi,



Meu pai começou suas atividades no fim da década de 60, quando tinha 8 anos, levando três garrafões de de leite no lombo de um cavalo para a escola onde estudava. Ele continuou no mercado informal de venda de porta em porta por quase 30 anos. Aos 16 anos eu montei uma mini usina de processamento de leite integral pasteurizado. Trabalhei por 7 anos e decidi vender para se dedicar exclusivamente a produção. Alto custo da logística, encargos trabalhistas, inadimplência, foram inúmeros os motivos. Também trabalhei em um laticínio negociando leite com produtores. Portanto, conheço relativamente bem a realidade que mencionastes.

Vamos a prática. As coisas como estão não podem ficar, algo precisa ser feito.

O varejo influencia fortemente na formação de preços. No entanto não participará das mudanças tão necessárias. Eles não dependem do leite para sobreviver e se o leite vier dos produtores brasileiros, chineses ou da lua pouco importa, desde que permita manter suas margens de lucro. O governo e suas instituições que devem fiscalizar os ganhos e as ações predatórias deste setor.

Quem deve promover as melhorias na qualidade do produto, na segurança alimentar, na infra estrutura fabril e na promoção dos produtos somos nós. Portanto produtores e indústrias precisam andar de mãos dadas nesse processo.

70% da produção nacional vem de 30% dos produtores. Isso na pratica significa que as indústrias devem focar seus esforços para identificar quem são estes produtores e investir em seu desenvolvimento. Não os que produzem bastante mas aqueles que tem futuro na atividade. Quanto aos demais 70% dos produtores? Bem, ou eles podem se esforçar para participar dos 30% ou serão peso morto na cadeia.

Leite é uma atividade econômica, regida pelo capitalismo. Se você quebrar por ineficiência a responsabilidade é sua.

Os laticínios devem investir em programas de gestão, reunir os produtores atendidos, realizar Benchmarking entre os produtores, mostrar oportunidades. Enfim estreitar suas relações. Isso fortalecerá seus laços o que dará fim nessa prostituição do mercado.



Abraço
SANTIAGO

LAVRAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 08/01/2014

Guilherme;



Concordo que muitas Cooperativas (excluindo a maioria do Sul do País que são profissionais) quebraram ou estão quebrando por má gestão. Mas a maioria delas não foi por desvios e sim por quererem preservar seus sócios em relação as variações de mercado acreditando que suas indústrias suportariam esse peso extra. Cooperativas que são administradas por produtores tentam na maioria das vezes trazer para a sua parte industrial o risco de mercado e pagam caro por isso.



As cooperativas, é fato histórico inexcusável, em regra, são vítimas de má gestão, sim, de desvio de dinheiro, de falta de lisura nos tratos comerciais.

As empresa
MICHEL KAZANOWSKI

QUEDAS DO IGUAÇU - PARANÁ - OVINOS/CAPRINOS

EM 07/01/2014

Caro Santiago,



Tu acredita que poderá surgir aqui uma organização semelhante a DairyNZ , Dairy Austrália, Dutch Dairy ou tantas outras?
SANTIAGO

LAVRAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 07/01/2014

Caro Ronaldo, o sistema de cotas como havia no passado era muito punitivo e por vezes oportunista. Na Nova Zelândia tem um sistema regulatório de cotas e de controle de produção muito mais inteligente. O Brasil é um pais continental, com características climáticas e de safra muito diferentes em cada região. Porém, acredito sim que pode ser implantada uma política de permissões de produção, mas que devem ser organizadas e fiscalizadas pelo poder publico.
SANTIAGO

LAVRAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 07/01/2014

Michel, todos estes pontos são muito importantes, porém antes deles serem levantados devemos ter uma estrutura ou organização setorial compativel com essas analises. O caminho é esse. Abraço!   
SANTIAGO

LAVRAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 07/01/2014

Amigo Guilherme, não precisamos de mães dinahs...temos profissionais capazes de ler o mercado, e se não prevê-lo, no mínimo traçar tendências. Quem consegue ouvir tira proveito, quem nega o óbvio é pego de surpresa. Dessa vez o senhor se superou sobre sua tese de recuperação judicial com fim estratégico de postergação de débito; uma empresa em recuperação judicial, sofre intervenção administrativa judicial, desvalorização de seus papeis e ativos e perda de credibilidade no mercado. O "benefício" que o senhor prega é minúsculo perto dos danos. Abraço!
DAVI MOREIRA PINTO

CAMPO BELO - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 07/01/2014

Caro Michel...



Você é um produtor que todo laticínio gostaria de negociar o leite, tem visão, tem senso crítico, tem bom senso, tem opinião própria e ao mesmo tempo reflete sobre opiniões de terceiros. Pessoas assim, nos dão condições de sentar e conversar sobre mercado do leite. Me lembro que em meados de outubro, eu, Santiago e demais colegas de Laticínios, antecipamos a noticia de baixa do preço do leite. vamos "atacados" por vários seguidores do site. Hoje em pleno mês de Janeiro, todos tem visto, vivido e sentido que a baixa é real e pesada. Queda de braço entre produtores e Indústrias, só vão gerar discussão, nada mais! Agora uma troca mutua de informações e comprometimento, isso sim pode dar bons frutos.

Porém, quando se visita um fornecedor de leite teu, e avisa que vai ter queda do mercado, além de ouvir na maioria das vezes, palavras pesadas, a primeira coisa que o produtor faz quando você deixa a fazenda, é simplesmente ligar para o laticínio vizinho para passar a fornecer o leite para o mesmo.

Ai eu me pergunto, o produtor não quer vender o leite para quem paga mais caro, sem fidelidade nenhuma ao Laticínio? Então qual o problema, se o laticínio quiser comprar o leite mais barato que está disponível? São por estes e outros acontecimentos do dia a dia, que me pergunto? Somos nós mesmo que somos os vilões? Este tipo de conduta do produtor, também é uma conduta ética? Acho que sim né! O leite é dele, ele tem o direito de vender pra quem ele quiser.

Mais ai eu me pergunto novamente. Você vai até a fazenda do produtor, da todo suporte para ele, com assistência técnica,  com orientação, faz de tudo para ajuda-lo a melhorar seus índices dentro da fazenda. Ajuda ele passar de 500 litros/dia para 700, com o mesmo rebanho, apenas com acerto de ajustes. E passa um tempo, chega um concorrente e oferece R$ 0,02 a mais no litro de leite dele, e ele nem tem a coragem de ir no laticínio conversar, manda recado pelo transportador. Este produtor quer algo no leite? Ele quer ter um crescimento? Ele quer ser eficiente? Acho que não, ele só quer leilão. Eu perdi muitos fornecedores desta forma, o que nos faz pensar...será que realmente vale a pena lutar pelos produtores? Você faz todo um trabalho se dedica, e na primeira oportunidade o companheiro te um até logo.

Está na hora de separar o joio do trigo...ajude quem quer ser ajudado, e só os sensatos, permaneceram no mercado! Me desculpem o desabafo, mais já ta ficando chato essa história que a Indústria é o lobo mau, e o produtor é o cordeirinho.



Michel é de produtores como você, com mente aberta que precisamos, basta ver as discussões entre teus comentários e dos demais.

     
MICHEL KAZANOWSKI

QUEDAS DO IGUAÇU - PARANÁ - OVINOS/CAPRINOS

EM 07/01/2014

Caro Santiago,

Existem inúmeros pontos que são de interesse de produtores e indústria que devem ser discutidos em conjunto pois um depende do outro para seu êxito.



Algumas questões podem ser destacadas.



Qual é o futuro da produção brasileira de leite?

Onde estão as maiores oportunidades de crescimento?

Existem pesquisas para desvendar quais as tendências do mercado futuro, desenvolvimento de novos produtos e segmentos afim de tornar os produtos lácteos facilmente disponíveis ao consumidor?

Quais são as estratégias para competir no mercado com outras bebidas?

Os benefícios trazidos a saúde pelo consumo de lácteos está realmente sendo divulgado a população?

O consumo de lácteos por crianças e jovens vem sendo motivado para criar uma geração de adultos consumidores?

O desafio de produzir e preservar o meio ambiente está no foco das discussões do futuro da cadeia?

Quais são nossas maiores vantagens e os maiores desafios em relação a nossos concorrentes mundiais?



Abraço
RONALDO MARCIANO GONTIJO

BOM DESPACHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/01/2014

Caro Santiago,



Está mais que na hora de voltar o velho sistema de formação de cotas. Vocês da industria são os únicos que podem regular o mercado, não acredito que exista alguém que esteja ganhando com a situação atual.
MICHEL KAZANOWSKI

QUEDAS DO IGUAÇU - PARANÁ - OVINOS/CAPRINOS

EM 06/01/2014

Caro Santiago,



Parabéns pela iniciativa. São muito poucas.



É necessário porém mais que prever pagamentos. Como destacastes é necessário colocar o produtor mais apar do mercado, desta forma ele poderá planejar melhor seus investimentos. É um jogo de ganha ganha que poderá finalmente promover uma maior organização do setor.



Abraço
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 06/01/2014

Prezado Santiago: Vindo de você, o autor dos comentários mais "tendenciosos" de todo o site, recebo sua crítica como elogio.

Como não sou a "Mãe Diná", não me interesso em acertar previsões, ainda mais em se tratando do preço pago ao produtor de leite pelo produto entregue ao laticínio: nem Nostradamus acertaria (rsrsrs).

O fato é que, até agora, você não conseguiu demonstrar qualquer coerência que justifique a queda do preço pago ao produtor, a não ser os argumentos vazios de excesso de leite.

A situação vai, sim, piorar, porque não temos governo, somos escravos daquele que nos adquire nossa produção e dos que nos fornecem os insumos.

Acho que, em breve, nós é que pagaremos a vocês para que fiquem com nosso leite (falta muito pouco para isto).

Enquanto isso, milhões e milhões de lucro para a indústria laticinista, proporcionais à sua falta de justificativas plausíveis...

Um abraço,



GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

ALFA MILK

FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

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SANTIAGO

LAVRAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 03/01/2014

Michel;



Concordo com o abismo que existe, e não estaria "malhando em ferro frio" nesse site se não acreditasse que tem que mudar.



Não só nos reunimos com produtores, como formamos blocos de negociação e avisamos preços antecipadamente. Nesse ponto tenho que concordar em parte com o seu ex gerente, perdemos vários fornecedores porque não aceitaram ouvir antecipadamente uma previsão de baixa, haja vista que os concorrentes usam o sistema "surpresa" (avisam no dia do pagamento).



Acho que antes dessa iniciativa, o mercado e suas peculiaridades deveria ser mostrado ao produtor. Deveríamos submete-los a um "curso" sobre mercado de leite e aí sim unificar o setor na mudança de atitude.



Abraço!
SANTIAGO

LAVRAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 03/01/2014

Guilherme;



Suas colocações são tão tendenciosas e alheias ao realismo que me questiono que o amador seja eu.



Aliás, todas as suas previsões de 60 dias pra cá tiveram resultado bem fora do que realmente aconteceu, e vou além vão piorar.



Abraço

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