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Para curtir o leite

POR RENATO PONZIO SCARDOELLI

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 25/04/2013

6 MIN DE LEITURA

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Os poucos — e bons — exemplos de empresas que usam as redes sociais para se aproximar de seus consumidores e disseminar os benefícios do leite

O Brasil é um dos países mais populares e populosos nas redes sociais. Perde apenas para os Estados Unidos. Dos 901 milhões de usuários do Facebook no mundo, 67 milhões moram no Brasil, segundo levantamento feito em 2012 e publicado pela empresa norte-americana Socialbackers, que monitora o uso das redes sociais. No Twitter, dos 500 milhões de usuários, 30 milhões vestem a camisa verde-amarela. Dentro do espaço de 140 caracteres, os brasileiros discutem sobre novela, futebol, fatos insólitos da TV, tragédias, temas políticos e polêmicos. O universo do agronegócio leite é bem menos popular nas redes, mas, aos poucos, vem ganhando adeptos. Para ter uma ideia da dimensão desse fenômeno, a reportagem analisou como o agronegócio leite do Brasil, atua nas redes sociais. São fazendas, cooperativas, órgãos estatais e portais que perceberam o “poder” e passaram a utilizar essas ferramentas de reconhecida eficiência para disseminar ideias e fazer negócios.

A Fazenda Agrindus S/A, 2ª maior produtora de leite do Brasil em 2012, segundo o levantamento Top 100 2013 do portal MilkPoint, está na dianteira entre as fazendas que industrializam a própria marca (Letti). Mantém contas no Twitter, Google +, Youtube e no Facebook. Destas, a mais forte é a do Facebook, que possui 4.683 fãs. Além de manter o espaço para fazer o marketing de seus produtos, o leite Letti publica dicas de boa alimentação, benefícios do leite e derivados, curiosidades culinárias, equipes esportivas patrocinadas pela empresa (ciclismo), links de reportagens sobre a marca e seus donos, e a programação de leilões da fazenda Agrindus. Em 14 de abril, a Letti mostrava para os seguidores a foto da primeira garrafa de um novo produto sendo envasado. O post recebeu 241 curtidas, 46 compartilhamentos e inúmeros comentários. “Um post que chega a alcançar 400 mil usuários é fascinante e resultado de um conteúdo atraente e que vai ao encontro às necessidades dos usuários de redes sociais”, explicou a assessora de imprensa da fazenda, Nívea Noriega.

Dentre as cooperativas, a Castrolanda, com matriz em Castro/PR, que reúne alguns dos maiores produtores individuais de leite do país, merece destaque. Com o objetivo de disseminar as notícias da entidade e novidades do setor entre cooperados, clientes e internautas, possui um canal de vídeo (Castolanda na TV) e páginas no twitter e no facebook, este último podendo ser considerado um sucesso com mais 8 mil seguidores. Em um esforço para conservar sua história, a cooperativa mantém dentro do facebook uma página dedicada aos seus fundadores e presidentes. Também é destaque a página com as marcas comercializadas pela Castrolanda, que englobam desde sal mineral para o gado a aperitivos tipo snacks de batata, cortes de cordeiro, e principalmente derivados de leite. A página é atualizada três a quatro vezes ao dia. Os canais no twitter e Youtube são atualizados com menor regularidade.

A Sekita Agronegócios, grupo de São Gotardo/ MG, que fornece para a Itambé e para a DPA - joint venture entre Nestlé e Fonterra, se difere das demais por manter ativas contas no Linkedin, rede de relacionamentos profissionais criada nos Estados Unidos em 2003, que alcançou a marca de 3 milhões de usuários no Brasil e no Flickr, site de hospedagem e partilha de imagens fotográficas, onde mantém quase 450 imagens das atividades da fazenda. O twitter da empresa, apesar de ativo, não é atualizado desde janeiro.

Segmentação

As redes sociais segmentadas ganham espaço entre aqueles que querem as funcionalidades de redes sociais convencionais, mas em um ambiente mais restrito e com preferências semelhantes.

De acordo com a pesquisadora de redes sociais da Universidade Federal de Juiz de Fora, Patrícia Gonçalves Rossini, é exatamente essa segmentação de propostas que faz com que a internet sempre tenha espaço para novas redes. “A tendência de fragmentação da internet vem se desenvolvendo desde o surgimento dos primeiros fóruns, salas de bate papo e comunidades virtuais, criando espaços estruturados para facilitar o encontro de pessoas que compartilham interesses e/ou motivações”, explica.

No leite não seria diferente. Há dois anos, o projeto Núcleo para Valorização dos Produtos Lácteos na Alimentação Humana (NUVLAC), do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), trouxe uma inovação para a discussão sobre o leite e seus derivados ao colocar no ar uma rede social voltada exclusivamente para o tema.

A rede, que pode ser acessada pelo endereço www.nuvlac.com.br, nasceu com objetivo de organizar e divulgar informações, estudos científicos, benefícios e eventos ligados à área dos lácteos, além de gerar discussões e criar um ambiente de debate para o assunto. Para o professor do Departamento de Nutrição da UFJF, Paulo Henrique Fonseca da Silva, o NUVLAC cumpre um papel importante na sociedade atual, onde a academia precisa estar comprometida com a geração de conhecimento e a formação de pessoas com talento e competência para atuar no setor de lácteos. "O projeto possui grande importância em um momento em que as pessoas estão voltadas para a qualidade de vida, da qual a alimentação saudável é um pilar insubstituível. Ao mesmo tempo, empresas são desafiadas, aplicando princípios éticos e de responsabilidade social, a ofertar produtos lácteos nutritivos, seguros e inovadores."

Em 2013, o NUVLAC lançou uma ferramenta para quem se interessa pelo leite UHT, a WIKI UHT. Nela, encontra-se conceitos atrelados à produção, processo e o consumo do leite UHT. A WIKI é uma ferramenta para construção colaborativa de conceitos. A participação é aberta a todos e as atualizações são moderadas para que não sejam disseminados conceitos errôneos. Até o momento os textos foram produzidos por mestrandos em Leite e Derivados, curso oferecido pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Alguns dos conceitos disponíveis são: estabilidade térmica do leite, rastreabilidade, shelf-life do leite UHT, etc. Outro destaque do Núcleo é a página no facebook com cerca de 800 seguidores.

No grupo das empresas estatais, uma referência é a Embrapa Gado de Leite que mantém uma rede própria desde 2011, a Repileite - Rede de Pesquisa e Inovação em Leite. Participam da Repileite pesquisadores da Empresa e de outras instituições, produtores rurais, técnicos e estudantes ligados à pecuária leiteira. Os 2.143 membros podem iniciar discussões ou apenas acompanhar os temas propostos em fóruns, blogs, chats, fotos, vídeos e transmissões ao vivo ou fazer o download de publicações como o Guia de Boas Práticas na Pecuária de Leite.

Aos interessados, basta acessar https://repileite.ning.com e se cadastrar.

A Embrapa Gado de Leite mantém ainda uma página no Youtube desde 2010 com mais de 63.350 visualizações. Os 42 vídeos inseridos possuem temáticas variadas como o controle da cigarrinha das pastagens, o uso da cana-de-açúcar na alimentação de vacas, manejo da água para bovinos e o consórcio milho-braquiária. A última postagem é um teatro de fantoches montado no município de Lima Duarte/MG que busca a valorização do produtor de leite da região.

Mas, a iniciativa de maior êxito na cadeia leiteira em relação à quantidade de público são as páginas do twitter e facebook do portal MilkPoint, (www.milkpoint.com.br) com 2.357 e 75.893 seguidores, respectivamente.

As páginas são alimentadas com as notícias publicadas no portal, mas com uma linguagem mais informal, com direito a charges, enquetes rápidas e fotos. Claro, com espaço para postagens dos artigos técnicos e matérias de destaque. “Nossa fan page no facebook tem uma linguagem diferente da utilizada no site e o público é, em parte, também um pouco distinto, mais jovem e às vezes não ligado do ponto de vista de negócio e profissão ao leite, mas sim apreciadores da atividade e de lácteos”, diz Marcelo Pereira de Carvalho, coordenador do site. “Estamos ainda aprendendo a lidar com uma outra rede social que não a nossa, apesar do grande número de seguidores”.

Há treze anos no ar, o MilkPoint, que possui versões mobile e aplicativos para Android e IOS, desenvolveu diversos produtos e hoje conta com instrutores capacitados para cursos online, realiza eventos, tem artigos escritos pelos melhores consultores e professores, e ainda oferece trabalhos de consultoria de mercado e viagens técnicas para os países que são hoje exemplos de produção.


*Renato Ponzio Scardoelli é Assessor de Comunicação da Sociedade Rural Brasileira
 

RENATO PONZIO SCARDOELLI

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RENATO PONZIO SCARDOELLI

SÃO PAULO - SÃO PAULO - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 30/10/2013

Obrigado, Hellem.



Falamos por email.



Abs

Renato
HELLEM GUIMARÃES MALTA

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 24/10/2013

Ei Renato! Muito interessante seu artigo.

Posso reproduzí-lo na revista no Silemg - Sindicato das Indústrias de Laticínios de Minas Gerais?

Me passe seus contatos por e-mail, por favor: hellem@redecomunicacao.com. Abs,
JOSÉ OTON PRATA DE CASTRO

GOVERNADOR VALADARES - MINAS GERAIS

EM 13/05/2013

Excelente trabalho de divulgação dos produtos láteos pelas redes sociais.
RENATO PONZIO SCARDOELLI

SÃO PAULO - SÃO PAULO - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 26/04/2013

Tem razão, Cristina.



As boas ações do setor estão por toda a parte e precisam ser mostradas.



Abraço
CRISTINA RAPPA

SÃO PAULO - SÃO PAULO - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 26/04/2013

Muito boa a matéria, Renato! Bom saber que há várias empresas do setor de produção de leite usando as redes sociais como ferramenta de divulgação de seus produtos.
ALEX M. M. SÁ ANDRADE

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS

EM 26/04/2013

Muito bom essas ações , valeu pelas dicas.
PAULO R.C.CORDEIRO

NOVA FRIBURGO - RIO DE JANEIRO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 26/04/2013

Muito bom.

As redes sociais já sao uma otima ferramenta de divulgação e informação.

Que seja assim tambem para o setor leiteiro.

So acrescentando, a nossa empresa Caprilat - que trabalha com leite e derivados de cabra ja possui tambem no Facebook a sua pagina.Quem quiser conhecer

acesse  m.facebook.com/Caprilat    e  https://www.caprialt.com


Paulo

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