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Controle biológico e alternativo do carrapato dos bovinos

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/06/2004

8 MIN DE LEITURA

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Atualizado em 30/12/2020

Muito se tem falado a respeito do controle biológico de pragas na agropecuária e esta pode ser também uma estratégia para controlar do carrapato-do-boi.

 

Seleção de animais resistentes a carrapatos

Na agricultura, o modo mais eficaz de controlar as pragas é a introdução de variedades resistentes. Na pecuária, existem "pragas" de difícil controle, como por exemplo, o carrapato que parasita os bovinos, espécie Rhipicephalus microplus, conhecido como carrapato-do-boi. Felizmente, para os pecuaristas, existem raças naturalmente resistentes a esse carrapato, que são todas as raças zebuínas.

Essa espécie de carrapato é muito patogênica, principalmente para bovinos suscetíveis, como é o caso das raças bovinas de origem europeia. Nos animais mestiços, a resistência ou suscetibilidade vai depender da quantidade de sangue europeu que o animal tiver: quanto maior o parentesco com raças europeias, maior a suscetibilidade do animal, e vice-versa: quanto mais próximo ao zebu, mais resistente será o animal.

Os zebuínos, pela sua localização geográfica de origem (Índia e continente africano) e convivência milenar com esse parasita tropical, também originário dessas regiões, adquiriram importantes defesas contra a infestação de carrapatos, e mantém um perfeito equilíbrio hospedeiro-parasita, de modo que nos hospedeiros resistentes os prejuízos são mínimos ou não existem.

Já houve várias tentativas de se quantificar o prejuízo que esse carrapato provoca em bovinos resistentes. No entanto, esses animais possuem um eficiente sistema de defesa contra o parasita, que os impede de se fixarem e causar malefícios: eles são extremamente sensíveis às larvas do carrapato; quando elas estão tentando se fixar em sua pele, ficam incomodados, sentem coceira no local, e, coçam-se com a língua, retirando, dessa forma, grande quantidade de larvas, que uma vez ingeridas, são mortas.

O processo continua nas outras fases do carrapato: ninfas e adultos – cada fase do carrapato (larva, ninfa, e adulto, macho ou fêmea) se passa em um único hospedeiro, dura cerca de uma semana, e totaliza 21 dias de ciclo parasitário, em média. Pouquíssimos carrapatos nos bovinos resistentes conseguem chegar até a fase de fêmea ingurgitada (a que se visualiza bem, e que parece uma mamona ou jabuticaba).

Depois que a fêmea se alimenta de sangue, e fica repleta, ela se desprende do animal, e cai no solo para ovipor. A quantidade de ovos postos por uma fêmea é diretamente proporcional ao peso que ela atingirá, o que, por sua vez, está diretamente relacionado à quantidade de sangue ingerido. Os animais resistentes têm defesas imunológicas que atrapalham a ingestão de sangue pelas fêmeas do carrapato, de modo que elas não alcançam o mesmo tamanho que alcançariam se estivessem se alimentando em um hospedeiro suscetível.

Com isso, as poucas fêmeas de R. microplus que conseguem se fixar, e alcançar o estágio adulto, atingem um pequeno tamanho, e, consequentemente, irão pôr menos ovos. Isso tem uma implicação muito grande no ecossistema do parasito, o que diminui significativamente a população de carrapatos na pastagem. A fase em que a fêmea se alimenta de sangue é a mais patogênica para o hospedeiro. Portanto, bovinos resistentes podem ser considerados controladores biológicos do carrapato, pois não permitem que as larvas atinjam a fase adulta, e, por isso, impedem a reprodução do carrapato, quebrando seu ciclo parasitário.

No entanto, é preciso ficar-se atento, pois, mesmo em uma população de animais resistentes, podem existir animais suscetíveis, que permitam maior quantidade de carrapatos chegar à fase adulta. Mas se isso acontecer, basta eliminar do rebanho esses poucos animais mais parasitados. O mesmo procedimento não é recomendável para animais de origem europeia.

Nas populações de bovinos de raças europeias, a maioria é suscetível ao parasita, embora existam, em baixa frequência, animais resistentes. Caso os suscetíveis fossem eliminados, isso inviabilizaria a criação desses animais, e ficaria antieconômico. Mas esse não é o caso das raças zebuínas, onde vale a pena descartar os animais nos quais se percebe um grande número de "mamonas" ou "jabuticabas" (fêmeas ingurgitadas).

Trabalho realizado pelo Instituto de Zootecnia (Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo), em Nova Odessa, SP, revelou que animais das raças zebuínas Nelore e Gir não precisam de carrapaticida para controlar sua baixa infestação, mesmo quando esses animais pastejam junto com bovinos suscetíveis (Holandês e mestiços europeu x zebu) (VERÍSSIMO et al., 2002a,b).

Das raças zebuínas, a Nelore parece ser a mais resistente, sempre tendo a menor infestação de carrapatos quando comparada a outras raças, inclusive zebuínas (VERÍSSIMO, 1993). Mas, como foi dito no início do texto, todas as raças zebuínas são resistentes ao parasita. E é por isso que animais mestiços, filhos do primeiro cruzamento entre um animal zebuíno e um europeu, recebem do pai ou mãe zebu a característica resistência ao carrapato, e do pai ou mãe europeu, as características produtivas, como ganho de peso ou alta produção leiteira, e, por isso, têm alta produtividade em nosso meio, onde o carrapato está presente.

À medida que vai se introduzindo sangue europeu no mestiço (5/8, 3/4, 7/8 de sangue europeu), a característica resistência ao carrapato vai se diluindo e desaparecendo, o que torna o mestiço cada vez mais suscetível ao parasita, e, portanto, menos produtivo, já que o carrapato causa perda do apetite, anemia e intoxicação, que levam à perda de peso, diminuição da produção leiteira, e, até mesmo, morte do animal.

A resistência ao carrapato é uma característica hereditária, transmitida de pai para filho, portanto, deve ser estimulada a seleção para essa característica, já que os carrapatos causam inúmeros prejuízos aos bovinos suscetíveis e o seu controle com o uso dos carrapaticidas convencionais está cada vez mais difícil, em função da resistência que esses parasitas vêm adquirindo aos produtos químicos, ao longo de todos esses anos de contato com os produtos.

A seleção deve ser feita no campo, no verão, e quando o animal estiver com idade superior a um ano. Quantifica-se o número de carrapatos maiores que 0,4 cm (somente as fêmeas atingem esse tamanho) presentes em um dos lados do animal. Existem várias maneiras de se avaliar o número de carrapatos, desde que se estabeleça sempre o mesmo critério para todos os animais a serem avaliados, pode-se avaliar apenas o terço anterior de um dos lados do animal (cabeça, pescoço, região escapular, peito, axila e braço), ou contar o número de carrapatos presentes na parte posterior do animal (região do períneo).

O importante é identificar os animais que têm muitos carrapatos e os que têm pouco ou nenhum. Essa seria uma boa providência, principalmente em raças mestiças de gado de corte, já que a infestação por carrapatos afeta muito o ganho de peso do animal. Devem ser feitas, pelo menos, duas avaliações da infestação de carrapatos nos animais a serem selecionados, que deverão estar juntos, na mesma pastagem. A infestação pode ser anotada na ficha de cada animal, para posterior consideração.

A aparência externa do animal pode ajudar na seleção dos animais resistentes. Trabalho realizado por pesquisadores do Instituto de Zootecnia (Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo), em Nova Odessa, SP, revelou que nos animais mestiços existe uma grande relação entre o comprimento do pelo e a infestação por carrapatos. Portanto, deve-se selecionar aqueles animais com pelo bem curto, semelhante ao pêlo dos animais zebuínos.

Verificou-se também nesse trabalho, em um rebanho da raça Jersey, que, embora de origem europeia, esses animais têm pelos muito curtos e pequena infestação de carrapatos (VERÍSSIMO et al., 2004). Em outro trabalho, realizado também no Instituto de Zootecnia, em Sertãozinho, SP, a raça Caracu apresentou pêlos curtos e baixa infestação de carrapatos (FRAGA et al., 2003).

 

Controle biológico de carrapatos

O controle biológico do carrapato por meio da utilização de fungos entomopatogênicos (Metarhizium anisopliae, Beauveria bassiana), e plantas com poderes acaricidas tem sido foco de pesquisas por todo o Brasil. Os fungos estão sendo, inclusive, comercializados, porém, os resultados de pesquisa com bovinos estabulados com o Metarhizium indicam uma eficácia em torno de 50% (CASTRO et al., 1997).

Trabalhos que utilizaram óleos essenciais e concentrados emulsionáveis de eucalipto (Eucalyptus) e rotenóides extraídos do timbó Derris urucu) mostram-se promissores no controle desse ácaro. Já, o Nim (Azadirachta indica), propalada planta com ação inseticida, testada na forma de óleo, extrato alcoólico ou aquoso, teve baixa ou nenhuma eficácia sobre fêmeas ingurgitadas e larvas do carrapato em ensaios de laboratório.

Quanto aos predadores naturais, verifica-se que vários predadores vertebrados (aves, ratos, camundongos e sapos) e invertebrados (formigas, aranhas, "tesourinhas") foram apontados como predadores potenciais de fêmeas, parcial ou totalmente ingurgitadas, e ovos de R. microplus. Desses inimigos naturais, destacam-se aves, tais como a "garça vaqueira" (Egretta íbis) e as galinhas domésticas (Gallus domesticus).

Leia também > Startup desenvolve produto para controle biológico de carrapatos

 

Por Cecília José Veríssimo, Pesquisadora Científica do Instituto de Zootecnia (APTA/SAA-SP)

Bibliografia

CASTRO, A.B.A. de, BITTENCOURT, V.R.E.P., DAEMON, E., VIEGAS, E.C. Eficácia do fungo Metarhizium anisopliae sobre o carrapato Boophilus microplus em teste de estábulo. Rev. Univ.Rural, Sér. Ciênc. Vida, v.19, n.1-2, p.73-82, 1997.

FRAGA, A.B., ALENCAR, M.M., FIGUEIREDO, L.A., RAZOOK, A.G., CYRILLO, J.N.S.G. Análise de fatores genéticos e ambientais que afetam a infestação de fêmeas bovinas das raça Caracu por carrapatos (Boophilus microplus). Revista da Sociedade Brasileira de Zootecnia, v.32, n.6 (suplemento 1), p1578-1586, 2003.

VERÍSSIMO, C.J. Prejuízos causados pelo carrapato Boophilus microplus. Zootecnia, v.31, n.3/4, p. 97-106, 1993.

VERÍSSIMO, C.J., OTSUK,I.P., ARCARO, J.R.P., DEODATO, A.P., BECHARA, G.H. Infestação pelo carrapato Boophilus microplus (Acari:Ixodidae) Canestrini, 1887, e comprimento do pêlo em vacas zebuínas, européias e mestiças. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 41., Campo Grande, MS, 2004 (aceito para publicação).

VERÍSSIMO, C.J., OTZUK, I.P., DEODATO, A.P., LARA, M.A.C., BECHARA, G.H. Infestação por carrapatos Boophilus microplus (Acari: Ixodidae) em vacas das raças Gir, Holandesa e mestiça sob pastejo. Arq. Inst. Biol., São Paulo, v.69 (supl.), p.87-89, 2002a.

VERÍSSIMO, C.J., OTZUK, I.P., LARA, M.A.C., DEL FAVA, C. Infestação por carrapatos Boophilus microplus (Acari: Ixodidae) em vacas da raça Nelore. Arq. Inst. Biol., v.69 (supl.), p.29, 2002b.

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ANDRE PINTO CORREIA GOMES

GUARATINGA - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 05/02/2024

sou criador de Nelore PO no estado da Bahia e tenho um rebanho leiteiro composto poHPB , Gir leiteiro e Jersey. Já usei em vacas 2/3 de europeu as zebuinas : Nelore, Gir Leiteiro , Guzerá ,Tabapuã e Sindi e posso arfirma que para o carrapato bovino a que sofre menor incidencia é a 2/3 zebuina Sindi . As mais afetadas são a Tabapuã e a Gir leiteiro .
NELSON MIAN

SÃO JOSÉ DOS PINHAIS - PARANÁ

EM 19/03/2016

por favor me respondam a essas questoes  obrigado .
NELSON MIAN

SÃO JOSÉ DOS PINHAIS - PARANÁ

EM 19/03/2016

por favor queria mto saber de onde vem o carrapato bovino , pois meu sogro tem so uma vaca e nao consegue acabar com essa praga , ela esta prenha e eles estao mto preocupado ,e o que podemos fazer p/ acabar com isso ? tem alguma sugestao p/ mim ? por favor me ajudem ,  e que Deus os abencoe .
DIVINO LÚCIO GARCIA DE CARVALHO

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/12/2006

Não obstantes de vários problemas na pecuária, como carrapato, morcego, cigarrinha, humanos (já me roubaram 38 novilhos de uma só vez), mastite, diarréias, pneumonia, aftosa, bruceloce, existe também, os piores, que são os cartéis da carne do leite e dos insumos, tanto para a pecuária como para a agricultura.

Só um frigorífico de Goiás invetiu R$ 1.500.000,00 na eleição de vários deputados. Gente estruturada no campo está passando por dificuldades, imagine os sem-terra que não têm estrutura nenhuma, só mesmo o governo dando cesta básica para não morrerem de fome.

Quero dizer com isso que o carrapato é uma pequena fração de problemas, mas que vale a pena pesquisar, vale a pena lutar, e que existem muitos pesquisadores sem trabalhar por falta de recursos. A pesquisa move o mundo.
ANDRE DA MOTA FERNADES

OUTRO - PARAIBA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/10/2005

Cara Cecília,



Diante do exposto em seu artigo, como você visualiza o destino ou perspectivas de futuro para produtores especializados em leite? Sobretudo aqueles que utilizam à raça holandesa, sabidamente susceptível ao carrapato?



Como você disse o uso de carrapaticidas com o passar das gerações acaba por selecionar indivíduos resistentes, será que a indústria farmacêutica, veterinária vai estar sempre descobrindo novas moléculas, (como akataq e elector)? Ou o uso de vacinas que poderá vir a ser promissor? Pelo menos do ponto de vista biológico, será que também do ponto de vista econômico?

.

Em síntese, o seu artigo deixa claro que a maioria das raças européias são geneticamente menos favorecidas do que as zebuínas. Sendo assim, fazendo uma análise macro, como você enxerga a atividade leiteira baseada na raça holandesa, com grau de sangue maior do que 3/4 holandês (nas condições do Brasil central e sudeste). E a viabilidade do cruzamento holandês - jersey ?



<b> Resposta do autor:</b>



Caro André,



Vejo com muito bons olhos o uso da raça Jersey, pois pelo menos em um rebanho que eu estudei (na cidade de Americana, SP) foi muito mais resistente que outras raças européias como a Holandesa e a Pardo Suíça.



Acredito também que com o passar dos anos, a raça vai se adaptando também ao carrapato-do-boi (Boophilus microplus).Também é importante valorizar os produtores que selecionam reprodutores nacionais da raça Holandesa, pois nasceram no país, suas mães são nascidas aqui, isto é, já têm algumas gerações de contato e, portanto, de imunidade contra o carrapato.



Trabalho realizado por professor da Unesp Jaboticabal mostrou que vacas Holandesas filhas de reprodutores nacionais tinham o pêlo mais curto que filhas de reprodutores estrangeiros (Maia et al., 2003). Acredito que com o carrapato aconteça o mesmo.



Como o comprimento do pêlo está relacionado com a resistência ao carrapato (pelo menos em gado mestiço e Jersey), e animais de pêlo curto sofrem menos estresse por calor, o ideal é escolher touros que tenham a maior porcentagem de malha preta, porque o pêlo preto é mais curto que o pêlo branco

.

Maia, A.S.C., Silva, R.G., Bertipaglia, E.C.A. Características do pelame de vacas holandesas em ambiente tropical: um estudo genético e adaptativo. R. Bras. Zootec., v.32(4): 843-853, 2003.



Atenciosamente,



Cecília José Veríssimo



FRANCISCO DIMAS CRUZ

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 08/11/2004

Muito interessante o artigo. Gostaria de saber qual a pesquisa onde demonstra que a Raça Jersey é menos sensível às infestações por carrapatos do gênero Boophilus.
Meus cumprimentos.
CECÍLIA JOSÉ VERÍSSIMO

NOVA ODESSA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 05/07/2004

Pesquisas recentes, publicadas no ZOOTEC-2004, revelaram que o óleo de Nim encontrado no comércio não controlou o carrapato e a mosca-do-chifre em bovinos infestados naturalmente (observações de campo).
MIGUEL BARBAR

FRUTAL - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 02/06/2004

Eu queria lembrar também que dentro do pensamento de controle você pode usar substâncias que impedem a muda do carrapato. Caso se faça uma estratégia de controle adequada (combinando-se a medicação e grupos de maior resistência) e possível diminuir-se a infestação de carrapatos na propriedade a níveis comercialmente aceitáveis.

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