Reflexões sobre 2009 e perspectivas para o setor lácteo em 2010 |
POR MARCELO PEREIRA DE CARVALHO
E MARLIZI M. MORUZZI
EM 23/11/2009
7 MIN DE LEITURA
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO
Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP), Mestre em Ciência Animal (ESALQ/USP), MBA Executivo Internacional (FIA/USP), diretor executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint.
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TADEU ROBERTO SIERAKOWSKIPARANAVAÍ - PARANÁ - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS EM 15/01/2010
Tenho um comercio voltado para equipamento de ordenha e acompanho varios produtores. O que se percebe ainda e vai ser assim por muito tempo, é que os produtores de um modo geral são iguais trator para o trabalho, porem, no controle de produção, financeiro, rebanho, na utilização dos recursos naturais esta muito longe do ideal. Outro fator que vai contra os produtores é a falta de fidelidade por parte de alguns quando estão reunidos em associações, só estão lá em proveito próprio. Quando vamos mudar isto, e ter força de verdade junto as instituições?
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EDEMAR RIBEIRO DE SOUZAANDRADINA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 13/01/2010
Em 2005, quando à época entrega meu produto à DPA, numa reunião sobre fomento à produção entre o supervavisor de distrito leiteiro da mesma e alguns produtores vizinhos a mim, ao ser abordada questões como mercado e preços pagos, usando de uma franqueza atípica para esses "profissionais", o mesmo nos disse que tais questões não eram para serem abordadas por nós, uma vez que nós não determinávamos preços, cabendo a nós apenas aumentar a produção. Triste verdade, a qual, ainda estamos adstritos. O que fazer?
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JOSÉ DE JESUS SANTOSSANTO ANASTÁCIO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 08/01/2010
cada dia que passa sinto mais vergonha de ser produtor rural pois todos trabalham contra nossa classe de produtores rurais , inclusive nos produtores que temos uniao para valorizar os nossos produtos se nos proprios nao damos valor quem ira dar precisamos urgentemente de organizaçao das clsses produtivas deste pais , pois da maneira como esta a situaçao dos produtores iremos bancar mais e mais as grandes industrias que so eles ganham sem riscos, quem paga o pato e sempre os produtores.
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JORGE LEON PEREZPESQUISA/ENSINO EM 05/01/2010
excelente su articulo e informacion,seria interesante conocer participacion delproductor en el precio final de leche al consumidor
por que leche pues es lo mas comparativo a nivel de varios paises que tienen muy diverso portafolio de productos lacteos toda la informacion de ustedes es de calidad excepcional jorge leon perez |
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EDUARDO FERREIRA FONTESJUNDIAÍ - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA LATICÍNIOS EM 05/01/2010
Muito bom o artigo.
É sempre positivo ver que o mercado laticinista gera preocupações em todos e que a busca por melhorias não cessa. Os reflexos da crise mundial devem tomados como lição para que o mercado brasileiro se atente as dificuldades e continue sempre aquecido e fortalecido no cenário mundial. Que os sérios profissionais do setor, continuem se empenhando, para que o mercado de leite do Brasil não "entorne" e não sai dos trilhos do caminho certo. O nosso profissionalismo sempre será questionado e jamais devemos desperdiçar nossa credibilidade. Abraço e um ótimo 2010! |
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OSMAILSON SILVA ARAUJOPIRITIBA - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE EM 04/01/2010
Bom Dia.
Por termos caracteristica de produção de leite a pasto nas epocas das aguas, os laticinio se une na Bahia e forcam quedas de preço na entrada das aguas em consequência desta politica, e fica muito dificil trabalhar com projeções, onde se torna um custo muito elevado sendo que o leite pago ao produtor na região de Piritiba-Ba e de 0,40 centavos, mim responda onde o produtor vai consequir se organizar e procurar soluções e para o negocio dar certo. |
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DIRSON VIEIRAGOIÂNIA - GOIÁS - PESQUISA/ENSINO EM 02/01/2010
"Com consumo mantido e produção reduzida, a demanda por leite longa vida foi impulsionada, e o produto começou a disparar de preços no atacado (veja no gráfico 3). As empresas iniciaram uma corrida por leite, elevando os preços ao produtor. Esse aumento de preços no atacado - ocorrido a partir de abril - só foi chegar ao produtor mais evidentemente em junho, quando os preços no atacado atingiam o seu pico, já perdendo força daí em diante". Trecho colado do sétimo parágrafo deste artigo.
Para min, o grande problema com a produção de leite (grandes volumes e baixos volumes ofertados às industrias), o que dificulta e muito para o produtor manter um patamar planejado de produção, é o fato retratado no trecho acima, em que se o resultado do complexo leite é favorável, este demora a chegar ao produtor; e se desfavorável, é repassado ao produtor quase que imediatamente. Será que em algum dia, as Industrias administrarão seus complexos e trabalharão com o Mercado (global), com certezas bem fundamentadas nas respostas confiáveis dos Produtores? |
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HELDER DE ARRUDA CÓRDOVACASTRO - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO EM 08/12/2009
Qualquer previsão para o comportamento do mercado de lácteos para 2010 é arriscada diante das muitas incertezas que geralmente permeiam essa atividade. Cabe ao produtor controlar seus gastos e buscar um preço melhor pelo leite. Enfim a sobrevivência na atividade é uma questão de gestão dos vários fatores que poderão interferir na sua sustentabilidade.
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BARCELO ANTÔNIO MAIALUMINÁRIAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 01/12/2009
Nós Produtores, somos desunidos, individualistas e inertes. Segundo noticiários dos mais otimistas pelo mundo afora que a crise do mundo será alavancada pelos commodities principalmente pela BRIC e o Brasil é ponta em espaço, estrutura empresarial e democracia consolidada ou na frente dos demais da BRIC, no entanto o setor que mais está penalizado é o Agronegócio e onde mais gera empregos. Me faz lembrar o pensamento de Rui Barbosa que transmito de lembrança sem conferir texto original "De tanto ver crescer as injustiças, de tanto ver as nulidades, de tanto ver o poder crescer nas mãos dos maus. O homem chega a desanimar-se da virtude a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto".
Somos os palhaços da corte. Produzo café com prejuizo, leite com prejuizo, com esta super safra prevista sem proteção de preço minimo (que cubra os custos com uma margem de lucro) praticado pelos paises desenvolvidos que coragem temos para arriscar mais. O governo está certo, vamos dar dinheiro para Ind. Automobilistica que gera 200.000 empregos diretos e indiretos e nós com 10.000.000 é muito pouco para eles preocuparem. Todos nós deveriamos arrumar uma boquinha em Brasília e levar bastante cuecas e meias. |
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LEONARDO GODINHO SANTOSTEÓFILO OTONI - MINAS GERAIS EM 01/12/2009
Parabéns aos autores, pelos ótimos esclarecimentos a nós técnicos e produtores, pois servirão para nortear nossas ações. Portanto, estamos no Brasil em ano eleitoreiro e tudo pode acontecer. Vamos aguardar com otimismo o próximo semestre. Parabéns.
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ROBERTO JOSE BASTOSCABO FRIO - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 28/11/2009
Parabéns pela analise feita por vocês, sucinta e clara.
Gostaria de levantar uma questão, que a meu ver já está bastante atrasada, que é a formalização do fornecimento do leite pelos Produtores para os Laticínio e Cooperativas. É lógico que isso não vai regular o mercado, que tem suas variações naturais pela oferta e procura, mas com certeza, diminuiria a manipulação dos preços, e dividiria os riscos do mercado com a Indústria, que hoje é integralmente do produtor. Outro aspecto que também seria muito importante é o reconhecimento jurídico da relação produtor X indústria. Gostaria de saber sua opinião sobre o assunto. Roberto Bastos |
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GUSTAVO RIBEIRO DA SILVANOVA OLÍMPIA - MATO GROSSO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 27/11/2009
Tenho observado grande volatilidade no preço pago ao produtor no Estado do Mato Grosso. Por termos características de produção de leite a pasto, os laticínios forçam quedas expressivas de preço na entrada das águas. Em consequência desta política, fica muito difícil trabalhar com projeções, e fazer gestão da relação receita/custos. Fica a expectativa de entradas de laticínios de grande porte e mix de produtos que contemplem perspectivas de exportação, para que tenhamos um amortecedor ou balizador com os preços praticados no mundo todo.
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SAVIOBARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS EM 26/11/2009
Boa noite Marcelo;
Tem razão, O UHT por ter grande concentração no mercado e por isso ser essencial ao abastecimento, realmente causa distorções e desequilíbrios nos momentos de variações tanto para cima como para baixo. Essa é a essência da questão que levantei sobre a participação nociva do UHT no mercado. A concentração de vendas desse produto em específico propricia também, uma considerável concentração de compras por grandes redes varejistas na safra, diminuindo drásticamente o poder de barganha e tornando o gráfico de mercado anual do setor como um todo, mais brusco e menos natural quando comparado somente as realidades sazonais. Quanto às variações de volume na migração, acredito que mesmo com os canos que essas empresas deram em produtores a produção não se desestimulou, já que desses eventos ocorreram no início da safra com aumentos de volume à todo vapor. Pode ter havido uma pequena queda de produção do longa vida nessas regiões porque uma pequena parte desse leite migrou para queijarias, mas acredito que não tenha sido relevante volume quanto a participação no mercado nacional. A produção estava iniciando sua alta natural de safra e as empresas de UHT estavam estocadas. Um abraço e parabéns mais uma vez pelo artigo esclarecedor; Sávio Santiago |
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FABRÍCIO ALVES REZENDEESMERALDAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO EM 24/11/2009
Parabéns Marcelo e Marlizi,
Vocês fizeram uma análise bem sucinta e objetiva do panorama do mercado lácteo nos 2 últimos anos. O que nós esperamos como extensionistas de campo e produtores é que as previsões se confirmem para 2010, aumentando as expectativas deste setor tão deparado com entraves e desestímulo principalmente por parte dos produtores! Boa noite! |
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MARTINHO MELLO DE OLIVEIRAPARANAÍBA - MATO GROSSO DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE EM 24/11/2009
Mais uma vez as perspectivas quanto ao mercado de leite para 2010 são imprevistas, pois depende de vários fatores, como dólar, aumento ou não da produção, mercado externo e etc. Entretanto, o que nos move e nos dá alento é a nossa coragem e nosso otimismo para continuar produzindo, pensando sempre em uma situação mais confortável, em que todos os elos da cadeia ganham. Assim a sociedade não pagará tão caro no preço do leite e derivados, e por outro lado o produtor não receberá preços tão aviltantes, havendo um equilíbrio.
Enfim, o contexto que vocês colocaram é brilhante, para fazermos uma boa reflexão para que nossa gestão tenha um norte e que seja direcionada conforme a conjuntura do momento. Parabéns Marcelo e Marlizi pela brilhante explanação. |
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