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Reflexões sobre 2009 e perspectivas para o setor lácteo em 2010

POR MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

E MARLIZI M. MORUZZI

PANORAMA DE MERCADO

EM 23/11/2009

7 MIN DE LEITURA

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O ano de 2009 se iniciou repleto de incertezas. Qual seria a extensão da crise econômica que havia eclodido há três meses, e quais seriam os reflexos da mesma? Ficaria a economia do país seriamente fragilizada, e o crescimento visto nos últimos anos, estagnado ou até comprometido? Dúvidas não faltavam.

No setor lácteo, a situação também não era animadora. Os produtores encontravam-se desestimulados - em função da queda nos preços do leite no segundo semestre de 2008 - e o mercado internacional mostrava, mês após mês, queda no preço das commodities, chegando a valores próximos aos praticados em 2006. Do lado da indústria, no ano de 2008 os investimentos no Brasil foram maciçamente voltados à produção de leite em pó - em função dos altos preços no mercado mundial e na expansão das exportações -, com construção de torres de secagem e ampliação de unidades processadoras. Na visão de muitos analistas internacionais, os preços não deveriam voltar a cair, devido a um forte desabastecimento do mercado, ausência de estoques e demanda crescente por países emergentes. Mas os altos preços de 2007 e 2008 estimularam a produção e isso, com a queda na demanda em função da crise, forçou os preços para baixo.

As previsões, então, não se confirmaram. O mercado internacional começou a dar sinais de desaquecimento já no 2º semestre de 2008, o que foi imediatamente repassado ao produtor nacional. Desestimulado em função dos preços e ressabiado em relação ao cenário de economia instável, o produtor reduziu seu volume de produção, resultando numa queda histórica de 4,52% no 1º semestre deste ano comparado ao mesmo período de 2008 (produção inspecionada), como mostra o gráfico 1. Quando comparado o segundo trimestre de 2009 ao mesmo trimestre de 2008, a queda chega a 8,7%. Mesmo em outros períodos de crise, esse fato não havia sido registrado, sendo que no passado recente a produção do primeiro semestre de um ano vinha sempre mostrando crescimento em relação ao 1º semestre do ano anterior.

Gráfico 1. Variação da captação inspecionada entre primeiros semestres de anos consecutivos.

Clique na imagem para ampliá-la.

Os baixos preços internacionais, aliados à valorização da moeda brasileira frente ao dólar, criaram uma situação desfavorável às exportações - que ficaram praticamente zeradas em alguns meses do ano - além de propiciar a retomada das importações (já que, com preços baixos e moeda valorizada, ficou muito mais atrativo trazer produto de fora, principalmente dos países do Mercosul, pela ausência de tarifas de importação). E foi exatamente o que aconteceu: o saldo da balança comercial de lácteos no 1º trimestre ficou negativo em cerca de US$ 11 milhões. No período, foram importadas 27 mil toneladas de leite em pó (21,5 mil provenientes da Argentina e 5,5 mil toneladas do Uruguai). Para conter esse movimento, o governo brasileiro impôs medidas restritivas à importação de lácteos - através do licenciamento não automático - determinando limites e preço mínimo para o leite em pó vindo da Argentina e do Uruguai.

Com isso, o preço pago ao produtor brasileiro se descolou dos preços internacionais, chegando a superar até mesmo os preços europeus (Gráfico 2).

Gráfico 2. Preço do leite ao produtor em diversos países (US$/litro).

Clique na imagem para ampliá-la.

Os preços seguiram a dinâmica do mercado interno, onde a crise não se mostrou intensa no setor de alimentos e bebidas. Uma pesquisa da LatinPanel sobre consumo mostrou que o maior crescimento em volume, no 1º semestre, ocorreu nos alimentos, com um aumento de 15% ante o primeiro semestre de 2008.

Outro ponto de destaque, neste ano, está relacionado ao leite longa vida. Com aposta plena das empresas na produção de leite em pó - impulsionado pelos altos preços de 2007 e 1º semestre de 2008 -, o leite longa vida teve sua produção reduzida, com o agravante de algumas empresas importantes do segmento estarem endividadas e até mesmo em recuperação judicial. Com isso, o ano de 2008 terminou superofertado de leite em pó e com pouco volume de leite UHT. Com consumo mantido e produção reduzida, a demanda por leite longa vida foi impulsionada, e o produto começou a disparar de preços no atacado (veja no gráfico 3). As empresas iniciaram uma corrida por leite, elevando os preços ao produtor. Esse aumento de preços no atacado - ocorrido a partir de abril - só foi chegar ao produtor mais evidentemente em junho, quando os preços no atacado atingiam o seu pico, já perdendo força daí em diante. Vale ressaltar que a variação de preços do leite UHT (diferentemente dos queijos) é mais tolerada por parte do consumidor, que apesar de fazer substituições e reduzir o consumo, dificilmente deixa de comprar o produto. Desta forma, com demanda mais inelástica, o produto aceita preços mais altos antes do consumo declinar.

Gráfico 3. Preços dos lácteos no atacado.

Clique na imagem para ampliá-la.

Com a elevação dos preços, em algum momento afetando a demanda, e com a recuperação antecipada da oferta no Centro-Oeste e Sudeste os preços dos lácteos mostraram queda, principalmente o leite longa vida e os queijos. Ao produtor, o pagamento de outubro veio com queda de 5,9% em relação ao mês de setembro, no valor de R$ 0,6984/litro. Para o pagamento de novembro (referente ao leite de outubro), 85,5% dos representantes das empresas pesquisadas pelo Cepea falam em nova redução. Em relação à oferta, o aumento da produção de leite no 4º trimestre não deve ser tão expressivo quanto nos anos anteriores, em função da antecipação das chuvas no Sudeste e Centro-Oeste e também às dificuldades dos produtores em relação aos custos de produção.

No mercado internacional, os preços estão em ascensão, mostrando reajustes mais significativos nos últimos dois meses, como mostra o gráfico 4. No Oeste da Europa, a tonelada do leite em pó integral já chega próximo aos US$ 4.000, e a US$ 3.500/ton na Oceania. Os leilões da Fonterra através de sua plataforma de vendas online, globalDairyTrade, acumulam alta de 49% nos últimos 3 meses, sendo que a média dos contratos do leilão de novembro ficou em US$ 3.437/tonelada.

Gráfico 4. Preços do leite em pó integral no Oeste da Europa, Oceania e nos leilões da Fonterra (US$/tonelada).

Clique na imagem para ampliá-la.

Os principais países produtores verificaram menor crescimento da oferta em 2009 (alguns até com queda, como o Brasil), reflexo dos preços baixos das commodities lácteas. Além disso, os custos de produção mais altos também implicaram na redução: segundo dados do relatório do IFCN, apenas 2% do leite mundial pode ser produzido ao custo de US$ 0,20/litro, que seria o preço de equivalência do mercado internacional no início do ano. Além disso, problemas climáticos prejudicaram a produção na Oceania, sendo que o volume produzido nos 3 primeiros meses da estação 2009/10 na Austrália e na Nova Zelândia estão 4% e 2% inferiores, respectivamente, em relação ao ano anterior.

O que esperar para 2010?

Ao que se pode ver até agora, a perspectiva para 2010 é positiva.

Se os preços externos continuarem subindo ou ao menos se mantiverem nos níveis atuais, as empresas brasileiras já podem pensar em voltar a exportar. A Tabela 1 mostra o preço de equivalência entre o leite em pó no mercado internacional e o preço ao produtor. Com câmbio de R$ 1,80 e US$ 3.500/tonelada, cerca de R$ 0,64/litro seria o preço de equilíbrio. Em apresentação do USDEC - Dairy Outlook 2010, Mark Voorbergen, do Rabobank, acha que os preços das commodities no final deste ano serão um indicativo do valor médio para o ano de 2010, apesar do mercado internacional se mostrar muito volátil ultimamente.

Mantido este cenário de oferta controlada, retomada da economia mundial (nova previsão do FMI aponta que o PIB mundial em 2009 deve crescer 3,1%, versos queda de 1,1% na previsão anterior) e crescimento do consumo (principalmente em países emergentes), pode continuar a ocorrer elevação de preços no 1º semestre de 2010, apesar de analistas internacionais acreditarem que os sinais não são tão claros assim: na opinião do especialista do Rabobank, os estoques europeus só serão eliminados no segundo semestre de 2010, além do fato da demanda ainda não ter crescido consistentemente no mundo, sendo hoje puxada principalmente pelos países asiáticos. De qualquer forma, dois sinais positivos: primeiro, a União Europeia zerou novamente os subsídios às exportações, prática que normalmente vem associada a preços em recuperação; segundo, a Fonterra elevou seu pagamento para esta estação.

No Brasil, com o país saindo da crise e se fortalecendo, as operações para consolidação do setor lácteo podem ser retomadas, com novos investimentos e possível retomada da corrida por leite. Na Europa, com as empresas em condições mais estáveis, também é esperada uma nova onde de fusões e aquisições no setor, principalmente se analisarmos o cenário para os próximos 5 anos.

É evidente que há diversas variáveis que podem mudar essa previsão: se a crise tiver mais uma perna, como muitos acreditam, ou se a oferta de leite responder mais rapidamente ao aumento de preços do que o esperado, essa tendência de alta pode não se concretizar; se a oferta interna crescer significativamente nos próximos meses - o que não acreditamos - talvez demore mais para termos o alinhamento com os preços externos. E há sempre o aspecto cambial que, aparentemente, não trará grandes novidades.

O cenário mais provável, no entanto, aponta para um 2010 promissor para o setor.

Tabela 1. Valor máximo valor a ser pago ao produtor (R$/litro), considerando o câmbio e preços internacionais do leite em pó.

MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP), Mestre em Ciência Animal (ESALQ/USP), MBA Executivo Internacional (FIA/USP), diretor executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint.

MARLIZI M. MORUZZI

Médica Veterinária pela FCAV/UNESP-Jaboticabal.

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LUCIANOF32

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/01/2010

Produtor de leite no brasil sofre com falta de mao de obra qualificada, e baixos preços sempre....
TADEU ROBERTO SIERAKOWSKI

PARANAVAÍ - PARANÁ - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 15/01/2010

Tenho um comercio voltado para equipamento de ordenha e acompanho varios produtores. O que se percebe ainda e vai ser assim por muito tempo, é que os produtores de um modo geral são iguais trator para o trabalho, porem, no controle de produção, financeiro, rebanho, na utilização dos recursos naturais esta muito longe do ideal. Outro fator que vai contra os produtores é a falta de fidelidade por parte de alguns quando estão reunidos em associações, só estão lá em proveito próprio. Quando vamos mudar isto, e ter força de verdade junto as instituições?
EDEMAR RIBEIRO DE SOUZA

ANDRADINA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/01/2010

Em 2005, quando à época entrega meu produto à DPA, numa reunião sobre fomento à produção entre o supervavisor de distrito leiteiro da mesma e alguns produtores vizinhos a mim, ao ser abordada questões como mercado e preços pagos, usando de uma franqueza atípica para esses "profissionais", o mesmo nos disse que tais questões não eram para serem abordadas por nós, uma vez que nós não determinávamos preços, cabendo a nós apenas aumentar a produção. Triste verdade, a qual, ainda estamos adstritos. O que fazer?
JOSÉ DE JESUS SANTOS

SANTO ANASTÁCIO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 08/01/2010

cada dia que passa sinto mais vergonha de ser produtor rural pois todos trabalham contra nossa classe de produtores rurais , inclusive nos produtores que temos uniao para valorizar os nossos produtos se nos proprios nao damos valor quem ira dar precisamos urgentemente de organizaçao das clsses produtivas deste pais , pois da maneira como esta a situaçao dos produtores iremos bancar mais e mais as grandes industrias que so eles ganham sem riscos, quem paga o pato e sempre os produtores.
MARCELO BATISTA DE OLIVEIRA

SÃO PAULO - SÃO PAULO - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 07/01/2010

Bom dia,

Parabens pelo Artigo

Nós como fornecedores de matérias primas, tambem ficamos bastante animados com as perspectivas para 2010.
JORGE LEON PEREZ

PESQUISA/ENSINO

EM 05/01/2010

excelente su articulo e informacion,seria interesante conocer participacion delproductor en el precio final de leche al consumidor
por que leche pues es lo mas comparativo a nivel de varios paises que tienen muy diverso portafolio de productos lacteos
toda la informacion de ustedes es de calidad excepcional
jorge leon perez
EDUARDO FERREIRA FONTES

JUNDIAÍ - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA LATICÍNIOS

EM 05/01/2010

Muito bom o artigo.
É sempre positivo ver que o mercado laticinista gera preocupações em todos e que a busca por melhorias não cessa.
Os reflexos da crise mundial devem tomados como lição para que o mercado brasileiro se atente as dificuldades e continue sempre aquecido e fortalecido no cenário mundial.
Que os sérios profissionais do setor, continuem se empenhando, para que o mercado de leite do Brasil não "entorne" e não sai dos trilhos do caminho certo.
O nosso profissionalismo sempre será questionado e jamais devemos desperdiçar nossa credibilidade.
Abraço e um ótimo 2010!
OSMAILSON SILVA ARAUJO

PIRITIBA - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/01/2010

Bom Dia.

Por termos caracteristica de produção de leite a pasto nas epocas das aguas, os laticinio se une na Bahia e forcam quedas de preço na entrada das aguas em consequência desta politica, e fica muito dificil trabalhar com projeções, onde se torna um custo muito elevado sendo que o leite pago ao produtor na região de Piritiba-Ba e de 0,40 centavos, mim responda onde o produtor vai consequir se organizar e procurar soluções e para o negocio dar certo.

DIRSON VIEIRA

GOIÂNIA - GOIÁS - PESQUISA/ENSINO

EM 02/01/2010

"Com consumo mantido e produção reduzida, a demanda por leite longa vida foi impulsionada, e o produto começou a disparar de preços no atacado (veja no gráfico 3). As empresas iniciaram uma corrida por leite, elevando os preços ao produtor. Esse aumento de preços no atacado - ocorrido a partir de abril - só foi chegar ao produtor mais evidentemente em junho, quando os preços no atacado atingiam o seu pico, já perdendo força daí em diante". Trecho colado do sétimo parágrafo deste artigo.
Para min, o grande problema com a produção de leite (grandes volumes e baixos volumes ofertados às industrias), o que dificulta e muito para o produtor manter um patamar planejado de produção, é o fato retratado no trecho acima, em que se o resultado do complexo leite é favorável, este demora a chegar ao produtor; e se desfavorável, é repassado ao produtor quase que imediatamente.
Será que em algum dia, as Industrias administrarão seus complexos e trabalharão com o Mercado (global), com certezas bem fundamentadas nas respostas confiáveis dos Produtores?
VALDIR GOERGEN

AUGUSTO PESTANA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/12/2009

Parabens pelo artigo!
Nos produtores estamos precisando de umaa recuperaçao caso contrario o negocio vai ficar feio.
Feliz Natal e um Prospero Ano Novo Para Todos.
OSNI LUIS GARSZARECK

PONTA GROSSA - PARANÁ - MÉDICO VETERINÁRIO

EM 17/12/2009

Parabens pelo artigo!
Espero que as perspectivas de mercado que vocês apontaram para o próximo ano se concretizem!
Um abraço!
HELDER DE ARRUDA CÓRDOVA

CASTRO - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 08/12/2009

Qualquer previsão para o comportamento do mercado de lácteos para 2010 é arriscada diante das muitas incertezas que geralmente permeiam essa atividade. Cabe ao produtor controlar seus gastos e buscar um preço melhor pelo leite. Enfim a sobrevivência na atividade é uma questão de gestão dos vários fatores que poderão interferir na sua sustentabilidade.
BARCELO ANTÔNIO MAIA

LUMINÁRIAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/12/2009

Nós Produtores, somos desunidos, individualistas e inertes. Segundo noticiários dos mais otimistas pelo mundo afora que a crise do mundo será alavancada pelos commodities principalmente pela BRIC e o Brasil é ponta em espaço, estrutura empresarial e democracia consolidada ou na frente dos demais da BRIC, no entanto o setor que mais está penalizado é o Agronegócio e onde mais gera empregos. Me faz lembrar o pensamento de Rui Barbosa que transmito de lembrança sem conferir texto original "De tanto ver crescer as injustiças, de tanto ver as nulidades, de tanto ver o poder crescer nas mãos dos maus. O homem chega a desanimar-se da virtude a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto".

Somos os palhaços da corte. Produzo café com prejuizo, leite com prejuizo, com esta super safra prevista sem proteção de preço minimo (que cubra os custos com uma margem de lucro) praticado pelos paises desenvolvidos que coragem temos para arriscar mais. O governo está certo, vamos dar dinheiro para Ind. Automobilistica que gera 200.000 empregos diretos e indiretos e nós com 10.000.000 é muito pouco para eles preocuparem. Todos nós deveriamos arrumar uma boquinha em Brasília e levar bastante cuecas e meias.
LEONARDO GODINHO SANTOS

TEÓFILO OTONI - MINAS GERAIS

EM 01/12/2009

Parabéns aos autores, pelos ótimos esclarecimentos a nós técnicos e produtores, pois servirão para nortear nossas ações. Portanto, estamos no Brasil em ano eleitoreiro e tudo pode acontecer. Vamos aguardar com otimismo o próximo semestre. Parabéns.
ROBERTO JOSE BASTOS

CABO FRIO - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/11/2009

Parabéns pela analise feita por vocês, sucinta e clara.
Gostaria de levantar uma questão, que a meu ver já está bastante atrasada, que é a formalização do fornecimento do leite pelos Produtores para os Laticínio e Cooperativas.

É lógico que isso não vai regular o mercado, que tem suas variações naturais pela oferta e procura, mas com certeza, diminuiria a manipulação dos preços, e dividiria os riscos do mercado com a Indústria, que hoje é integralmente do produtor.

Outro aspecto que também seria muito importante é o reconhecimento jurídico da relação produtor X indústria.
Gostaria de saber sua opinião sobre o assunto.

Roberto Bastos
GUSTAVO RIBEIRO DA SILVA

NOVA OLÍMPIA - MATO GROSSO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/11/2009

Tenho observado grande volatilidade no preço pago ao produtor no Estado do Mato Grosso. Por termos características de produção de leite a pasto, os laticínios forçam quedas expressivas de preço na entrada das águas. Em consequência desta política, fica muito difícil trabalhar com projeções, e fazer gestão da relação receita/custos. Fica a expectativa de entradas de laticínios de grande porte e mix de produtos que contemplem perspectivas de exportação, para que tenhamos um amortecedor ou balizador com os preços praticados no mundo todo.
SAVIO

BARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 26/11/2009

Boa noite Marcelo;

Tem razão,
O UHT por ter grande concentração no mercado e por isso ser essencial ao abastecimento, realmente causa distorções e desequilíbrios nos momentos de variações tanto para cima como para baixo. Essa é a essência da questão que levantei sobre a participação nociva do UHT no mercado. A concentração de vendas desse produto em específico propricia também, uma considerável concentração de compras por grandes redes varejistas na safra, diminuindo drásticamente o poder de barganha e tornando o gráfico de mercado anual do setor como um todo, mais brusco e menos natural quando comparado somente as realidades sazonais.

Quanto às variações de volume na migração, acredito que mesmo com os canos que essas empresas deram em produtores a produção não se desestimulou, já que desses eventos ocorreram no início da safra com aumentos de volume à todo vapor. Pode ter havido uma pequena queda de produção do longa vida nessas regiões porque uma pequena parte desse leite migrou para queijarias, mas acredito que não tenha sido relevante volume quanto a participação no mercado nacional. A produção estava iniciando sua alta natural de safra e as empresas de UHT estavam estocadas.

Um abraço e parabéns mais uma vez pelo artigo esclarecedor;

Sávio Santiago
FABRÍCIO ALVES REZENDE

ESMERALDAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 24/11/2009

Parabéns Marcelo e Marlizi,
Vocês fizeram uma análise bem sucinta e objetiva do panorama do mercado lácteo nos 2 últimos anos.
O que nós esperamos como extensionistas de campo e produtores é que as previsões se confirmem para 2010, aumentando as expectativas deste setor tão deparado com entraves e desestímulo principalmente por parte dos produtores!
Boa noite!
MARTINHO MELLO DE OLIVEIRA

PARANAÍBA - MATO GROSSO DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/11/2009

Mais uma vez as perspectivas quanto ao mercado de leite para 2010 são imprevistas, pois depende de vários fatores, como dólar, aumento ou não da produção, mercado externo e etc. Entretanto, o que nos move e nos dá alento é a nossa coragem e nosso otimismo para continuar produzindo, pensando sempre em uma situação mais confortável, em que todos os elos da cadeia ganham. Assim a sociedade não pagará tão caro no preço do leite e derivados, e por outro lado o produtor não receberá preços tão aviltantes, havendo um equilíbrio.

Enfim, o contexto que vocês colocaram é brilhante, para fazermos uma boa reflexão para que nossa gestão tenha um norte e que seja direcionada conforme a conjuntura do momento.

Parabéns Marcelo e Marlizi pela brilhante explanação.
ALISSON PEIXOTO

SÃO PAULO - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 24/11/2009

Excelente artigo, parabéns, Marcelo e Marlizi.

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