A passos ainda lentos, preços ensaiam aumento |
POR MARCELO PEREIRA DE CARVALHO
E MARLIZI M. MORUZZI
EM 08/04/2009
8 MIN DE LEITURA
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO
Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP), Mestre em Ciência Animal (ESALQ/USP), MBA Executivo Internacional (FIA/USP), diretor executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint.
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JOSÉ MAURÍCIO GOMESCAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 11/05/2009
Todos comentários apresentados acerca deste assunto merecem destaque na página inicial do Milkpoint. Espero que a classe se sensibilize, está na hora de irmos ao congresso para exigirmos a atenção necessária ao assunto. O nosso Ministro é uma fraude, finge que está preocupado mas nada fará contra, pois o leite barato que vem de fora interessa ao populismo exacerbado de qualquer governante brasileiro, especialmente ao Lula que quer eleger a Dilma como sucessora. O corte de empregos no setor lácteo não mexe com a politica populista do governo, já que o programa salário desemprego e bolsa familia tapam o sol com a peneira. Portanto meus amigos, não esperem nada deste governo, mas o choro é livre e quem não chora não mama.
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JOSÉ DE JESUS SANTOSSANTO ANASTÁCIO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 08/05/2009
Caros produtores, enquanto nos produtores nao começarmos a quebrar o pau, fazer como fazem em outros paises, vamos continuar nessa gangorra de sobe e desce e nos sempre pagando para trabalhar e sempre endividado.
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MARCUS BASTOS TEIXEIRARIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 17/04/2009
A necessidade de medidas antidumping é hialina, entretanto temos um presidente pouco afinado com aqueles que vivem do trabalho e da geração de empregos. Dinheiro para o FMI, fomentar um Mercosul inviável, tudo é possível para fazer pose na foto como grande líder mundial da hipocresia, enquanto isso, nós?
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GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCOJUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 13/04/2009
Prezados Marcelo e Marlizi,
Quem, como eu, ao longo dos anos, acompanha a cadeia produtiva do leite, já está cansado com os acontecimentos anunciados pelo seu excelente artigo. Chega a época da entresafra, a produção interna cai, o preço do leite ao produtor aumenta (em tese) e os criadores de temporada - aqueles que só se aproveitam do momento de alta - surgem no mercado para aumentar o volume de leite. Resultado: o preço volta aos antigos patamares, o profissional sofre com esta concorrência desleal e, muitas das vezes, cerra suas portas. Depois desta derrocada, os produtores de momento desaparecem e o que sobra é sempre a sucata do mercado: sem tecnologia, sem poder econômico, sem força de vontade. Não se olvide, ainda, das importações absurdas que os governos brasileiros têm, com sistemática insistência, ao longo de todos os tempos, despejado no mercado, com qualidade duvidosa, mas preço agradável. Quem paga por tudo isso? O produtor, que tem a atividade como profissão. Foi assim em 2004, 2005, 2006, 2007, 2008 e será em 2009, 2010, 2011, 2012... É mais ou menos como a política de reforma agrária: toma-se a terra improdutiva de seu proprietário e destina-se a um outro campesino. Aí, o Governo subsidia a sua produção, para que ele não sucumba, com crédito facilitado, sem atentar que se tivesse o mesmo incentivo, aquele proprietário original, desapropriado de sua terra, teria feito que ela se tornasse produtiva. O que nos falta, portanto, é incentivo, política de preço mínimo consciente, crédito barato e possível de ser pago, menos demagogia e mais trabalho. Mas isto vem parecendo, cada vez mais, tão utópico quanto a ilha de Thomas Morus. Mas, "a gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando"...até onde der e, se der. Um grande abraço, GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG |
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EDUARDO GRACIANO PEREIRACONCEIÇÃO DO RIO VERDE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 10/04/2009
A situação do momento é a seguinte: produtor fica no prejuizo e vai morrendo aos poucos. A CNA denuncia, mas nao consegue amparo (governo + produtores). O ministro da agricultura sabe da situaçao, fica indignado e nao faz nada. A parte do governo que manda, acha a situaçao boa. Quanto mais importar mais barato fica leite (populismo) e outros setores defendidos pelo presidente (automobilistico, etc) podem exportar mais para os ermanos sem provocar rombo na balança comercial.
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RENATO CALIXTO SALIBABRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PRODUÇÃO DE LEITE EM 09/04/2009
Vejo que todos aqui que fizeram seus comentários são unanimes em dizer que o leite importado não veio do Mercosul, então todos sabemos que a triangulação é visível. Onde está o governo que não faz nada para impedir esse absurdo? A quem interessa massacrar o produtor de leite com uma concorrencia desleal dessas? Com a palavra as autoridades do MAPA e do MIDC. Uma maneira de tentar barrar essas importações seria divulgar o nome das empresas que estão importando esse leite subsidiado e pressiona-las a não importar mais leite da Europa através da Argentina e do Uruguai.
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ANTONIO CARLOS GUIMARAES COSTA PINTOBELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 09/04/2009
Nós estamos indo para o mesmo caminho de 2007, ou seja, vai faltar leite e aí então os laticinios correrão desesperadamente atrás do produto. Por que as industrias não conseguem enxergar isso? Será que não tem gente qualificada para essa análise? Se o preço não tivesse caído tanto, a produção estaria estabilizada, o produtor em situação equilibrada, e não precisaria de aumentos no preço. Isto seria a tão falada "cadeia do leite" em que todos seriam beneficiados. Mas enquanto a industria tratar os produtores como suas "vacas de presépio" se perpetuará essa gangorra à mercê do mercado, uma hora grande oferta e preços baixos, outra, o contrário.
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AMAURIKPASSA TEMPO - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS EM 09/04/2009
Uma coisa é permitir o mercado se corrigir, através do preço, fazendo com que o produtor diminua sua produção quando seu faturamento cai, ou aumentando sua produção, quando a demanda aumenta, fazendo com que as indústrias aumentem o preço de seus derivados e repassem os aumentos para os produtores, este e o chamado ajuste de mercado.
O que não pode ocorrer é a destruição da cadeia produtora de leite do Brasil, para que o fornecedor europeu não sofra o ajuste de mercado. Pois lá existe o subsidio para poupados deste ajuste, e o excesso de produção é jogado no mercado internacional, este é o bolsa família europeu. Para proteger a cadeia de leite brasileira existe uma taxa de importação, que é burlada via triangulação do leite em pó pelo mercosul. A pergunta que fica e no ar é: Porque as autoridades permitem isto, impedindo que a lei da oferta e procura estabilize o mercado, selecionando os mais eficientes e não os mais subsidiados? |
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JOSÉ HUMBERTO ALVES DOS SANTOSAREIÓPOLIS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 09/04/2009
As importações de leite da Argentina e Uruguai merecem atenção especial. A preocupação do ministro da agricultura tem fundamento, pois a produção daqueles paises tiveram um declínio grande em função de problemas climáticos. Segundo informações do próprio ministro o leite importado do Mercosul tem servido para atender os programas sociais dos estados e municípios. Ora, os processadores locais tem penetração política suficiente para coibir essa situação. As entidades de classe tem meios para induzir os programas sociais a utilizarem leite fluído.
Uma coisa que não sei é se as mesmas alíquotas que existem no Brasil (27% p/ importações de lácteo fora do Mercosul) existem p/ outros países do Mercosul. De resto, os aumentos pequenos, mas consistentes são mais sadios que grandes saltos que podem produzir grandes baixas tbém. O mercado é firme, não existe leite, principalmente no estado de S.Paulo e as perspectivas são mais alentadoras. |
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BRUNO SOARESPOMPÉU - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 08/04/2009
As autoridades representantes da nossa cadeia precisam se preocupar um pouco com essa situação; sabemos que isso já vem sendo deixado de lado há muito tempo. O Brasil precisa parar de segurar a peteca dos vizinhos e reivindicar punições à essa sonegação. O que está ocorrendo é um crime e está atrapalhando o desenvolvimento da atividade aqui dentro.
Está faltando vontade de trabalhar no nosso ministro, que não sabe o que fazer diante dessa situação. Queremos mais inteligência e trabalho o mais rápido possível. O Brasil não pode ficar segurando a onda de vizinhos afundados em crise porque também estando sofrendo com ela. Se continuar nessa mansidão de relações, veremos a Argentina e o Uruguai sair da crise às nossas custas e a gente ficará aqui sofrendo com essa situação difícil. |
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MURYLLO COSTAMATO GROSSO DO SUL - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS EM 08/04/2009
Vendo-se que a queda de leite em propriedades rurais é maior que o mesmo periodo de 2008, o que vai acontecer, vai chegar uma hora que essa queda vai começar a provocar uma grande procura no campo aumentando ainda mais os preços pago aos produtores, e será que as industrias vão suportar isso? Essa é a grande pergunta que fica no ar.
Muryllo Costa, Agente de Captação. |
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RICARDO DE OLIVEIRA FARIAGOIÂNIA - GOIÁS - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 08/04/2009
É preocupante para o setor o fato das importações estarem prejudicando a recuperação dos preços lácteos, visto que o setor leiteiro é responsável pela sobrevivência de boa parte dos pequenos produtores, além de gerador de empregos e renda nos pequenos municípios brasileiros.
Ricardo de Oliveira Faria, Médico Veterinário, produtor de leite, Secretário Municipal de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente de Bom Jardim de Goiás. |
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LAÉRCIO BARBOSAPATROCÍNIO PAULISTA - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS EM 08/04/2009
O que está segurando o preço ao produtor hoje no Brasil é esse absurdo que está ocorrendo nas importações, desequilibrando o mercado nacional.
12 mil toneladas de leite em pó importadas em março! Convertam os preços: leite em po da Argentina a US$ 1.798/kg (R$ 3,96/kg) e do Uruguai a US$ 1.669/kg (R$ 3,67/kg). Esses preços significam leite ao produtor em torno de R$ 0,35 a R$ 0,39 por litro. Será que os produtores desses países estão recebendo somente isso? Se fosse o contrário, ou seja, o Brasil vendendo leite nesse preço para a Argentina, tenho certeza que os argentinos deixariam as carretas paradas na fronteira, impedindo o produto de entrar no país. |
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JOSE RONALDO BORGESCUIABÁ - MATO GROSSO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 08/04/2009
Há uma grande incoerencia na importação de leite. Retirei dois pontos relevantes do texto:
"Argentina e Uruguai - principais origens das importações brasileiras - também passam por dificuldades e devem ter oferta mais restrita de leite. Os dois países enfrentaram uma grave seca, que reduziu drasticamente a disponibilidade de alimento para o gado." "Do volume de leite em pó integral - 9,589 mil toneladas - 69% são provenientes da Argentina (ao preço médio de US$ 1.856/t) e 31% foi comprado do Uruguai (em média, US$ 1.669/t). Ou seja, não entrou leite em pó integral de fora do Mercosul." Seguramente a origem deste leite não é da Argentina e Uruguai conforme denuncia da CNA em Janeiro e possivelmente com subfaturamento para sonegar impostos. Este é um caso que merece uma investigação maior pela Policia Federal com apoio da Receita Federal. |
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