Zona da Mata Mineira: produtores de leite encontram dificuldades para encontrar mão de obra

Muita gente se queixa de falta de mão de obra no campo. Na Zona da Mata de Minas Gerais, o problema afeta os criadores de gado de leite. O criador Werley Lopes tem uma propriedade de cinco hectares em Juiz de Fora, na Zona da Mata, mas a mão de obra na região começou a ficar escassa. Além disso, o salário pago gira em torno de R$ 1.500, só que muitos produtores não têm como manter essa despesa atualmente devido aos preços recebidos pelo leite.

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Muita gente se queixa de falta de mão de obra no campo. Na Zona da Mata de Minas Gerais, o problema afeta os criadores de gado de leite. O criador Werley Lopes tem uma propriedade de cinco hectares em Juiz de Fora, na Zona da Mata, mas a mão de obra na região começou a ficar escassa. Para resolver o problema, ele largou o emprego na cidade e agora, sozinho, cuida dos animais e da produção de 140 litros de leite todos os dias. “Tem funcionários que estão cobrando muito caro pelo serviço e quando a gente encontra, os primeiros dias são uma beleza, depois...”, diz o produtor rural. 

A produção de leite na região chega a 778 milhões de litros por ano, mas tem gente desistindo da atividade, porque não consegue encontrar mão de obra especializada. O salário pago gira em torno de R$ 1.500, só que muitos produtores não têm como manter essa despesa atualmente devido aos preços recebidos pelo leite. 

Atualmente, o litro é vendido por R$ 1 para laticínios da região e os custos com ração, estrutura do curral e a saúde do rebanho giram em torno de R$ 0,70 por litro. O que sobra é pouco para sustentar a família e ainda pagar funcionários, de acordo com o criador Sebastião Edésio. “Mudei o sistema. Eu mesmo faço a silagem e tenho que limitar os gastos com mão de obra”, conta.

Na fazenda dele são 40 vacas em lactação. Ele chegou a ter seis funcionários há cinco anos, mas hoje tem apenas um. Mesmo assim, Sebastião Edésio sofre para tocar a propriedade de 66 hectares. A solução encontrada foi caseira: ele conta também com o apoio da esposa e da filha, que chegou a passar num concurso público, mas desistiu para ajudar o pai.

“Isso é bom para eles, porque eu sou uma mão de obra que ajuda o tempo todo, tanto minha mãe na produção de queijo, como meu pai, no manejo com o gado. Pra mim é prazeroso, eu gosto muito daqui”, diz Tamara Aquino de Oliveira, produtora.

Segundo o sindicato rural de Juiz de Fora, muitos criadores estão trocando o gado de leite pelo de corte, que exige menos mão de obra.

E você produtor de leite? Vem encontrando dificuldades para encontrar mão de obra especializada e de qualidade no campo? Participe deixando o seu comentário no box abaixo:

As informações são do G1.
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Pedro Luiz Martimiano
PEDRO LUIZ MARTIMIANO

CACHOEIRA PAULISTA - SÃO PAULO

EM 12/04/2016

penso que tenha que mudar nossa legislação trabalhista ou que possa oferecer um espécie de abono ao retireiro ordenhador que tire leite maual na mao que os produtores participem oferecendo por produção que esse trabalhador conseguir
Gustavo Leal
GUSTAVO LEAL

MATIAS BARBOSA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 04/04/2016

Se o Sindicato Rural de Juiz de Fora estiver correto, dependendo da quantidade de produtores que estão migrando para a pecuária de corte, pode-se esperar um aumento do preço do leite para os produtores da Zona da Mata Mineira. Vamos aguardar.
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