Segundo Marcelo Pereira de Carvalho, CEO da AgriPoint e moderador do evento, o encontro – que contou com a participação de integrantes da Comissão de Leite da CNA, bem como, convidados - foi intenso e passou de uma agenda defensiva para uma agenda propositiva, avaliando as causas da nossa baixa competitividade.
“A produção no Brasil cresceu muito entre 2000 e 2014 com base em aumento de consumo interno e proteção de mercado. Porém, no longo prazo, esta estratégia coloca limites ao nosso crescimento, já que ficamos alijados do mercado internacional por não termos preços competitivos na maior parte do tempo”, disse ele.
“O que queremos do setor? Se o objetivo é crescer além do nosso mercado, temos que entender o que nos leva a não conseguir obter competitividade e criar uma agenda para enfrentar isso", completou.
A programação do workshop foi dividida em vários módulos:
- O ambiente de negócios e a competitividade;
- Políticas públicas e o papel do Estado;
- Coordenação setorial;
- Tendências para o consumo;
- Construção da agenda do futuro.
A abertura do evento foi realizada por Rodrigo Alvim, presidente da Comissão. Segundo ele, a intenção da Comissão Nacional de Pecuária de Leite, CNPL/CNA, ao propor este workshop, é sair de uma situação introspectiva, muitas vezes viciada, e abrir as ideias para outras cabeças que ajudem a repensar não apenas nos desafios, mas também, nas oportunidades. “São situações que muitas vezes não enxergamos quando não provocamos o debate com novos atores. É nas crises que podemos criar novas alternativas. Precisamos pensar uma agenda estratégica para que a CNPL oriente suas ações.”
A grade de palestrantes foi composta por especialistas incluindo Celso Toledo (Economista da LCA, Colunista da Exame), que fez uma apresentação inicial sobre a competitividade do Brasil como um todo; Marcelo Pereira de Carvalho (CEO da AgriPoint), que analisou o crescimento e a competitividade do leite no Brasil e os desafios e as oportunidades para a expansão do consumo; Paulo do Carmo Martins, da Embrapa Gado de Leite, que ponderou sobre como as políticas públicas podem ajudar (ou atrapalhar) a atividade; Glauco Rodrigues Carvalho, da Embrapa, que detalhou o que deveríamos olhar e não estamos olhando com relação à competitividade global; Marcos Jank, especialista em questões globais do agronegócio, que exemplificou as cadeias que já deram certo e os modelos de desenvolvimento da agricultura brasileira e René Machado, diretor da Nestlé, que apontou os obstáculos ao aumento da competitividade da indústria e da cadeia como um todo.
O público completo do evento foi composto pelos seguintes profissionais: René Machado, Paulo Do Carmo Martins, Andrew Jones, Eduardo Pena, Reinaldo Figueiredo, Craig Bell, Glauco Carvalho, Celso Toledo, Rodrigo Alvim, Paulo Machado, José Renato Chiari, André Gama Ramalho, Ricardo Godinho, Edson Novaes, Euripedes Bassamurfo, Wilson Iggi, Ronei Volpi, Antônio Carlos de Antonio Carlos Lima Neto, Jorge Machado Rodrigues, Bruno Lucchi, Thiago Rodrigues e Marcos Jank.
Todos os assuntos abordados foram debatidos e utilizados como substrato para a construção de uma agenda futura, que será detalhada e trabalhada pela CNA.
