Quase um ano depois da aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) da compra da Verde Campo pela Leão Alimentos, do Grupo Coca-Cola, o laticínio mineiro, com sede em Lavras, já está recebendo investimentos da nova proprietária para aumentar a capacidade instalada. “Estamos no meio de uma obra de ampliação e modernização (da fábrica), e a capacidade está indo para 4,5 milhões de litros de leite por mês. Estamos programando isso para o segundo trimestre do ano que vem. É para poder absorver o ritmo de crescimento anual de mais de 50%”, conta o fundador e presidente da Verde Campo, Alessandro Rios, 46, que não revela por quanto ele e outros dois sócios venderam a empresa, em 2015.
Atualmente, a Verde Campo industrializa 3,5 milhões de litros de leite por mês – captados de 350 fazendas –, principalmente em iogurtes, queijos frescos e queijos maturados. Para 2017, estão programados outros investimentos na unidade de Lavras, mas Rios, que permanece como presidente, não revela o volume de investimento. “Nessa unidade, a nossa meta é ir a 6 milhões de litros de leite por mês, nos próximos três anos”, informa.
Depois, para continuar o crescimento, seria necessário fazer uma segunda fábrica. “Já começamos a fazer os estudos agora, mas são projetos”, afirma Rios.
Contratações e portfólio. Com 440 funcionários – sendo 300 pessoas na fábrica e o restante na área comercial –, a Verde Campo tem sistematicamente efetuado admissões em seu quadro. “Em 2016, contratamos cem pessoas. E as contratações devem continuar”, diz Rios.
Com a Leão Alimentos e a Verde Campo juntas há um ano, Rios explica que durante o programa de aquisição, que durou 12 meses, houve a preocupação de que nenhum processo do laticínio fosse descontinuado e que não se perdesse nenhuma característica da produção amparada em produtos saudáveis, nas linhas light, diet, zero lactose e baixo sódio. “Hoje já temos mais centros de pesquisa disponíveis fora do Brasil, mais acesso a tecnologia e especialistas ajudando a desenvolver produtos”, conta.
Por isso, o portfólio atual de 45 produtos – todos 100% voltados para a alimentação saudável – vai aumentar. “Temos uma série de produtos programados para o ano que vem, todos eles dentro do histórico da Verde Campo, com linha inovadora, e que nem existem no mercado brasileiro. Continuamos com o mesmo conceito de produto diferenciado”, comemora.
MINIENTREVISTA
Alessandro Rios
Presidente da Verde Campo
Como nasceu a Verde Campo?
Em 1999, em Lavras, nasceu produzindo derivados light, de baixa caloria, baixo teor de açúcar, mas o foco era ensinar outras indústrias e mostrar que é possível fazer inovação e trabalhar com diferenciação mesmo com empresas pequenas. A fábrica começou a crescer e em 2003 ficou mais importante que a consultoria. Em 2004, decidi me dedicar somente à fabricação da Verde Campo.
Qual foi a parte mais difícil do negócio?
Foram os três primeiros anos com financiamentos vencendo e volumes (de produção) pequenos. A fábrica tinha 20 funcionários e começou industrializando 6.000 litros por dia, captando de 40 produtores de leite da região, que é forte em qualidade. Hoje compramos de 350 fazendas.
O que a Verde Campo tem feito nas fazendas?
A Verde Campo foi a primeira empresa no Brasil a implantar o programa de certificação em fazendas, com monitoramento de qualidade de leite. Nossos padrões de exigência de qualidade são maiores que os da legislação brasileira. Temos equipe própria para o produtor conseguir produzir com qualidade. Existe um programa de pagamento por qualidade que bonifica. Quanto mais alta a qualidade do produtor, mais prêmio pelo leite.
As informações são do O Tempo.
Verde Campo irá industrializar 4,5 mi de litros de leite ao mês
Quase um ano depois da aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) da compra da Verde Campo pela Leão Alimentos, do Grupo Coca-Cola, o laticínio mineiro, com sede em Lavras, já está recebendo investimentos da nova proprietária para aumentar a capacidade instalada. "Estamos no meio de uma obra de ampliação e modernização (da fábrica), e a capacidade está indo para 4,5 milhões de litros de leite por mês. Estamos programando isso para o segundo trimestre do ano que vem. É para poder absorver o ritmo de crescimento anual de mais de 50%", conta o fundador e presidente da Verde Campo, Alessandro Rios, 46, que não revela por quanto ele e outros dois sócios venderam a empresa, em 2015.
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