Venda de leite longa vida cresce menos, de acordo com estimativas da ABLV
As vendas do segmento de leite longa vida devem crescer 1,5% este ano e alcançar 6,7 bilhões de litros, estima a Associação Brasileira de Leite Longa Vida (ABLV). A projeção foi divulgada ontem (07) pela entidade, que observa que o "ritmo histórico" de desempenho do setor é da ordem de 3% a 4% ao ano e que "a queda disso para menos da metade não é nada confortável em um segmento que, por tradição, já convive com poucas margens".
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Em abril deste ano, o presidente da entidade, Cesar Helou, disse que a expectativa da ABLV era de um avanço da demanda semelhante ao visto em 2014, quando a produção de leite longa vida somou 6,6 bilhões de litros e cresceu 3,4% sobre 2013. Na ocasião, ele avaliou que, por se tratar de um produto básico e de baixo valor, seu consumo deveria ser poupado.
Segundo a projeção da ABLV divulgada ontem (07), esse mercado deve movimentar R$ 16 bilhões este ano, R$ 1 bilhão a mais do que em 2014, considerando um valor médio de R$ 2,40 por litro de leite ao consumidor.
No comunicado de ontem, a entidade afirma que "sem se abalar com o clima de pessimismo que impera no país, a indústria de leite longa vida vive momentos de apreensão sim, mas mostra fôlego para as adversidades e espera crescimento de vendas de 1,5% para este ano." Segundo afirma Helou, no comunicado, "por ser um produto de alto giro e margens baixas, esse quadro se agrava em momentos de crise, mas eu sou otimista".
Na visão da ABLV, o segmento de leite longa vida é favorecido pelo fato de "vir de um período de grandes investimentos, até meados de 2014, e por seus ganhos constantes de market share no segmento de leite fluido". Além disso, diz a entidade, o consumo de leite é "bastante regular e os números mostram que a perda do poder aquisitivo da população não implicará redução de consumo porque os preços irão se adaptar ao poder de compra do consumidor".
A expectativa de aumento de 1,5% da demanda é sustentada, segundo a associação, pelo crescimento vegetativo da população, pela contínua substituição do leite pasteurizado e em pó pelo leite longa vida e pelo declínio do leite de consumo informal. De acordo com a ABLV, que realiza workshop hoje para comemorar seus 21 anos, o leite longa vida está presente em quase 90% dos lares brasileiros.
As informações são do Valor Econômico.
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LAVRAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
EM 15/10/2015
Meu objetivo não foi defender um produto ou outro, simplesmente estou falando que 80% do leite fluido vendido no Brasil é UHT e se engrossarmos o coro que é uma porcaria e que tem química, vamos cada vez mais diminuir o consumo do produto LEITE.
Não somos nós que temos que pensar na praticidade, é o consumidor. Ele tem que pesar se prefere um leite mais fresco ou mais prático. Até agora ele tem optado pelo mais prático. Só acho que não devemos falar mal de nenhum dos dois.
Marketing do leite tem que começar por quem produz. Todos da cadeia produtiva tem que falar dos benefícios do produto. Como acreditar que um peixe é bom se o pescador fala que ele é conservado na química? Algum de vocês compraria?
Aumento de consumo de UHT aumenta o consumo do pasteurizado. Em consequência diminuiu a disponibilidade de leite para queijos, iogurtes e leite em pó. A reação é uma valorização em cadeia;
Eu considero muito pior uma notícia de redução de consumo do que de uma queda momentânea de preços. Redução de consumo pode ser uma tendência a mais longo prazo e essa tendência pode causar danos mais perenes e perigosos a cadeia láctea.
Temos que acordar todos os dias melhorando a qualidade dos produtos lácteos, do campo até a mesa do consumidor. O dia que o nosso leite tiver padrão internacional, vamos exportar e passaremos a ter o nosso produto cotado em dólar, assim como acontece com os adubos, soja e medicamentos que são integrantes diretos do custo de produção de leite.
Hoje vendemos um produto em real que tem seu custo cotado em dólar. Até aonde a cadeia vai aguentar?

SANTA FÉ - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 12/10/2015
Alguém poderia me informar ?

BICAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
EM 10/10/2015
Mais uma vez ou pra variar todas as vezes que entramos em "crise" o leite é o primeiro a ser afetado , tanto produtor , indústria, consumidor ... e o último a ser corrido , digo corrigido em termos .
Sou filho de produtor trabalho no ramo e as vezes me pergunto até quando vamos aguentar essa política fraca e esse descaso com nosso produto ...
Será que a culpa é nossa ... de sermos tão teimosos em nosso segmento !

SACRAMENTO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 09/10/2015

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 09/10/2015
LAVRAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
EM 09/10/2015
O UHT bom não tem química, exceto estabilizante citrato de sódio que é permitido;
Acho que temos que ser uma voz de contradição aos que só falam mal do leite. Do contrário, se nós que somos do setor ficarmos falando mal do leite, cada vez o consumo vai cair mais.
Sobre o mercado, o consumidor elegeu o UHT como sendo sua forma de adquirir leite preferencial por conta da praticidade. Não acho que exista viabilidade em voltar ao mercado de leite com menor validade para o setor;
A vida das pessoas está cada vez mais atribulada e dinâmica. As pessoas tem menos tempo para compras de casa e atividades pessoais;
Se acontecesse por imposição a volta do leite pasteurizado, com certeza o setor perderia ainda mais consumidores para os sucos e produtos alternativos;
Hoje em dia precisamos do UHT;
Abraço

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 08/10/2015