A crise de preços que vinha arrastando o setor leiteiro, castigado pelo clima e com um endividamento crescente, fez com que a captação pelas indústrias até novembro tenha ficado abaixo dos 1,98 bilhão de litros registrados ao fechamento de 2015. Além disso, entre 2014 e 2015, houve uma queda de 2% no volume. O ano de 2015 fechou com mais de 2 bilhões de litros de leite captados pelas plantas pasteurizadoras.
Por sua vez, segundo dados do Escritório de Programação e Política Agropecuária (Opypa), a relação vacas em ordenha/vacas totais, decresceu de seu ponto máximo em 2013, com 75% das vacas totais estando em ordenha, ainda que, a nível histórico, continue em níveis elevados (73% em 2015, que é o último dado disponível).
A menor produção de leite se reflete claramente nas exportações do setor. Nesse sentido, os embarques de leite em pó integral, principal produto de exportação do setor, caiu 40% em volume e 15% em faturamento nos 12 meses da comparação anterior (novembro de 2015/novembro de 2016).
Segundo dados do Inale, foram exportadas 128.000 toneladas, por um valor de US$ 318 milhões e um preço médio por tonelada de US$ 2.484. Os principais mercados foram Brasil, Argélia, Cuba, China e Rússia.
No caso do leite em pó desnatado, o volume exportado pelo Uruguai caiu 37%, o faturamento caiu 41% e o preço médio por tonelada caiu 7% - 17.000 toneladas, US$ 45 milhões e US$ 2.649, respectivamente. O Brasil voltou a se posicionar nesse produto como o principal comprador, seguido por México, Rússia, Argentina e Estados Unidos.
Para manteiga, outro forte componente da cesta de produtos lácteos exportados pelo Uruguai, o volume exportado baixou 33%, o faturamento caiu 32% e o preço médio por tonelada baixou 1%. Foram exportadas 13.000 toneladas, por US$ 41 milhões e o preço médio de US$ 3.140 por tonelada. Os mercados, em ordem de importância, foram Rússia, Brasil, Argélia, Marrocos e Geórgia.
Não menos importantes são os queijos, com as exportações caindo 15%, para 38.000 toneladas, por um valor de US$ 128 milhões (-17%) e um preço médio por tonelada de US$ 3.404. O Brasil também foi o principal comprador, seguido por Bolívia, Rússia, Chile e Argélia. O faturamento total do setor caiu 11% e chegou a US$ 570 milhões.
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As informações são do El País Digital, traduzidas pela Equipe MilkPoint.