Uruguai: Primeiros bancos de forragens já são realidade para o setor leiteiro

Já há dois campos de recria que estão fazendo experiência com seus bancos de forragem: um da Associação Nacional de Produtores de Leite e o outro da Sociedade de Produtores Leiteiros de San Ramón. "Estamos fazendo um teste para instalar um banco de forragem no campo de Montes, que produzirá sorgo, fardos de alfafa e também se destinará parte à recria das bezerras", destacou o assessor da Associação Nacional de Produtores de Leite, Daniel Zorrilla.

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A escala condiciona a produção e uma das invenções “à uruguaia” para enfrentar essa barreira foram os campos de recria, onde os pequenos produtores de leite mandam as bezerras, fazem toda a recria e saem como novilhas paridas para apoiar a produção de leite do estabelecimento.

Agora, chegou o momento de somar “outras inovações tecnológicas”, disse o ministro de Pecuária, Agricultura e Pesca, Tabaré Aguerre, impulsionando os denominados bancos de forragem, o que, por sua vez, podem ser otimizados incorporando à irrigação.

“Se a recria é importante para um produtor que está em 2.500 ou 3.000 litros, também é importante para o que produz 10.000 litros, porque o custo da oportunidade de ter recursos destinados à recria acabam com a chance de produzir mais leite”, disse ele ao visitar recentemente um campo de recria de San José, onde reiterou a ideia de criar propriedades em que pudessem incorporar a irrigação.

O certo é que já há dois campos de recria que estão fazendo experiência com seus bancos de forragem: um da Associação Nacional de Produtores de Leite e o outro da Sociedade de Produtores Leiteiros de San Ramón. “Estamos fazendo um teste para instalar um banco de forragem no campo de Montes, que produzirá sorgo, fardos de alfafa e também se destinará parte à recria das bezerras”, destacou o assessor da Associação Nacional de Produtores de Leite, Daniel Zorrilla.

A alfafa está em pleno processo de cultivo (começará a produzir a partir da primavera), mas se começou a trabalhar no campo em setembro de 2012.

Zorrilla destacou que, no empreendimento, estão participando 33 produtores. “Estamos começando a testar a ideia, que será uma alternativa a mais. As pessoas estão bastante entusiasmadas”.

Por outro lado, a técnica da Sociedade de Produtores de Leite de San Ramón, Rosana Larrañaga, disse que essa instituição tem três anos de experiência de trabalho. “Consideramos que o banco de forragem pode ser uma saída para o pequeno produtor e estamos apostando nisso”, disse ela. Na experiência, estão participando 29 famílias.

Como no caso anterior, é um campo arrendado ao Instituto Nacional de Colonização (INC) e os produtores de leite de San Ramón produzem grãos e fibras para a fazenda leiteira. “O tema de se juntar e criar escala permite reduzir os custos de produção e podemos ter acesso a outras tecnologias que individualmente não é possível”, disse ela. “É muito mais complicado, porque a média das propriedades que estão participando desse empreendimento, o que tem mais tem 150 hectares e a metade da área é arrendada. São propriedades pequenas para produção de leite”.

Certamente, no futuro, muitas mais instituições se somarão a esse desafio e as primeiras experiências possibilitarão aumentar o grau de inovação da ferramenta.

A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe Milkpoint.
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