O aumento dos custos preocupa o setor lácteo uruguaio. A forte alta registrada principalmente em fertilizantes e herbicidas muda a equação. "É limitado e não temos muito espaço para trabalhar sem eles", disse Magela Santoro, produtora de leite e consultora de fazendas leiteiras, à Conexión Agropecuaria. "Até duas semanas atrás podíamos falar de uma casca de soja de até US$ 240 e agora já estamos falando de US$ 275", destacou.
O milho também aumentou. Em uma das principais empresas fornecedoras do setor lácteo, passou de US$ 270 para cerca de US$ 320 no silo do estabelecimento, moído, a granel, disse Justino Zavala, diretor da Associação dos Laticínios de Canelones. Isso tem um impacto marcante na margem, considerando que o custo dos concentrados representa entre 30% e 40% dos custos diretos de produção.
Essa escalada de custos não permite capturar os lucros que poderiam ser gerados com um preço ao produtor superior a US$ 0,40 por litro de leite enviado, destacou Zavala.
Houve reuniões sindicais com EL BROU, com Colonización, com UTE. "Medidas foram tomadas mas não é uma situação confortável", disse. Santoro salientou que no meio da "lacuna de outono" os pastos ainda não estão 100% e em alguns casos foram perdidos devido à seca.
As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.