O processamento de leite em temperatura ultra-alta (UHT) representa uma “excelente possibilidade” para inovação de produtos dentro da indústria de lácteos dos Estados Unidos, disseram executivos da Dean Foods e da HP Hood.
Falando em um painel moderado pelo presidente e diretor executivo da Leprino Foods, Larry Jensen, no Dairy Fórum 2014 da Associação Internacional de Alimentos Lácteos (IDFA), em Palm Springs em janeiro, o diretor executivo da Dean Foods, Gregg Tanner, e o vice-presidente executivo da HP Hood, Jeffrey Kaneb, classificaram os lácteos em temperatura ambiente como uma plataforma “excitante” para o desenvolvimento de produtos.
Já foram feitos investimentos em produtos lácteos com prazo de validade estável (que não necessita de refrigeração) no passado pelos processadores de lácteos dos Estados Unidos, mas, de acordo com o moderador da Leprino, “não houve muito sucesso”.
Agora, entretanto, os processadores de lácteos estão considerando cada vez mais o UHT como “muito promissor para produtos novos e inovadores, mas também, especializados”, disse Kaneb. “É aí que parece que haverá muito sucesso – nesses produtos especializados”, disse ele, identificando os shakes de proteína como um “exemplo clássico”.
“É um ajuste muito bom, porque esses são produtos especializados que não necessariamente têm um giro no mesmo ritmo de um galão de leite fluido. Eles também acabam em locais que não necessariamente são refrigerados, disse Kaneb. “Então, isso funciona muito bem. É uma embalagem bem mais cara e um produto muito mais caro. Há de ser uma boa combinação, mas sem dúvida, é uma grande possibilidade de inovação”.
Falando sobre o assunto, Tanner disse que o processo de alta temperatura em um curto período (HTST) – comumente conhecido como pasteurização – pode limitar os processadores de lácteos do ponto de vista de inovação. Ele disse que é difícil investir na inovação quando se coloca um novo produto na prateleira e ele precisa ser consumido dentro de 18 dias. “É muito difícil convencer um consumidor sobre qualquer tipo de inovação, porque você tem que educar esse consumidor e eles precisam vir e pegar o produto na prateleira. Então, eu acho que se você está em HTST, isso realmente restringe o que você pode fazer de uma perspectiva de inovação. Enquanto o UHT dá a você todos os tipos de flexibilidade que eu acho que é muito útil para a indústria como um todo”.
Junto com esse aumento no interesse dos Estados Unidos em lácteos com prazo de validade estável, Kaneb identificou, sem surpresa, o iogurte grego como o produto mais promissor do setor. “Em termos de o que está diante de nós, claramente o produto mais excitante é o iogurte grego. É excitante para os processadores e comerciantes; para os produtores como uma nova fonte para fornecimento; mas eu acho que é muito mais importante para a indústria como um todo, como um grande carro-chefe. Então, seria muito bom para nós continuarmos seguindo nesse caminho – esteja você no setor de iogurtes ou não”.
A reportagem é do Dairy Reporter, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
UHT representa "excelente possibilidade para inovação" no setor leiteiro dos EUA
O processamento de leite em temperatura ultra-alta (UHT) representa uma "excelente possibilidade" para inovação de produtos dentro da indústria de lácteos dos Estados Unidos, disseram executivos da Dean Foods e da HP Hood. Os lácteos que poderão ser mantidos em temperatura ambiente serão uma plataforma "excitante" para o desenvolvimento de [...]
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