UE: Mercados globais de lácteos permanecerão fortes nos próximos meses

Os mercados globais de lácteos deverão permanecer fortes nos próximos meses, mas os produtores do Reino Unido podem não ver todos os benefícios por causa da forma como o mercado doméstico opera, de acordo com a analista sênior do DairyCo, Patty Clayton. Ela disse que o mercado está atualmente caracterizado por forte demanda e ofertas escassas, com pouca previsão de qualquer mudança imediata devido aos contratos pré-existentes.

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Os mercados globais de lácteos deverão permanecer fortes nos próximos meses, mas os produtores do Reino Unido podem não ver todos os benefícios por causa da forma como o mercado doméstico opera, de acordo com a analista sênior do DairyCo, Patty Clayton. Ela disse que o mercado está atualmente caracterizado por forte demanda e ofertas escassas, com pouca previsão de qualquer mudança imediata.

Clayton disse durante um evento da União Nacional de Produtores Rurais (NFU) em Warwickshire, que o contínuo crescimento na China está direcionando a demanda global, com as importações de produtos lácteos aumentando em 30% no último trimestre de 2012 e em 68% em janeiro. Em 2012, a China importou quase US$ 1,4 bilhão em leite em pó integral.

Ao mesmo tempo, o clima tem afetado a produção em várias partes do mundo nos últimos 12 meses. A produção de leite na União Europeia (UE) caiu em todas as regiões, exceto na Alemanha e na Polônia no ano passado. O Reino Unido teve uma queda de 4% em 2012, com a produção caindo em 7,5% com relação ao ano anterior em janeiro e fevereiro desse ano, à medida que o clima úmido continuou afetando a qualidade da pastagem e a disponibilidade e o custo dos alimentos animais. Uma história similar aconteceu na Irlanda, onde a produção caiu em 4% no período entre abril de 2012 e janeiro de 2013.

Nos Estados Unidos, a seca tem sido um problema, afetando as colheitas, a disponibilidade de alimentos animais e os preços dos mesmos, resultando em uma queda na produção de leite.

Porém, os efeitos mais dramáticos ocorreram no começo desse ano na Austrália, que registrou incêndios e enchentes, e na Nova Zelândia, onde a produção deverá cair em 20% com relação ao ano anterior devido à seca extrema.

A combinação desses eventos, particularmente a escassez nas exportações da Nova Zelândia para a China, levou a um fortalecimento nos mercados atacadistas. Espera-se em curto prazo que haja um estreitamento na diferença entre as linhas de produto, à medida que as pessoas aproveitem os altos preços e desviem produtos a esses mercados.

“Os mercados atacadistas para leites em pó e gordura deverão permanecer firmes no verão, a menos que ocorra uma mudança fundamental na oferta ou na demanda”, disse Clayton.

Com a demanda não devendo mudar, qualquer mudança em médio prazo deverá depender de como a produção se recuperará em várias partes do mundo. Embora deva haver uma modesta recuperação na UE, o mercado mais importante é o dos Estados Unidos, que tem potencial para aumentar substancialmente a produção. No que se refere aos mercados da UE e do Reino Unido, o clima deverá continuar impactando na produção.

“A primavera não chegou, de forma que as ofertas ainda estão lutando e não existe muito leite no Reino Unido. A situação de estoques da UE é desconhecida, mas pode-se considerar que está escassa, à medida que as exportações aumentaram no ano passado devido às taxas de câmbio favoráveis e à demanda fraca na UE”.

Os mercados estão, dessa forma, apoiando maiores preços atacadistas e a demanda por leite em pó, manteiga, creme e cheddar aumentaram nesse ano.

“Essa tendência deverá ocorrer no Reino Unido e estamos vendo alguns pequenos ajustes aos preços atacadistas. Porém, no país, há fatores em nossa cadeia de fornecimento que poderão prejudicar esse efeito. Temos nossos problemas na cadeia de fornecimento, como os contratos varejistas”.

“Então, se fosse um mercado de livre competição e os varejistas estivessem fazendo ofertas pelos produtos que estão com estoques baixos, isso resultaria em preços maiores. Porém, da forma como é nossa cadeia de fornecimento, isso não acontece tão livremente assim. Demora um pouco, porque grande parte de nossos produtos são vendidos por contrato”.

Ela concluiu que o grau dos movimentos de aumento nos preços no Reino Unido será parcialmente determinado pela disponibilidade de importações e taxas de câmbio, mas podem ser “restringidos” pelo balanço de leite em pó na cadeia de fornecimento do Reino Unido.

A reportagem é do http://www.farmersguardian.com, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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alex campos machado
ALEX CAMPOS MACHADO

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 19/04/2013

Obrigado pelas informações, estarei repassando essas informações aos meus clientes produtores de leite. Alex ordenha.



contínuo crescimento na China está direcionando a demanda global, com as importações de produtos lácteos aumentando em 30% no último trimestre de 2012 e em 68% em janeiro. Em 2012, a China importou quase US$ 1,4 bilhão em leite em pó integral.



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