Transportador acusa Confepar de participar do esquema de adulteração de leite cru

Em depoimento ao Ministério Público do Rio Grande do Sul, o transportador Antenor Pedro Signor, que foi preso na quarta (22) durante a segunda fase da Operação Leite Compen$ado, confirmou nesta quinta-feira (23) sua participação no esquema criminoso de adulteração do leite in natura. Ele deu detalhes de como funcionava a fraude e afirmou que em apenas uma oportunidade a Confepar, união de cooperativas no Paraná que recebia o leite adulterado, rejeitou a carga transportada por ele. Em todas as demais o produto com adição de água e ureia foi aceito pela indústria do estado vizinho.


O promotor Mauro Rockenbach, que fez um acordo de delação premiada com Antenor, disse que resolveram propor esse acordo “pela qualidade da informação trazida ao conhecimento do MP. Nosso principal objetivo neste momento é estancar a atuação predatória e criminosa da Confepar no Rio Grande do Sul”.

Segundo Antenor Signor, quando da contratação, o valor do litro de leite teria sido negociado com o Chefe dos Técnicos de Campo da Confepar.

Os Promotores Mauro Rockenbach e Alcindo Bastos informaram que o depoimento já foi encaminhado para a 7ª Promotoria de Justiça de Londrina, local da sede da Confepar, para as providências cabíveis em face de procedimento investigatório já em tramitação naquela localidade.

As informações são do MP do RS, resumidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.