Tendências em lácteos: inovação é a nova coqueluche do momento

Nos Estados Unidos, o consumo de leite continua caindo. Os americanos em média bebem 37% menos leite hoje do que bebiam em 1970, de acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O consumo per capita de leite integral tem sido particularmente afetado com a queda do consumo de 78% desde 1970 (de mais de 1,1 copos por dia para menos de 0,24).

A campanha de marketing Got MIlk? que foi criada em 1993 para aumentar o consumo não freou a queda no consumo de leite. A publicidade não funcionou e consumiu recursos que uma indústria com margens estreitas poderia usar melhor para o financiamento de pesquisa e desenvolvimento, além de inovação. A resposta ao declínio no consumo de leite líquido deve ser baseada na inovação, como observa-se em outros produtos lácteos como queijos e iogurtes.

Os consumidores estão buscando alternativas para obter os nutrientes contidos no leite, especialmente o cálcio. Além disso, o estilo de vida “on the go” (em movimento) dos consumidores vem demandando novas e inovadoras embalagens. O leite e os produtos lácteos precisam estar disponíveis em qualquer lugar, a qualquer hora, igual aos seus principais concorrentes.

Uma visão geral da premiação World Dairy Innovation Award, do ano passado, identificou cinco macrotendências emergentes baseadas nos produtos que entraram na premiação. As oportunidades de inovação que isso oferece aos lácteos ainda são válidas em 2016:

- Ser natural e ter benefícios funcionais para a saúde;
- Controle de peso e prazer sem culpa;
- “Snackfication” (uso como snacks ou lanches) e conveniência;
- Opções “não contém” – menos gordura, sais e calorias;
- Compromisso com qualidade, responsabilidade ambiental e crescimento social.

Aproveitar as macrotendências em mais de uma frente pode ser particularmente interessante – em outras palavras, os produtos tendem a apresentar múltiplos benefícios. Por exemplo, uma proposta de valor consistindo de produtos com rotulagem natural/limpa, produzido por companhias comprometidas com qualidade, meio ambiente e responsabilidade social, que têm benefícios funcionais e ao mesmo tempo forneça prazeres sem culpa. Além disso, prioriza-se uma embalagem sustentável, que forneça controle de porções, bem como, seja de fácil consumo e possa ser apreciada em movimento.

Ainda, para ter um apelo maior junto aos Millennials, os produtos e sabores devem ser divertidos, arrojados e ter uma forte presença nas mídias sociais.

As informações são do FoodBev.com.