Startup cria sistema que estoca leite com pouca eletricidade

Segundo dados da FAO (Food and Agriculture Organization Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), entre 30% e 40% da produção de alimentos não chegam aos mercados. O valor, que representa cerca de 1,3 toneladas, é equivalente a US$ 1 trilhão. Com o crescimento da população, o desperdício se tornou ainda mais preocupante.

Pensando nisso, uma startup do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos) desenvolveu uma tecnologia para facilitar o armazenamento de leite. Com o projeto, comunidades na Índia que possuem falhas na rede de energia elétrica, por exemplo, poderão aumentar o tempo de armazenamento do produto.

Em entrevista ao site da Entrepreneur, Sorin Grama, cofundador e CTO da Promethean Power Systems, afirmou que apesar de algumas vilas possuírem eletricidade, a rede não é 100% confiável. “A energia é necessária ao longo de um dia inteiro para quem produz leite”, afirmou à Entrepeneur.



Grama e seu sócio Sam White afirmam que o projeto da Promethean Power Systems não exige a utilização dos geradores movidos a diesel. Pelo contrário, os fundadores da empresa desenvolveram um produto que esfria o leite até o retorno da energia elétrica.

O aparelho funciona como um refrigerador. “Quando a energia acaba, o gelo continua lá, sem derreter imediatamente. Ele segura por um tempo”, afirma. Mas o empreendedor também diz que sua tecnologia é mais complexa do que uma geladeira comum. “É um sistema industrial.” O produto da empresa aguenta gelar até mil litros de leite por dia, utilizando de quatro a cinco horas de energia. A Promethean já está fechando a instalação de 100 sistemas em áreas rurais da Índia – o que custará US$ 9 mil. “É um projeto para as empresas que não querem desperdiçar alimentos”, afirma Grama. 

As informações são das Pequenas Empresas & Grandes Negócios.