SP: Levantamento mostra que 70% dos consumidores são fieis a marcas no supermercado

O consumidor brasileiro está tentando manter-se fiel às suas marcas preferidas no supermercado, segundo sondagem realizada para o Sincovaga (Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado de S. Paulo) por instituto de pesquisa independente. Ao todo foram consultados 200 consumidores na capital paulista, entre os dias 6 e 8 de julho de 2015.

Perguntados se são fieis a marcas de alimentos e bebidas nos supermercados, 70% dos consumidores disseram que sim, e 78% até pagariam um pouco mais pela sua marca de preferência. Na prática, porém, 35% disseram que abrem mão da marca e acabam comprando o produto mais barato.

Com relação aos produtos de higiene e limpeza, a fidelidade é um pouco maior, assim como a percepção de que marca define qualidade. Do total de entrevistados, 75% afirmaram ser fieis, enquanto 78% aceitariam até pagar um pouco mais pelas suas marcas de preferência. Apenas 30% afirmaram que têm comprado sempre o produto com preço mais baixo.

“O que percebemos é que muitas vezes o discurso não bate com o comportamento do consumidor, que certamente tenta resistir para manter marcas e quantidades, mas que pode ser vencido pela imposição de uma dura realidade, de queda na renda e temor do desemprego”, afirma Alvaro Furtado, presidente do Sincovaga. “Vemos também uma clara tentativa do consumidor em geral em manter a qualidade dos produtos que adquire, principalmente no que se refere a gêneros alimentícios.”

Marcas populares x tradicionais – A sondagem do Sincovaga mostrou que a troca de produtos de marcas tradicionais para populares, quando ocorre, é gradativa. Antes de deixar a marca mais desejada e partir para aquisição de marcas muito populares ou totalmente desconhecidas (a marca é muitas vezes o respaldo e a garantia de qualidade) o consumidor opta por avaliar substitutos mais baratos, porém de marcas também consideradas de primeira linha.

Nesse sentido, 59% dos consumidores afirmaram já ter trocado as marcas tradicionais pelas concorrentes de mesmo nível. Dentre estes, os grupos de produtos mais citados são alimentação básica (arroz, feijão, macarrão, carnes), com 51% das respostas; higiene e limpeza (47%); bebidas (refrigerantes e bebidas alcoólicas), com 26%; frios e laticínios (queijo, iogurte, frios), com 19%.

Nos casos em que o consumidor adquire produtos populares em substituição às marcas tradicionais, ele se mostra mais aberto a novas experiências e mais preocupado com o orçamento que com a satisfação de seus desejos.

Dos 50% que afirmaram já ter trocado produtos por marcas populares, 52% optaram por fazê-lo nos itens de higiene e limpeza; 41% em alimentação básica (arroz, feijão, macarrão, carnes); 31% em molhos e temperos; 28% em bebidas (refrigerantes e bebidas alcoólicas); 25% em frios e laticínios (queijo, iogurte e frios).

Marcas próprias – Os consumidores parecem depositar cada vez mais confiança nos produtos de marca própria dos supermercados. Para 46% dos entrevistados, elas têm preço mais baixo e a mesma qualidade das marcas tradicionais, enquanto para 3% elas são mais baratas e melhores. Já 47% afirmaram que elas são mais baratas, porém possuem qualidade inferior.

“Diante dessa avaliação, o supermercado com bom nome no setor tem enorme vantagem em transmitir ao consumidor que este pode confiar nos produtos que levem sua marca, ainda que esta não seja a líder ou a mais tradicional. Neste momento de crise, parece que as marcas próprias têm enorme espaço para tomar share de mercado, principalmente se respaldadas por empresas que inspiram confiança, sejam elas locais, regionais ou nacionais”, completa o presidente do Sincovaga.

As informações são do portal Maxpress Net.