Sindilat quer limite à reconstituição de leite em pó no Brasil

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) quer que o governo federal permita a reconstituição de leite em pó apenas para aqueles produzidos em território nacional. A reivindicação resultaria em alteração na redação da Instrução Normativa nº 14, de 22/04/2013, do Ministério da Agricultura.

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O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) quer que o governo federal permita a reconstituição de leite em pó apenas para aqueles produzidos em território nacional. A reivindicação resultaria em alteração na redação da Instrução Normativa nº 14, de 22/04/2013, do Ministério da Agricultura. A ação busca sensibilizar integrantes dos ministérios da Agricultura e Relações Exteriores, parlamentares e lideranças de que a medida é uma das alternativas mais eficazes para conter a crise de renda que atinge o setor lácteo nacional.

Na última sexta-feira (14/10), o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, entregou ofício ao chefe de gabinete da senadora Ana Amélia Lemos em que pede freio a reconstituição com base em produto importado. Nele, o Sindilat pontua: “A nossa sugestão é que este leite em pó que poderá ser reconstituído tenha a sua matéria prima originada somente de produtor de leite do Brasil e de estabelecimento industrial localizado em território nacional - ficando expressamente proibida a utilização de leite em pó importado”.

Segundo entende o Sindilat, a reconstituição de leite em pó deve ser uma exclusividade das indústrias localizados em território nacional. Segundo o presidente do Sindilat e do Conseleite, Alexandre Guerra, é preciso urgência em uma ação do governo em apoio ao setor lácteo tendo em vista o crescente índice de importação, principalmente em se tratando de cargas vindas do Uruguai. Atualmente, o ingresso de leite do Prata tem reduzido a lucratividade da atividade e, consequentemente, afastado dezenas de produtores da atividade.

O Brasil importou 153,38 milhões de quilos de produtos lácteos nos primeiros oito meses de 2016, contra 85,55 milhões de quilos no mesmo período do ano anterior (aumento de 79,29%, representando 67,83 milhões de quilos). Já as exportações de lácteos do Brasil para o mercado externo foram bem menores e decrescentes.

Nos primeiros oito meses de 2015 o país exportou 45,19 milhões de quilos e, no mesmo período desse ano, apenas 32,25 milhões de quilos (queda de 28,65%, equivalendo a 12,95 milhões de quilos). As importações de leite em pó integral e desnatado passaram de 56,64 milhões de quilos nos primeiros oito meses de 2015 para 104,83 milhões de quilos nos oito primeiros meses deste ano – aumento de 85,09%.

As informações são do Sindilat.
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José Antonio M. de Araújo
JOSÉ ANTONIO M. DE ARAÚJO

SALVADOR - BAHIA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 19/10/2016

A reconstituição do leite é uma vergonha nacional, simplesmente se confirma com atos administrativos públicos neste caso da Instrução Normativa nº 14, de 22/04/2013, do Ministério da Agricultura.



Os ficais federais são contra esta IN, os produtores são contra, as indústrias brasileiras serias são contras, restando aos fraudadores e importadores apoio a tal absurdo.



Tal medida apenas provocou a eliminação de produtores da atividade, o fechamento de indústrias que não conseguem competir com o "Dumping" autorizado pelo Ministério da Agricultura.



Este pais é uma piada para quem produz, aqui é permitido "Dumping interno e externo",  é permitido o famigerado "leite modificado" que nem leite possui na sua formulação, certamente muitos agentes públicos estão se locupletando com tamanha desorganização do setor produtivo.



Vamos reagir produtor de leite, na Bahia criamos a BAHIALEITE, Associação de Produtores de Leite do Estado da Bahia para fazermos frente a estes e outros tanto de absurdos que verificamos contra quem produz.



O problema do Leite no Brasil não é a produtividade, é a falta de empresas serias que dê segurança a quem produz.
CRAIG BELL
CRAIG BELL

JABORANDI - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/10/2016

Esse medida não resolveria nada enquanto o problema verdadeiro é uma falta de produtividade.   
Qual a sua dúvida hoje?