“Para fechar um balanço, ou aumentam-se as receitas ou cortam-se os gastos, isto é óbvio para qualquer negócio. Quero chamar atenção para a área cujo produtor brasileiro compete de maneira desigual – e que é um "ralo" de dinheiro: a saúde da vaca. Uma vaca com a saúde ruim irá produzir menos – e isso também parece uma obviedade, mas às vezes passa despercebido. A média de vida de uma vaca no rebanho leiteiro de 2,1 lactações - como é comum em muitas propriedades - é inaceitável. Devemos nos perguntar porque este animal está sendo descartado (morre, é vendido etc) tão cedo.
E a resposta passa via de regra pelo tema saúde (baixa fertilidade também é saúde). Na maioria dos encontros de produtores são discutidos apenas dois grandes temas, nos quais os produtores são bombardeados tanto por técnicos quanto por empresas: nutrição e genética.
Muitos dos nossos competidores internacionais encontram-se livres de várias doenças infecciosas – que não são somente as óbvias, como a tuberculose, febre aftosa e brucelose - mas outras com impacto sobre a saúde animal como leucose, herpes vírus bovino, raiva, doença da língua azul, entre outras.
Como vamos querer que uma vaca de leite forneça tudo o que seu potencial genético permite e a alimentação balanceada oferece se ela está cronicamente infectada por uma doença viral (leucose), uma doença bacteriana (anaplasmose) ou uma doença por protozoário (babesiose)? Será que o atleta Usain Bolt ganharia a medalha olímpica nesta condição? Não! Mas, é isto que exigimos das vacas todo dia!
Existe um dever compartilhado para avançarmos na questão da saúde de nossos bovinos em especial. Conseguindo isso, propriedade por propriedade, fecharemos um dos ralos de dinheiro da propriedade e aumentaremos o lucro do produtor”.
Produtor, quais são os principais problemas sanitários que acometem o seu rebanho hoje? Qual é a porcentagem dos gastos com a saúde do rebanho nos seus custos de produção? Participe enviando um comentário no box abaixo:
