Os produtores rurais catarinenses têm muitas queixas em relação ao suprimento de energia elétrica nas vastas regiões agrícolas, de acordo com o presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), Marcos Antonio Zordan.
Uma questão é de natureza tributária. Os produtores e empresários rurais reivindicam a utilização do ICMS que eles pagam nas faturas de energia elétrica consumida nos estabelecimentos rurais, como crédito para compra de insumos. Essa possibilidade foi criada em vários Estados, como o Paraná, contribuindo, assim, para a redução de custos na produção de alimentos, como grãos, leite, carne (aves, suínos e bovinos), ovos, frutas e hortigranjeiros.
Por outro lado, Zordan reclama que a má qualidade da energia elétrica na zona rural e o preço cobrado pelo consumo encarecem a produção, especialmente em relação a energia utilizada em armazenagem de grãos, resfriamento de leite e criatórios automatizados para aves e suínos.
As frequentes oscilações de tensão e as quedas no fornecimento têm causado sérios prejuízos para os criadores de aves. Essa situação causa perda de equipamentos e mortandade de plantéis. Muitos desses casos resultaram em ações indenizatórias que tramitam na Justiça.
Por outro lado, resolução da ANEEL limitou em 30% o desconto para as cooperativas na compra de energia, e o preço tende a aumentar, acarretando a diminuição da capacidade de investimento e da qualidade da prestação do serviço dessas empresas cooperativistas.
Em face desses problemas, Marcos Zordan defende uma política de abastecimento de energia elétrica para as áreas agrícolas orientada para baixar custos, viabilizar as atividades agrícolas e pecuárias, manter as famílias rurais no campo e aumentar a produção e a produtividade.
As informações são da MB Comunicação Empresarial/Organizacional.
