Rússia remove embargo a alguns produtos lácteos da Nova Zelândia

A Rússia removeu o embargo a alguns produtos lácteos importados da Nova Zelândia, reduzindo as restrições impostas em 2013 à medida que o país enfrenta uma escassez de lácteos devido ao seu atual embargo a produtos lácteos dos países europeus.

O Ministério da Agricultura da Nova Zelândia confirmou na quarta-feira que a Rússia removeu o embargo a alguns produtos lácteos, que foram proibidos após a Fonterra ter informado que encontrou a toxina causadora do botulismo em alguns de seus produtos há dois anos – embora essa informação tenha se mostrado falsa depois de feitos todos os testes.

“Podemos confirmar que as restrições temporárias foram retiradas em 29 plantas de lácteos da Nova Zelândia para alguns produtos, como gordura anidra do leite, soro do leite e concentrados de soro do leite”, disse o Ministério de Indústrias Primárias da Nova Zelândia.

“Estamos continuando os trabalhos com as autoridades russas para remover as restrições temporárias nos produtos restantes produzidos por essas 29 plantas”.

A remoção do embargo veio após a Rússia, em junho, ter estendido seu embargo a alimentos importados de países ocidentais por mais um ano em retaliação à extensão das sanções europeias contra Moscou por causa da Ucrânia.

“Esse é claramente um passo na direção certa”, disse o ministro do Comércio, Tim Groser, dizendo que o embargo inicial incluía aproximadamente 60 plantas. “O que queremos agora é ter uma discussão construtiva, com as autoridades russas apropriadas, para remover o restante das restrições às plantas e a diferentes produtos”.

As exportações de lácteos da Nova Zelândia para a Rússia caíram desde que o embargo foi imposto, representando 0,6% das exportações totais em 2014, 0,9% a menos que em 2012, de acordo com dados comerciais oficiais do país.

A Rússia continua comprando manteiga neozelandesa, que foi excluída do embargo. O país era um dos maiores importadores do mundo de manteiga antes do embargo aos produtos lácteos europeus no ano passado.

A reportagem é da Reuters, traduzida pela Equipe MilkPoint.