RS: Os produtores que a crise levou

A mobilização de entidades do setor na busca por uma solução para a crise do leite gaúcho tem relação direta com o tamanho do problema. Desestimulados por atrasos no pagamento, não recolhimento e queda no preço do alimento, muitos produtores estão desistindo da atividade. Projeção apresentada pelo Instituto Gaúcho do Leite aponta que dentro de quatro a cinco anos entre 20 mil e 30 mil famílias se verão obrigadas a abandonar a produção.[...]

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A mobilização de entidades do setor na busca por uma solução para a crise do leite gaúcho tem relação direta com o tamanho do problema. Desestimulados por atrasos no pagamento, não recolhimento e queda no preço do alimento, muitos produtores estão desistindo da atividade. Projeção apresentada pelo Instituto Gaúcho do Leite aponta que dentro de quatro a cinco anos entre 20 mil e 30 mil famílias se verão obrigadas a abandonar a produção.

Atualmente, existem 134 mil produtores de leite no Estado, a maior parte familiares, espalhados em 453 municípios. Cerca de 10 mil estariam com problemas financeiros causados por falta de pagamento e não recolhimento do produto.

"A crise é gravíssima. Atinge produtores, indústria e começa a bater nos cofres do Estado" afirma Carlos Joel da Silva, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS).

Nesta quinta-feira, 12, a entidade realizou audiência pública em Ijuí para debater ações que ajudem a estancar o problema.

Entre as propostas, medidas já apresentadas nesta semana em Brasília, como agilidade na habilitação para a exportação à Rússia de unidades gaúchas e criação de linha de crédito emergencial para os que têm pagamentos por receber.

Foram acrescentadas sugestões como a de que as indústrias busquem produtores atualmente sem opção de entrega – após o fechamento de empresas –, e para que o governo atrele a concessão de incentivos fiscais à manutenção de pequenos produtores, entre outras.

Cada laticínio que para de funcionar é um motivo extra de preocupação. Com ação na Justiça para buscar pagamentos da Promilk, empresa em recuperação judicial, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf-Sul) se mostra apreensiva com as perspectivas atuais.

A empresa apresentou um plano de recuperação – que precisa ser avaliado em assembleia a ser convocada pela Justiça. Conforme Cleonice Back, coordenadora da entidade no Estado, mais de 90% dos credores são produtores.

"Alguns migraram para empresas que depois também fecharam as portas. Tem agricultor de fato jogando leite fora" lamenta Cleonice.

A matéria é do Jornal Zero Hora.
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Eder Joao Garcia
EDER JOAO GARCIA

SERTÃOZINHO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/02/2015

COMO SEMPRE O SETOR E UM BARCO A DERIVA....SOCORRO
Néude
NÉUDE

ITUMBIARA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/02/2015

Não tem balde cheio, não tem programa que de jeito em uma atividade abandonada pelo poder publico, quanto mais se produz leite maior será o prejuízo... Hoje fiz uma conta que se o cidadão tirar 300 Litros de leite, ele ganha mais do que quem tira 500 Litros....



Estou incluindo vários custos como depreciação e a obtençao de trator, ensiladeira, mais funcionários, ordenha melhor, IATF, sanidade, etc., ou seja, é prejuízo na certa.

Inocente de quem pensa que vai ganhar dinheiro com leite, o máximo que pode conseguir é uma dor de cabeça de segunda a segunda, sem feriados, dias santos.
Edivar Martini
EDIVAR MARTINI

FRANCISCO BELTRÃO - PARANÁ - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 16/02/2015

Quando voce ve um Presidente ou Presidenta ,diretores e presidentes de Cooperativas que dizem eu não sabiam de nada (após trambique) o caos esta próximo.Enquanto o pimeiro a falar não seja o produtor e que consiga pagar suas contas com o que recebe o resto é senvergnonhice de todo o lado.Como ex-produtor e BOM lastimo profundamente pelos que precisam e precisariam desta loucura de produzir leite pra safados e mal comandados. Parei.
darlani  porcaro
DARLANI PORCARO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/02/2015

O produtor de leite está sendo pisoteado, roubado e tudo o mais,   em todo o Brasil é uma vergonha. Devido não termos proteção alguma e sermos o mais fraco da cadeia  leiteira, pois,  quem bota prêço em nossos produtos  são os laticínios e eles , estão sempre reclamando  que as vendas estão fracas , e os grandes mercados botam o prêços lá em cima, então emperra as vendas, e quem leva tinta, somos nós, leite à 0,70 centavos, e a gasolina quase 4,00 reais, como se nós não tivéssemos contas à pagar, vergonhoso!








Eliseu Nardino
ELISEU NARDINO

MARIPÁ - PARANÁ

EM 13/02/2015

Aqui também não é muito diferente, empresas que fecham são vendidas a outras empresas, ficam devendo e simplesmente desaparecem, ai a empresa que assumiu simplesmente não sabe de nada, é só aqui no Brasil mesmo
Qual a sua dúvida hoje?