RS: Famurs e IGL pedem compra imediata de leite em pó pelo governo federal

Para enfrentar a crise do leite, a Famurs e o Instituto Gaúcho do Leite (IGL) tomaram duas medidas emergenciais nesta terça­feira (13/01). A primeira, de médio prazo, é buscar novos mercados no exterior para a produção local. A segunda, de curto prazo, é a compra imediata de leite em pó para reduzir os estoques no Estado [...]

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Para enfrentar a crise do leite, a Famurs e o Instituto Gaúcho do Leite (IGL) tomaram duas medidas emergenciais nesta terça­-feira (13/01). A primeira, de médio prazo, é buscar novos mercados no exterior para a produção local. A segunda, de curto prazo, é a compra imediata de leite em pó para reduzir os estoques no Estado.

Considerada estratégica e urgente, a aquisição de 4 mil toneladas de leite em pó das indústrias do Rio Grande do Sul foi solicitada ao Ministério do Desenvolvimento Social. O objetivo é praticamente zerar os estoques que estão impedindo a compra de leite dos produtores gaúchos. As entidades sugerem que o leite em pó adquirido pelo governo seja doado para merenda escolar, programas sociais e pacientes de hospitais públicos de 497 municípios do Estado. “Esta medida, por si só, pode amenizar a crise”, afirma o presidente da Famurs e prefeito de Tapejara, Seger Menegaz.

A conquista de novos mercados, especialmente a Rússia, surge como alternativa para combater o excesso de produção, que hoje alcança 11 milhões de litros de leite por dia no RS, ante um consumo de aproximadamente 4 milhões de litros. Os outros 7 milhões de litros são comercializados para o centro do país, que está comprando menos leite gaúcho desde que foram divulgadas fraudes na Operação Leite Compensado. “Infelizmente perdemos mercado, mesmo sabendo que o leite gaúcho é o mais fiscalizado do país, 99,5% da nossa produção é de excelente qualidade”, observa Menegaz.

A Rússia tem potencial para importar até 30 mil toneladas de leite em pó do RS. “O primeiro passo é credenciar as nossas empresas para exportarem para a Rússia”, informa o coordenador da Área de Agricultura da Famurs, Mário Ribas do Nascimento. Ele conta com a queda das barreiras sanitárias pelos russos, que estão procurando mercados alternativos aos Estados Unidos e à Europa.

As duas ações tomadas nesta terça­-feira pela Famurs e pelo IGL visam combater a crise vivida pela cadeia leiteira gaúcha. Em 90 dias, o preço do litro de leite pago ao produtor caiu cerca de 30% (de R$ 1,10 o litro para R$0,78/l), segundo o diretor­executivo do IGL, Ardêmio Heineck. “Tem produtores desistindo da atividade e muitos estão jogando leite fora”, alerta o dirigente. Segundo ele, 134 mil famílias estão envolvidas diariamente com a produção de leite no Estado.

O artigo é da FAMURS.

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Nelson Jesus Saboia Ribas
NELSON JESUS SABOIA RIBAS

GUARACI - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/01/2015

Tem leite demais e qualidade discutível. A industria não se preocupa em apertar seus fornecedores conforme previsto na IN 62 do MAP, pois parece que para eles quanto mais leite melhor, podem escolher os fornecedores e ainda pagar menos.

Este problema de oferta x procura é antigo, e o mercado é soberano, vamos ver o que acontecera até o final de 2015, estamos no "ZIG", vamos ver quantos de nós sobraremos para ver o "ZAG".

Aqui no PR a antiga LBR em Lbato PR, LIDER Alimentos, pagou R$0,77 o litro do leite fornecido em Dezembro, esta perdendo mais de 80% dos seus produtores,  mas não se importa, provavelmente tem oferta a baixo preço de leite spot do RS
Dilson Alberto Correa
DILSON ALBERTO CORREA

AJURICABA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/01/2015

Muito oportuna a iniciativa da famurs e do IGL, pois nós produtores de leite estamos prestes a enfrentar uma grande crise no setor que certamente trará graves consequências para o setor, principalmente o fechamento de muitos tambos.Infelizmente temos que absorver essa queda dos preços, aliada a baixa produção em função do calor, mais a brusca alta dos medicamentos, das rações e dos insumos para compor a silagem e as pastagens. Outra cobrança que as entidades deveriam fazer seria cobrar das  indústrias de leite e porque não das secretarias estaduais de agricultura  e do Ministério da Agricultura, para que se fizessem campanhas publicitárias para limpar o nome e a imagem manchada do leite, alias gostaria da manifestação dos nossos sindicatos a qual pagamos nossas contribuições a respeito do assunto.
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