RS: entidades exigem cotas de importação ao leite em pó do Uruguai

As principais entidades representativas da cadeia láctea do Brasil lançam, na quinta-feira (30/07) um manifesto com reivindicações consideradas estratégicas a fim de manter o mercado equilibrado nos próximos dois anos. Os alvos das reivindicações são os governos federal e estadual. Para a União, os pedidos envolvem abrir imediatamente negociações para restringir a importação de lácteos oriundos do Mercosul, principalmente do Uruguai, por, no mínimo, dois anos; rever o acordo de livre comércio com o Mercosul; agilizar a habilitação de plantas industriais de laticínios para exportação a grandes mercados compradores, como o da Rússia; e que sejam realizadas compras governamentais de leite em pó continuadamente.[...]

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As principais entidades representativas da cadeia láctea do Brasil lançam, na quinta-feira (30/07) um manifesto com reivindicações consideradas estratégicas a fim de manter o mercado equilibrado nos próximos dois anos. Os alvos das reivindicações são os governos federal e estadual. O documento foi produzido durante o Congresso Internacional do Leite. Para a União, os pedidos envolvem abrir imediatamente negociações para restringir a importação de lácteos oriundos do Mercosul, principalmente do Uruguai, por, no mínimo, dois anos; rever o acordo de livre comércio com o Mercosul; agilizar a habilitação de plantas industriais de laticínios para exportação a grandes mercados compradores, como o da Rússia; e que sejam realizadas compras governamentais de leite em pó continuadamente. O documento é considerado histórico, pois coloca, pela primeira vez do mesmo lado da trincheira, todos os elos da cadeia.

Pressentindo aumentos de impostos, os signatários do manifesto pedem ao governo estadual a manutenção dos atuais níveis dos créditos presumidos e de alíquotas de ICMS do setor lácteo. A reunião que moldou as demandas do manifesto ao poder público foi realizada na quarta-feira (29/07) à noite.

No que tange o mercado interno, preocupa as entidades o aumento de importação de lácteos do Uruguai, que neste primeiro semestre foi 199% maior que a média de igual período de 2011 a 2014. Além disso, chama a atenção a fragilidade do setor exportador e a dificuldade de acesso a mercados mundiais. O manifesto ainda elenca a conjuntura de recuo dos preços do leite em pó no mercado externo e o efeito de ampliar as importações no segundo semestre. Há temor de que o preço do leite que entrar por litro seja inferior ao do praticado no país, o que levaria à necessidade de o governo federal efetuar compras substanciais do produto.

Os dirigentes também estão atentos ao início da safra na Região Sul, especialmente no Rio Grande do Sul, época em que notadamente aumenta a oferta de leite e cai o consumo. O efeito é de redução das margens das indústrias e, por tabela, de preços pagos aos produtores.

As informações são da Pagina Rural e Assessoria de Imprensa do evento.
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jorge antonio loebens
JORGE ANTONIO LOEBENS

VERA CRUZ - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 03/08/2015

Além do exposto, é preciso também fazer o tema de casa. Como pode a caixinha de leite chegar ao consumidor   algo em torno de R$ 2,30 enquanto do produtor recebe menos de R$ 1,00?
Roberto Jank Jr.
ROBERTO JANK JR.

DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 31/07/2015

Plenamente de acordo. Como é possível um país com preço médio de U$ 0,32/ litro (ou mais de R$ 1,00) vender leite em pó aqui dentro a R$ 7,00 por kg?

De três, uma: mágica, triangulação ou dumping.
Qual a sua dúvida hoje?