RS: descumprimento de contratos preocupa agroindústrias

As cadeias produtivas de aves, suínos e pecuária de corte e leite enviaram uma nota conjunta ao governador José Ivo Sartori e aos parlamentares gaúchos estaduais e federais para que façam cumprir as liminares de desbloqueio de rodovias emitidas pela Justiça Federal e pela Procuradoria-Geral do Estado.

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As cadeias produtivas de aves, suínos e pecuária de corte e leite enviaram uma nota conjunta ao governador José Ivo Sartori e aos parlamentares gaúchos estaduais e federais para que façam cumprir as liminares de desbloqueio de rodovias emitidas pela Justiça Federal e pela Procuradoria-Geral do Estado. No texto, os presidentes da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (Sips-RS), do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados (Sicadergs) e do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat-RS) destacaram que os quatro setores estão seriamente comprometidos com estes bloqueios e que, ainda nesta semana, teriam dificuldades em cumprir compromissos como o pagamento de fornecedores, tributos e até salários.

O presidente do Sindilat-RS, Alexandre Guerra, afirma que o setor está sofrendo com a falta de insumos. A quebra na coleta de leite nas propriedades dura cerca de uma semana e compromete mais de 5 milhões de litros, sendo que a indústria gaúcha costuma processar 13 milhões de litros diários. As fábricas também estão carentes de embalagens, lenha para as caldeiras e produtos de limpeza, entre outros itens. Guerra acrescenta que a expedição de produtos acabados está bloqueada, ocasionando o descumprimento de contratos com o mercado externo e interno.

Conforme o diretor executivo Sips-RS, Rogério Kerber, atualmente, o principal problema é o esgotamento do espaço para estocagem. Há empresas com câmaras lotadas, uma vez que a distribuição para os pontos de venda e para exportação estão comprometidas; outras utilizam caminhões e contêineres refrigerados nos pátios dos frigoríficos para guardar os produtos. Além disso, estão completamente parados os abates em duas plantas da BRF, duas da Aurora e três da JBS. "O cenário gera descumprimento de contratos de vendas e de logística em portos, o que gera dificuldades financeiras", completa Kerber.

No campo, de acordo com o presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador, cargas de ração chegaram às propriedades que se encontravam em situação mais crítica ainda no fim de semana. Segundo relatos de produtores, alguns animais ficaram sem alimentação por 30 horas, mas não foram registrados casos de mortalidade. "Durante o dia de hoje, estaremos socorrendo os casos mais graves. A expectativa é de que se a greve amenizar ou cessar, até o início da próxima semana a distribuição deve ser normalizada", projeta Folador.

A reportagem é do Jornal do Comércio/RS.
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