Governo do RS anuncia compra de leite para aliviar o excesso de oferta no setor

Medida do governo gaúcho é vista como o início de uma reação à crise de oferta, enquanto o setor aguarda ações federais para conter importações e fortalecer o mercado interno.

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O governo do Rio Grande do Sul anunciou a compra de 2,2 mil toneladas de leite em pó, com investimento de R$ 86,5 milhões do Fundo do Plano Rio Grande. A medida visa aliviar a crise de excesso de oferta no setor, beneficiando cooperativas locais e famílias em vulnerabilidade social. O setor espera que outros estados adotem medidas similares e que o Governo Federal anuncie ações para reduzir a importação de leite. A documentação para cooperativas deve ser enviada até 10 de dezembro.

Anunciada nesta quarta-feira (19/11), a compra pelo governo gaúcho de 2,2 mil toneladas de leite em pó foi recebida pelo setor produtivo como o primeiro passo para aliviar a crise de excesso de oferta estabelecida.

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É um movimento importante e esperado desde o final de 2024. Esta aquisição foi prometida ainda para amenizar os efeitos da enchente, mas chega em boa hora. Que essa seja a primeira iniciativa de outras tantas que são necessárias. Esperamos que os outros estados repliquem este modelo e ajudem a escoar a produção”, destaca o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. A expectativa é de que, na próxima semana, o Governo Federal anuncie medidas para amenizar a importação de leite. O setor produtivo reivindica a suspensão das licenças automáticas de importação, pede compras da União e uma política de incentivo às indústrias alimentícias que comprem leite em pó e queijo muçarela de empresas brasileiras.

A aquisição do governo gaúcho foi oficializada via chamada pública de número 0004/2025 publicada no DOE. No documento, o Executivo informa a reserva de R$ 86.5 milhões para a compra, oriundos do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs). O aporte limita-se à compra de produto de cooperativas produzido em solo gaúcho. Instituições interessadas devem encaminhar documentação até o dia 10 de dezembro. A compra será distribuída para famílias em situação de vulnerabilidade social e nutricional, entre dezembro de 2025 e maio de 2026. “Entendemos que há uma diferenciação entre cooperativas e indústrias nessa decisão, mas, de certa forma, ela beneficia a todos na medida em que escoa parte do produto excedente do mercado, hoje atingido pelas cargas vindas do Uruguai e Argentina”, completou Palharini.

Diretamente da Europa, onde cumpre agenda na COP11, o secretário de Desenvolvimento Rural (SDR), Vilson Luiz Covatti, acredita que a medida mostra a sensibilidade do governo com a situação do setor. “Estamos tomando essa atitude, juntamente com o governador Eduardo Leite, para fazermos a nossa parte frente à crise”, enfatizou.

As informações são do Sindilat.

 

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