RS: agricultores e entidades unem forças em manifesto pela cadeia do leite

A crise na cadeia produtiva do leite motivou mais de 2 mil pessoas a participar de manifesto na terça-feira (10/03), nas ruas de Santa Rosa, com o lema estampado na faixa principal: “Leite gaúcho é de qualidade, beba com tranquilidade”. Nos 45 municípios de abrangência da Emater/RS-Ascar, na região administrativa de Santa Rosa, são produzidos em torno de 1 milhão e 700 mil litros de leite/dia, chegando a movimentar R$ 43,8 milhões por mês.

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A crise na cadeia produtiva do leite motivou mais de 2 mil pessoas a participar de manifesto na terça-feira (10), nas ruas de Santa Rosa, com o lema estampado na faixa principal: “Leite gaúcho é de qualidade, beba com tranquilidade”. Nos 45 municípios de abrangência da Emater/RS-Ascar, na região administrativa de Santa Rosa, são produzidos em torno de 1 milhão e 700 mil litros de leite/dia, chegando a movimentar R$ 43,8 milhões por mês.

No manifesto estiveram agricultores de mais de 60 municípios da região, convocados pela Fetag, com apoio de Sindicatos de Trabalhadores Rurais, Administrações Municipais, cooperativas e Emater/RS-Ascar, entre outras entidades representativas. Ao longo do trajeto foram entregues documentos com a pauta reivindicatória a representantes do Poder Executivo e Legislativo, bem como na Previdência Social, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banrisul.

“Os últimos meses foram de muita turbulência, com centenas de famílias sem receber por um trabalho digno, em função de calotes na área do leite”, comentou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santa Rosa, Nelson Della Vali. Entre as reivindicações, estão agilidade na habilitação de plantas industriais de leite em pó para exportação, para equilibrar a oferta interna de leite; realização de uma campanha massiva na mídia sobre a importância do consumo e da qualidade do leite produzido no Estado, em contraponto à exploração midiática depreciativa; formalização, via contrato, da relação comercial entre produtores e indústrias, bem como de um cadastro das empresas e transportadores junto às prefeituras como forma de trazer maior proteção aos produtores de leite; concessão de bônus de adimplência no custeio pecuário; constituição, junto ao Consuleite, de critérios para pagamento por qualidade, ajustada às exigências das normativas da IN 62, entre outras.

Segundo levantamento realizado pela Emater/RS-Ascar, os produtores maiores tiveram, em média, uma redução de 15% na produção, e os agricultores familiares, de 30% nos preços pagos. Outro fator que tem preocupado é a ameaça de exclusão de produtores com menos de 100 litros de leite/dia, no entanto, a Instrução Normativa 62 seguida por estes produtores trata da qualidade e não estabelece a quantidade produzida. “O problema deixou de ser apenas do produtor e passou a ser um problema social”, destacou Pedrinho Signori, coordenador regional da Fetag/RS.

O coordenador do Corede Fronteira Noroeste, Pedro Buttenbender, destacou que o momento é de união de esforços pela cadeia leiteira, sendo que “juntaram-se à mesa de debates, autoridades que historicamente estiveram de lados diferentes, mas reconhecem a importância do setor para toda a economia do Estado”.

Para o gerente regional da Emater/RS-Ascar, Luiz Nelmo de Menezes Vargas, que no evento esteve acompanhado também do gerente regional adjunto José Vanderlei Waschburger, é importante ter a clareza de que agricultura fracassada é sinônimo de Estado fracassado, “portanto, não devemos deixar chegar a esse ponto, e se faz importante unir forças. Os agricultores podem contar com o apoio da Emater nas diferentes pautas”. Estiveram presentes ainda, extensionistas da Emater/RS-Ascar de diferentes pontos da região, como forma de manifestar o apoio da Instituição às famílias rurais.

A pauta de reivindicações contempla também questões como a busca de subvenção de 50% nos tributos federais e estaduais no óleo diesel para a agricultura familiar, automação dos sistemas de carregamento de leite para dar mais transparência na relação produtor, transportador e indústria; suspensão temporária das importações de 90 a 120 dias até equilibrar a oferta interna de leite no país e agilidade do governo federal na compra de leite em pó do RS, bem como manutenção de aquisições contínuas como forma de escoar o produto gaúcho, evitando uma superoferta local.

As informações são da Assessoria de Imprensa da Emater.
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