Registro pode valorizar o animal em até 30%

O Paraná é uma das mais importantes bacias leiteiras do país e no último trimestre revelou a maior captação de produto da região Sul, foram 629.608 mil litros. Mas se depender da Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (APCBRH), os índices estaduais tendem a melhorar ainda mais nos próximos anos. A entidade, que completa 60 anos em 2013, neste ano pretende ampliar o seu quadro de associados e, consequentemente o número de animais registrados. Conforme o médico veterinário da APCBRH, Eduardo Presendo, o objetivo é estimular os produtores a registrarem mais seus rebanhos e, a partir de um controle maior da qualidade deles, possibilitar o crescimento da produção.

Presendo explica que todo criador de raça holandesa ou gado mestiço pode registrar seus animais, que antes disso são inspecionados por um técnico da APCBRH para verificar os critérios de padrão da raça. Ele destaca que o registro possibilita um controle da qualidade, especialmente da genética, sendo requisito para evoluir um animal para Puro de Origem (PO). Além disso, abre a possibilidade da participação em exposições rankiadas e ainda agrega valor no bovino em até 30%.

E as vantagens não param por aí. Segundo Eduardo Presendo, o registro colabora para o fomento da melhoria genética dos plantéis e, consequentemente de produtividade, aumentando os ganhos econômicos. Ele menciona que atualmente, no Paraná, a produção média dos animais registrados é de 27 quilos de leite por dia. “Todos os pecuaristas que tenham animais no padrão podem e devem registrar, desde o pequeno produtor até o grande”, ressalta.

Qualidade

O veterinário cita, ainda, a importância do controle leiteiro de qualidade dos animais registrados também é um importante meio de investimento estratégico no rebanho. “É possível, com o rastreamento de qualidade, verificar qual o animal de maior produção e, portanto, merece mais investimentos, bem como aquele que apresenta menor retorno”, expõe. Esse controle é feito por meio de técnicos capacitados e credenciados pela Associação Paranaense. As análises, garante, são reconhecidas em todo o país, tendo em vista que o laboratório da APCBRH é referência no Brasil.

E se não bastasse todas essas vantagens, Eduardo Presendo lembra que o animal registrado não paga imposto quando da comercialização com outros Estados. “As vantagens são várias, mas principalmente melhorar a qualidade do plantel e, com isso, os resultados da propriedade, seja em sanidade, quanto produtividade e lucros. O Paraná já tem um rebanho de alta qualidade e queremos não só melhorar esse aspecto como também influenciar os resultados do Estado em produção”, conclui.

Reportagem sobre os benefícios do registro do bovino de leite você lê na próxima edição de O Presente Rural Saúde & Nutrição. O produtor também pode obter mais informações participando do encontro promovido pela Associação Leite Oeste, amanhã, que terá a participação do médico veterinário da APCBRH, Eduardo Presendo. Ele fina nesta semana na região de Marechal Cândido Rondon, quando também fará visitas a propriedades.

As informações são do O Presente Rural, adaptadas pela Equipe MilkPoint.