Recentes legislações protecionistas podem prejudicar indústrias de leite

De acordo com uma nova pesquisa da Canadean, as indústrias de leite centradas nas exportações estão enfrentando desafios pelo aumento da legislação e cotas de países vizinhos, visando proteger suas próprias indústrias das [...]

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De acordo com uma nova pesquisa da Canadean, as indústrias de leite centradas nas exportações estão enfrentando desafios pelo aumento da legislação e cotas de países vizinhos, visando proteger suas próprias indústrias das importações. Esse é o caso de países como Bielorrússia com restrições propostas de países vizinhos como Ucrânia e Rússia. Se situações como essa continuarem, grandes empresas de lácteos voltadas às exportações seriam impactadas negativamente, enquanto produtores locais poderiam ser reforçados.

O analista da Canadean, Michael Wiggins, disse que “quando o Governo da Bielorrússia quiser expandir o segmento de exportações de seu mercado de lácteos em 60%, competirá diretamente com seus países vizinhos, o que já levou a restrições temporárias. Mais recentemente pela Lituânia, em uma tentativa de garantir que seus próprios produtores locais não fossem marginalizados”.

É interessante notar que a Lituânia foi alvo de padrões mais altos do leite da Rússia no ano passado, afetando seu mercado de exportação. A situação surgiu quando oficiais da Rússia anunciaram que parariam as importações da Lituânia imediatamente devido aos controles mais fracos da qualidade.

Acredita-se que o nível de qualidade e padrões de segurança são mais facilmente garantidos em produtos lácteos produzidos localmente quando comparado com produtos importados. Entretanto, em casos raros, os países importam produtos para resolver problemas de controle de qualidade. O exemplo notável é a China, que começou a aumentar a importação de produtos lácteos neozelandezes devido à crise interna por causa da contaminação do leite com melamina em 2008. Essa crise também levou a uma situação diplomática entre China e Taiwan.

A dependência de produtos estrangeiros vem com um risco inerente e em 2014 a China foi afetada pelo medo de contaminação com a bactéria botulínica, quando a Fonterra recolheu seus produtos como medida de precaução devido à potencial contaminação. “Com a China ensaiando representar 5% do mercado global de leite até o final da década, essas preocupações e problemas deverão custar bastante dinheiro. Se a qualidade e a reputação não puderem ser retomadas pelos produtores domésticos, esse mercado de grande potencial colocará dinheiro nos bolsos de nações concorrentes”, disse Wiggins.

Em uma escala global, essas cotas e receios atualmente somente servem para influenciar o mercado em direções gerais. Entretanto, à medida que os países como a China se tornam cada vez mais importantes para a saúde geral do mercado global, a Canadean espera que os preços sejam influenciados, não somente pelos produtores e lojas, mas também por políticos.

Os dados são da Canadean (www.canadean.com), traduzidos e adaptados pela Equipe MilkPoint Brasil.
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