Receita da Danone no 3º trimestre avança 4,2%, para 5,6 bilhões de euros

A Danone, uma das maiores fabricantes de iogurte do mundo, teve aumento de 4,6% nas vendas do terceiro trimestre, para € 5,6 bilhões (US$ 6,35 bilhões), excluindo-se o impacto cambial e venda de operações. Nota-se aceleração nas vendas feitas na Europa e nos Estados Unidos e desaceleração na região que abrange o Brasil.

Na região que engloba Ásia-Pacífico, América Latina, Oriente Médio e África, e onde o Brasil está incluído, a expansão das vendas da Danone perdeu ritmo, passando de 9,4% no segundo trimestre para 4,7% de julho a setembro deste ano. Sobre este mercado, a Danone informou que o crescimento nas vendas de produtos refrigerados continua, apesar da volatilidade em alguns países emergentes. "Um sólido desempenho no México reduziu a tendência menos favorável no Brasil, onde a economia tem deprimido o consumo".

As vendas na Europa cresceram 5,1% - no segundo trimestre, o aumento havia sido de 1,8% e as vendas de produtos que precisam de geladeira estavam declinando. Neste terceiro trimestre, a tendência mudou. Nos Estados Unidos e Canadá, ocorre o mesmo, com as vendas crescendo 0,4% no segundo trimestre e 3,2% no terceiro.

A divisão de nutrição para bebês mostrou a melhor performance dentre as quatro da Danone, com aumento nas vendas de 10,9%. Boa parte dessa expansão deveu-se à estratégia de exportar produtos premium fabricados na Europa (em especial Aptamil e Nutrilon) à China. Após o escândalo de leite contaminado, em 2008, ter abalado a confiança do consumidor chinês, o governo caçou a licença de fabricação de 51 empresas no ano passado.

Na divisão de nutrição médica, a Danone teve expansão de dois dígitos no Brasil, na China e na Turquia. O crescimento global foi de 6,9% no terceiro trimestre. As vendas de água - a Danone é dona da marca Evian - aumentaram 6,8%. As de produtos lácteos refrigerados, o maior negócio da Danone, cresceu apenas 0,6%. A companhia prevê preços mais salgados nos próximos meses para insumos como leite e embalagens.

As informações são do Valor Econômico.