Rebanho leiteiro da Inglaterra se expande pela primeira vez desde o ano 2000

O rebanho leiteiro da Inglaterra expandiu-se pela primeira vez nesse século, impulsionado por maiores retornos e remoção iminente de cotas de produção - apesar do crescimento vir à medida que aumentam os cortes nos preços do leite. O rebanho bovino total do Reino Unido cresceu em 0,2%, para 5,37 milhões de cabeças no ano até o início junho, o primeiro aumento em quatro anos, mostraram dados do [...]

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O rebanho leiteiro da Inglaterra expandiu-se pela primeira vez nesse século, impulsionado por maiores retornos e remoção iminente de cotas de produção – apesar do crescimento vir à medida que aumentam os cortes nos preços do leite.

O rebanho bovino total do Reino Unido cresceu em 0,2%, para 5,37 milhões de cabeças no ano até o início junho, o primeiro aumento em quatro anos, mostraram dados do Ministério de Agricultura do Departamento de Meio-Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais (Defra) do Reino Unido. O aumento foi impulsionado pela expansão nos números de vacas leiteiras que, em idade reprodutiva, cresceram em cerca de 30.000 cabeças, para 1,14 milhão de cabeças – o primeiro aumento desde 1999.

A taxa de crescimento, de 2,6%, é a maior registrada em 30 anos – período durante o qual somente dois outros anos, 1994 e 1999, testemunharam aumentos nos números de vacas leiteiras.

O aumento nos números veio em meio ao impulso às margens no setor de lácteos, tanto pela queda nos preços dos alimentos animais, como pelos valores elevados do leite, que no Reino Unido aumentou em 7,6% no ano até maio, para 32,27 libras esterlinas (US$ 52,65) por 100 litros, de acordo com o Defra.

Além disso, muitos produtores no Reino Unido, como na vizinha Irlanda e em outros países da União Europeia (UE) com custos relativamente baixos de produção, estão trabalhando para aumentar a produção de leite após os limites das cotas serem removidos no próximo ano.

A produção de leite no Reino Unido, onde a Inglaterra é responsável pela grande maioria, aumentou em 6,9% em agosto, para 1,19 bilhão de litros, o 15° mês sucessivo mostrando um aumento anual nos volumes.

A produção em 2013-14, até março, aumentou em 5,4%, o maior aumento nos últimos 20 anos, e reverteu a queda nos picos alcançados na década anterior, com o crescimento na produtividade não conseguindo compensar a queda no número de vacas.

Entretanto, o período de aumento dos preços do leite já chegou ao fim, com os valores em agosto caindo em 7% até agora nesse ano e mais cortes devendo ocorrer no próximo mês, um reflexo da queda nos mercado de commodities lácteas.

De fato, a partir de 1 de outubro, a First Milk deverá cortar os preços do leite em 3 centavos de libra (4,89 centavos de dólar) por litro, enquanto alguns fornecedores da Dairy Crest enfrentarão uma redução de 1,75 centavos de libra (2,85 centavos de dólar) por litro. A Muller Wiseman Dairies deverá cortar os preços para alguns produtores em 1,8 centavos de libra (2,93 centavos de dólar) por litro.

O recuo nos preços mundiais de lácteos reflete, em parte, a maior produção no Reino Unido e em outros países da UE, como Irlanda, além de importantes nações exportadoras, como Austrália e Nova Zelândia.

A reportagem é do Agrimoney, traduzida pela Equipe MilkPoint Brasil.
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