“Enquanto as cinco maiores permaneceram sem mudanças, existem agora duas companhias chinesas nos top 15. Elas não estavam nem nos top 20 até 2008”, comentou o analista do Rabobank, Tim Hunt. “Em contraste, a falta de um consolidador global dos Estados Unidos está levando a um declínio das companhias americanas no ranking”.
A Nestlé estendeu sua liderança no topo da tabela, com um crescimento orgânico e a compra da divisão de nutrição infantil da Pfizer contribuindo com 23% de crescimento nas receitas nas vendas de lácteos. Apesar do desempenho da Nestlé, quase todas as companhias dentre as 20 maiores sentiram os efeitos da recessão econômica global, recessão da União Europeia (UE) e amadurecimento dos mercados de lácteos Ocidentais em 2012. Pelo menos seis companhias viram suas receitas com lácteos realmente declinar em 2013 (em termos de moeda local). O lento potencial de crescimento orgânico está colocando mais pressão nas companhias para consolidar as indústrias locais e buscar crescimento via aquisição, contribuindo para atrapalhar a recente atividade nas top-20. As companhias também estão ativamente se posicionando para ter acesso a crescimentos mais fortes de mercado no exterior.
O desejo do governo chinês pela consolidação doméstica e integração vertical, junto com um crescimento no mercado local, irão certamente apoiar mais ainda o crescimento das gigantes chinesas Yili e Mengniu. Uma combinação de limitação do mercado doméstico e falta de aquisições consideráveis têm visto os rankings das companhias dos Estados Unidos declinarem nos últimos anos. A Kraft caiu 7 posições após a separação de sua divisão de comestíveis dos Estados Unidos de Mondelez, enquanto a Dairy Farmers of América viu as vendas declinarem em 2012 em uma base orgânica. A Dean Foods caiu uma posição devido à venda da WhiteWave e da Morningstar e da contração do mercado de fluidos dos Estados Unidos.
“Com o rápido crescimento dos gigantes chineses, é bem possível que as grandes empresas dos Estados Unidos sejam pressionadas para baixo na lista nos próximos anos, com o espaço global sendo preenchido por outros no momento. O tamanho não deve ser uma meta em si e as companhias dos Estados Unidos podem participar no crescimento externo pelo desenvolvimento de suas divisões de exportação. Entretanto, com grande parte das oportunidades de crescimento em lácteos provavelmente vindo de fora dos Estados Unidos nos próximos anos, as companhias do país precisarão pensar melhor sobre se ser um exportador não alinhado com uma base externa será suficiente para garantir sua participação no crescimento e no valor disponível nos próximos anos”.
Os dados são do Rabobank, traduzidos e adaptados pela Equipe MilkPoint.