Rabobank: Preços dos lácteos no segundo trimestre se mantiveram historicamente altos

Os preços internacionais dos lácteos alcançaram níveis recordes em abril, apenas dez meses depois da última queda no mercado. Apesar de os preços no meio de junho terem caído em 10-12%, eles ainda permaneceram excepcionalmente altos pelos padrões históricos, de acordo com o último relatório trimestral do Rabobank.

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Os preços internacionais dos lácteos alcançaram níveis recordes em abril, apenas dez meses depois da última queda no mercado. Apesar de os preços no meio de junho terem caído em 10-12%, eles ainda permaneceram excepcionalmente altos pelos padrões históricos, de acordo com o último relatório trimestral do Rabobank.

O aumento no preço está direcionado pelo lado da oferta, com quedas significantes na produção em regiões exportadoras e importadoras, afetando efetivamente o mercado, apesar da demanda muito fraca. Os preços deverão baixar à medida que a oferta melhore nos próximos dois trimestres, mas a mudança deverá ser gradual.

O estrategista global do Rabobank, Tim Hunt, disse: “Raramente um aumento nos mercados internacionais aparecem tão direcionados pela demanda como esse. A perda do dinamismo no crescimento da produção de leite era esperada depois da razão não atrativa entre o preço do leite e o custo da ração no final de 2012, mas isso foi exacerbado pelo clima desfavorável em importantes regiões produtoras na primeira metade de 2013. No hemisfério norte, o inverno frio e úmido foi seguido por uma chegada tardia da primavera, enquanto a Oceania registrou um verão seco”.

Com todos os fatores relacionados ao abastecimento invertidos, exceto por um aumento marginal no Brasil, a produção de leite caiu em 2,5% em março, e então em 4,1% em abril nas “Sete Grandes” regiões exportadoras do mundo – União Europeia (UE), Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália, Argentina, Brasil e Uruguai. Isso é cerca de quatro vezes a taxa de contração vista após a crise financeira global.

Para piorar, afetada pelo clima adverso e pelas baixas margens, a produção russa caiu a uma taxa similar no mesmo período, enquanto a produção chinesa parece ter estagnado. Isso reduziu a oferta nas duas maiores regiões importadoras do mundo e fez com que esses países se voltassem ao mercado internacional para completar a demanda, justamente quando a oferta exportável diminuiu. Muitos outros importadores foram afetados no mercado, com os preços alcançando níveis recordes, racionando a oferta disponível.

Os preços geralmente começam a declinar à medida que, em uma ordem aproximada, a cobertura de curto prazo termine, alguns compradores sejam empurrados à margem com redução nos estoques e a oferta eventualmente aumente. Entretanto, com o nível relativamente baixo nos estoques em todo o mundo, o mercado ficou esperando a resposta da oferta para melhorar os preços.

Com a redução esperada nos preços das commodities usadas na alimentação animal, quando as culturas no Hemisfério Norte forem colhidas no outono, o Rabobank espera que as margens fiquem positivas na maioria das regiões no quarto trimestre desse ano.

Com apenas uma pequena melhora esperada nas condições de demanda nos mercados da UE e dos Estados Unidos na segunda metade do ano, os preços serão bastante influenciados pela resposta dos produtores de leite a essas melhores margens e pelo apetite dos importadores para absorver maiores volumes. Na visão do Rabobank, isso deverá se parecer mais com uma deflação do que com uma reversão do inchaço dos preços internacionais.

Os dados são do Rabobank, traduzidos e adaptados pela Equipe MilkPoint.

 
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Roney Jose da Veiga
RONEY JOSE DA VEIGA

HONÓRIO SERPA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 02/07/2013

Que sejam deflacionadas as margens absurdas do varejo e das Indústrias, e não do preço pago ao produtor!

Irmãos produtores, Vamos as ruas também, se preciso for, por um preço justo e perfeito!
Qual a sua dúvida hoje?