Rabobank: oferta global ainda passa por ajustes

A oferta de leite dos principais países exportadores recuou 2,6 milhões de toneladas no segundo semestre em relação a igual período de 2015, aponta relatório do Rabobank. Na comparação, diz o banco holandês, as exportações desses países diminuíram 4,5 milhões de toneladas. A maior parte da diferença é explicada pela crescente demanda doméstica nos EUA e na Europa.

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A oferta de leite dos principais países exportadores recuou 2,6 milhões de toneladas no segundo semestre em relação a igual período de 2015, aponta relatório do Rabobank. Na comparação, diz o banco holandês, as exportações desses países diminuíram 4,5 milhões de toneladas. A maior parte da diferença é explicada pela crescente demanda doméstica nos EUA e na Europa. Como resultado, os preços internacionais dos lácteos subiram mais de 45% na segunda metade do ano.

Conforme o Rabobank, a produção mundial de leite mostrou estar em "má forma" no semestre. A produção na Europa está se ajustando - não apenas por conta dos preços baixos, mas também em resposta aos subsídios que devem retirar 1 milhão de toneladas do mercado -, enquanto na Nova Zelândia o início da safra foi fraco, por conta do clima desfavorável ao crescimento das pastagens de primavera.

Na América do Sul, lembra o relatório do banco, a produção brasileira começou a se recuperar de uma forte queda vista entre o fim de 2015 e o início de 2016, mas o segundo semestre ainda apresenta um declínio de 1,5% nos volumes em relação ao mesmo período de 2015. Para o primeiro semestre de 2017, a expectativa é de expansão de 2%, em parte graças à queda dos preços dos grãos.

De forma surpreendente, avalia o Rabobank, o consumo de lácteos ficou estável em 2016 no Brasil, com a maior parte das categorias registrando estabilidade ou declínios pequenos. A menor oferta foi mais do que compensada pelo aumento das importações de lácteos, especialmente do Mercosul. Na região, as piores condições para a produção têm sido vistas na Argentina, onde custos em elevação e inundações severas em 2016 forçaram muitos produtores a deixarem a atividade.

Na China, os pecuaristas também continuam a enfrentar dificuldades, e os indicadores sugerem que a saída de produtores de pequeno e médio portes da atividade tem sido significativa. Mas o crescimento da importação no país asiático desacelerou no terceiro trimestre de 2016, o que tem ajudado a reduzir os estoques locais. Para todo o ano de 2016, a expectativa do Rabobank é que as importações chinesas cresçam 18%.

A exceção entre os grandes exportadores no segundo semestre foram os EUA, onde as margens dos produtores se fortaleceram e os embarques cresceram 19% no terceiro trimestre. No mercado americano, queda do desemprego, baixos preços do petróleo e estímulos à economia ampliaram a confiança do consumidor, incentivando a demanda por queijo e manteiga, entre outros.

As informações são do Valor Econômico.
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