Queijo sem lactose?

Derivados do leite que passam por longo período de maturação podem ser uma alternativa para quem é intolerante à lactose.[...]

Publicado por: MilkPoint

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Dietas sem glúten – proteína presente em grãos como trigo e cevada – e sem lactose – o açúcar do leite – estão na moda. Mas, ficar sem consumir alimentos que contenham leite ou farinha de trigo pode ser complicado. Algumas pessoas não têm alternativa, por sofrer intolerância a uma dessas duas substâncias, e devem seguir uma alimentação restrita. No caso da sensibilidade à lactose, o consumo de leite e seus derivados deve ser evitado, inclusive o produto típico de Minas: o queijo.

Os sintomas mais comuns para quem tem intolerância ao açúcar do leite são diarreia, flatulência, dores na barriga e inchaço no abdômen. Porém, quem sofre com esse mal vai gostar desta notícia: existem queijos no mercado que não possuem lactose, devido ao processo de maturação.

De acordo com o professor Marcelo Resende, do curso de Medicina Veterinária da UFMG, especializado em microbiologia do leite e seus derivados, quanto mais "seco" for o queijo, menos lactose ele tem. Alguns chegam a ter 0% da substância, como é o caso do grana padano – uma espécie de parmesão italaiano –, que leva dois anos para maturar. "A degradação da lactose se dá pela lactase, uma enzima produzida por microrganismos presentes nos alimentos. Essas bactérias vão consumindo o açúcar até que, por fim, se transforme em ácido láctico", explica o professor, que também faz parte do departamento de Tecnologia e Inspeção de Produtos de Origem Animal da UFMG.

A desvantagem nos queijos sem lactose, especialmente para quem não é intolerante e quer apenas emagrecer, segundo o especialista, é que quanto menos açúcar, mais gordura se tem no derivado do leite. "O queijo vai perdendo umidade com a maturação, e a gordura vai se concentrando com a perda de volume da água", diz.

Confira a porcentagem média de lactose em alguns produtos à base de leite:

Leite integral, semi-desnatado ou desnatado – 4,9%
Leite com lactose reduzida – 0,49%
Chantili – 2,9%
Iogurte integral – 4,5%
Leite condensado – 12,3%
Sorvete elaborado com leite – 5,7%
Manteiga – 0,9%
Margarina elaborada com leite – 0,5%
Leite em pó desnatado – 51,3%
Leite em pó integral – 37,5%
Soro de leite em pó – 69%
Queijo gorgonzola – 1,2%
Queijo brie – 1%
Queijo cheddar – 1%
Queijo camembert – 0,9%
Ricota – 3,6%
Queijo parmesão – 1%
Queijo muçarela light – 3,1%
Queijo muçarela de bufala – 2%
Fonte: National Diary Council (Conselho Nacional de Laticínios dos Estados Unidos)

A reportagem é da Revista Encontro.
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Gilmar Afonso Inacio Junior
GILMAR AFONSO INACIO JUNIOR

BARUERI - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA LATICÍNIOS

EM 30/01/2015

Bom dia!



Gostaria de esclarecer apenas dois pontos equivocados na notícia acima:



1° - Quem sofre de intolerância a lactose não precisa se restringir a consumir derivados lácteos, muito pelo contrário, é apenas procurar no mercado produtos lácteos com teor reduzido desse açúcar ou 0% de lactose. Quem não pode consumir derivados lácteos é a pessoa que é alérgica a algum tipo de proteína do leite (não necessariamente a caseína... um outro constituinte do leite que estão se equivocando ao passar a informação correta).



2°- Na tecnologia da fabricação de queijos, cerca de 3-5% do teor de lactose do leite é passado para o queijo (continha básica... leite = 4,9 % de lactose, logo 4,9 * 4% = 0,196, então o queijo possui apenas 0,196% de lactose) , o que sobrou vai para o soro do queijo. Com cerca de 1 semana a lactose residual já não está mais presente no queijo, pois as bactérias láticas já a consumiram.



Enfim, isso foi apenas um pequeno resumo da real informação sobre os constituintes dos derivados lácteos... sugiro se informarem com melhores fontes de informação.



Obrigado!
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