Queijo probiótico associado à dieta de baixa caloria mostrou benefícios para peso e saúde do coração de obesos

Uma dieta com baixas calorias, associada ao consumo diário de um queijo probiótico pode melhorar a pressão sanguínea e as medidas de índice de massa corpórea em adultos obesos com hipertensão, disse um novo estudo.

Três semanas de consumo de 1.500 calorias por dia e de um queijo contendo Lactobacillus plantarum Tensia foram associados com uma melhora significativa no Índice de Massa Corporea (IMC), comparado com uma dieta com baixas calorias associada com um queijo não probiótico, disseram os pesquisadores da Academia Russa de Ciências Médicas, do Centro de Bio-Competência de Produtos Lácteos Saudáveis LLC (Estônia) e da Universidade de Tartu (Estônia). “Há um bom potencial para queijos probióticos contendo L. Plantarum Tensia ser incluído em uma dieta hipocalórica para reduzir os sintomas da síndrome metabólica”, escreveram os pesquisadores no Nutrition Journal.

“Essa descoberta pode ampliar a área de métodos não medicamentosos que podem ser empregados para se obter valores ótimos de pressão arterial e normalização do IMC, que atualmente inclui uma nutrição saudável, parar de fumar e aumentar a atividade física regular”.

Os pesquisadores também reportam que ambos os grupos apresentaram uma redução nos níveis de glicose sanguínea em 18% e nenhum dos grupos teve aumento total do colesterol, lipoproteína de baixa densidade ou níveis de triglicérides.

O L. plantarum Tensia foi isolado do trato gastrointestinal de crianças saudáveis da Estônia e foi depositada na Coleção Alemã de Microrganismos e Culturas de Células GmbH em 2008. A cepa é patenteada como um probiótico antimicrobiano e anti-hipertensivo. Dois dos autores do novo estudo são titulares nas patentes.

Para apoiar os potenciais benefícios da cepa, os pesquisadores recrutaram 40 adultos russos obesos com hipertensão e os distribuíram em uma dieta hipocalórica com queijo formulado com ou sem a cepa do probiótico. Os resultados do estudo de três semanas, aleatório, duplo-cego, controlado por placebo, indicou que o IMC teve redução significativa no grupo que consumiu o queijo probiótico, comparado com o grupo controle de queijos (-2 vs -1,6 quilos/m2, respectivamente). Reduções similares na pressão sanguínea foram observadas em ambos os grupos para pessoas que também estavam tomando medicamentos para reduzir a pressão sanguínea. Entretanto, maiores níveis da bactéria probiótica foram associados com menores pressões sistólica e diastólica pela manhã.

“A redução [da pressão sistólica e diastólica] após 8 semanas de intervenção foi mostrada em pessoas moderadamente hipertensivas usando Lactobacillus helveticus ou Saccharomyces cerevisiae”, disseram os pesquisadores.

Os dados são do Nutrition Journal, publicados no Dairy Reporter, traduzidos e adaptados pela Equipe MilkPoint.