Os barris de leite chegam quase todos os dias pela manhã na queijaria de Urussanga. São mais de 500 litros por semana - cinco vezes mais do que era consumido em junho, quando a fábrica abriu.
Clésia da Graça Muntini, proprietária responsável pela fábrica de queijos, conhece o processo de produção desde menina, mas aperfeiçoou o conhecimento com um curso de um ano na Itália, país famoso pela produção da especiaria. "Quando pensei em começar a trabalhar, já pensei em queijos diferenciados, que não encontramos em mercados. Hoje temos várias especiarias e vários sabores", afirmou a proprietária da fábrica.
Para se transformar em queijo, o leite é pasteurizado aquecido a 72ºC. Depois de resfriado, ele é novamente aquecido e cozido por cerca de uma hora até coagular. O trabalho artesanal exige paciência. Após o corte, o queijo ainda fica na câmara fria por cerca de uma semana. "Esses dias que ele passa na câmara fria são necessários para acentuar o sabor do queijo. O queijo colonial precisa desse processo de maturação", revelou Clésia da Graça.
A queijaria produz uma média de 50 queijos por dia e a empresa é administrada por um grupo de cinco produtores, que fazem parte da Associação de Gados Leiteiros de Urussanga. Porém, o sucesso da produtora são os queijos diferenciados, como o bêbado.
Segundo Clésia, o primeiro queijo bêbado foi produzido sem querer. Durante a Primeira Guerra Mundial, para não morrerem de fome, os agricultores italianos esconderam o queijo do exército inimigo junto com o suco de uvas frescas. Após um tempo mergulhado, o produto ganhou um sabor diferente. "O queijo ganha um sabor especial porque o vinho é colocado na própria massa e depois com a casca, que também é mergulhada, fica muito mais saboroso", concluiu a produtora Clésia da Graça.
As informações são do G1 de SC.
