Produtos lácteos da Nova Zelândia afetados pela crise na bolsa da China
Os produtos lácteos da Nova Zelândia, já sob pressão pela menor demanda chinesa, sofreram outro golpe quando o mercado de ações chinês entrou em crise. Isso levou a uma incerteza considerável nos mercados de lácteos e afetou os preços, de acordo com bancos da Nova Zelândia. As dificuldades da crise na Grécia também afetaram a Nova Zelândia, com o dólar neozelandês alcançando seu menor valor em cinco anos à medida que os investidores buscam se afastar das moedas dependentes de commodities para os mais seguros iene e dólar americano.[...]
Publicado por: MilkPoint
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As dificuldades da crise na Grécia também afetaram a Nova Zelândia, com o dólar neozelandês alcançando seu menor valor em cinco anos à medida que os investidores buscam se afastar das moedas dependentes de commodities para os mais seguros iene e dólar americano. Na Nova Zelândia, os lácteos caíram em 5,9% em um leilão em 1 de julho, com os preços para o leite em pó integral caindo mais de 10%. Somado a isso, houve a queda nos mercados chineses que exerceram outra pressão negativa de baixa nos preços de commodities da Nova Zelândia, reportou o ABS Commodities.
A confiança do mercado da Nova Zelândia pode ter sido afetada com mais quedas de preços do mais recente leilão de lácteos, em 15 de julho.
Na China, o Índice Composto da Bolsa de Valores de Xangai caiu em 30% desde 12 de junho. A queda mais drástica ocorreu após um crescimento prolongado que tinha levado a um aumento de 160% na bolsa desde o começo de 2014. Porém, há uma nota de consolação do ABS Commodities de que a queda súbita no valor de mercado chinês não terá um impacto negativo nos produtos lácteos no próprio país. A razão disso é que o aumento no valor no mercado de ações não resultou em maiores compras de alimentos pelos chineses. Dessa forma, a queda no mercado de ações não resultará na redução dos gastos varejistas com alimentos, de acordo com analistas.
Ao mesmo tempo, os abates de vacas leiteiras na Nova Zelândia aumentaram em 21%. Isso foi direcionado pelo forte preço da carne bovina e pelos baixos preços do leite. Os produtores pareciam estar aproveitando os maiores preços da carne bovina à medida que removeram animais com baixo desempenho de seus rebanhos. O economista do DairyNZ, Matthew Newman, disse que os números de abates de vacas aumentaram em 185.650, que é cerca de 21%.
Há várias razões para os abates. Porém, os fortes preços da carne bovina foram citados como principal razão. Os abates de vacas leiteiras, que foram uma atividade valiosa no passado, agora são um item valioso de fluxo de caixa. Os economistas identificaram o baixo preço do leite e as condições de clima seco como outras razões. A produção de leite na Nova Zelândia caiu em 2% em 2014. “Há três principais razões para as maiores taxas de abates – maiores preços da carne bovina, menor preço do leite e condições climáticas secas precoces”, disse Lee McDonald, do South Island Dairy Farmers. Ele previu que as taxas de abates dobrarão com as iniciativas iniciais de 15-17%. O presidente da Federation Farmers Dairy, Andrew Hoggard, previu que 2015 não será um ano de boom para os produtores de leite e acrescentou que acha que “não será um ano de super-boom em termos de produção”.
A reportagem é do International Business Time, traduzida pela Equipe MilkPoint.
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