Produtores de leite europeus não querem sistema de controle da oferta
A Associação Europeia de Lácteos (EDA, sigla em inglês) pediu que os membros do Parlamento europeu reconsiderem seu suporte à introdução de um sistema de controle da oferta de leite em tempos de crise - uma medida que criaria um "ambiente menos lucrativo" aos produtores e processadores.
Publicado por: MilkPoint
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Na semana passada, uma sessão do plenário do Parlamento Europeu concordou com um mandato para negociações e emendas à Política Agrícola Comum (PAC). Entre essas decisões estava o suporte à introdução de um sistema de controle da oferta de leite em tempos de crise. O sistema requereria que os fornecedores que aumentassem sua produção pagassem uma multa, enquanto seria pago um auxílio aos que reduzissem a produção. Essa posição será usada como uma base para as negociações com o Conselho Europeu e Comissão Europeia para determinar o resultado final da reforma da PAC.
O secretário geral da EDA, Joop Kleibeuker, pediu que Bruxelas reconsiderasse sua posição sobre o sistema de controle da oferta – uma ferramenta que ele anteriormente descreveu como um “passo para trás”. “Temos uma importante preocupação com relação à implementação do sistema de controle da oferta em tempos de crise. Achamos que esse sistema não funcionará”.
Segundo ele, os produtores e processadores de leite poderiam ter uma redução no rendimento se o sistema for incluído como uma emenda na reforma da PAC. “A introdução de um sistema de controle da oferta de leite em tempos de crise não trará vantagens aos membros do setor de leite europeu – nem produtores, nem processadores, nem consumidores”, disse ele.
“A indústria de lácteos européia investiu muito dinheiro nos últimos 10 anos no preparo para esse mercado livre. Esse sistema de controle da oferta interferiria e resultaria em um ambiente menos lucrativo para todos da cadeia de fornecimento de leite. O Parlamento Europeu está na direção errada. Esperamos que eles reconsiderem a posição tomada pelo Parlamento Europeu”, Kleibeuker complementa.
A União Nacional de Produtores Rurais (NFU), que representa os interesses dos produtores britânicos, também levantaram preocupações com o apoio a esse sistema. “A indústria trabalhou por muitos anos baseada no fato de que as cotas de leite terminariam e o setor seria livre para responder às demandas de mercado”, disse o vice-presidente da NFU, Meurig Raymond. “A introdução de uma medida que penalizaria os produtores que aumentassem a produção, enquanto garante uma ajuda aos que reduzirem a produção, é um passo retrógrado”.
A reportagem é do Dairy Reporter, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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