A agência do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Wellington, na última série de previsões para a produção de leite da Nova Zelândia, reduziu ainda mais sua previsão, em 19.000 toneladas, para 21,39 milhões de toneladas para 2015, 2,3% de queda com relação ao ano anterior. A redução refletiu as expectativas de queda de 5% na segunda metade do ano para a produção nos maiores exportadores de leite, à medida que os baixos preços levaram os produtores a reduzir seus rebanhos e cortar a suplementação das vacas, também em um período de clima mais frio.
“O inverno e o começo da primavera (de junho a meio de setembro) para 2015 foram mais frios do que nos dois últimos anos”, disse o USDA, acrescentando que “isso afetou negativamente o crescimento das pastagens”. A produção de leite na Nova Zelândia continuará caindo em 2016, em 3,0%, para 20,747 milhões de toneladas. Essa será a primeira vez desde 1973-74 que a produção da Nova Zelândia cai por dois anos seguidos.
Além do desincentivo dos baixos preços, o USDA também citou a previsão de problemas climáticos por causa do El Niño. “Para a Nova Zelândia, isso frequentemente significa condições de seca na costa leste das duas ilhas e pode significar seca em Waikato que ainda produz aproximadamente 30% do leite do país”. Entretanto, o impacto da menor produção de leite não será sentido igualmente entre todos os principais produtos lácteos. Como por exemplo, a produção de leite integral deve permanecer estável, enquanto a produção de queijo declina.
Para 2016, a produção de leite em pó integral deverá se manter em 1,38 milhão de toneladas, apesar de a produção geral de leite estar caindo. As exportações de leite em pó integral da Nova Zelândia irão se manter estáveis após uma queda de 4,4% em 2015. A queda na oferta de leite em 2016 e a interferência dos preços das commodities provavelmente contribuirão com a redução na produção de queijos. Com isso, espera-se que também haja redução nas exportações de queijos.
As informações são do Agrimoney.