Os probióticos podem dar uma força para os neurônios. (O Silva (ilustração), Dercílio/SAÚDE é Vital)
Os cientistas analisaram 52 pessoas de 60 a 95 anos, todas diagnosticadas com Alzheimer, doença marcada pela deterioração dos neurônios e pela perda progressiva da memória e da capacidade de raciocínio. Os voluntários foram divididos em dois grupos: o primeiro bebeu 200 mililitros de leite comum todos os dias durante doze semanas. Já a segunda turma ingeriu a mesma quantidade da bebida por 3 meses, mas a versão deles era enriquecida com os tais probióticos. Todos foram submetidos a coletas de sangue e testes de memória e aprendizado no início e ao final da experiência.
De acordo com os resultados, a turma que tomou o leite com os micro-organismos do bem se saiu melhor nas avaliações cognitivas, o que demonstra uma possível melhora no quadro da doença. Essa foi a primeira vez que os probióticos se mostraram efetivos no combate a problemas de memória.
Mas os pesquisadores ressaltam que o experimento não é definitivo, tampouco traz uma solução mágica: infelizmente, os pacientes continuaram gravemente prejudicados pela condição neurodegenerativa. Em outras palavras, o tratamento do Alzheimer continua sendo um desafio e tanto para médicos e cientistas.
Houve uma segunda boa notícia no estudo: além da diferença nos testes cognitivos, os exames de sangue apontaram uma melhora em triglicérides, colesterol, marcadores inflamatórios e resistência à insulina entre os participantes que beberam o leite com probióticos. A hipótese é que os lactobacilos ajudariam a regular a microbiota intestinal, o que promoveria os benefícios. Novos estudos mais abrangentes precisam ser realizados para comprovar os achados iniciais iranianos.
As informações são do portal Exame.