Pesquisa MilkPoint e Leite Brasil: Quem de fato produz o leite brasileiro?

É sabido que o setor leiteiro tem grande carência de informações estatísticas. Essa carência muitas vezes gera uma percepção potencialmente equivocada da realidade, que acaba por atrapalhar o entendimento da situação real do setor, por gerar uma imagem distorcida da realidade e por dificultar a adoção de políticas públicas que de fato representem os anseios e necessidades do setor. Essa pesquisa trata-se de uma iniciativa simples do MilkPoint e da Leite Brasil, mas poderosa à medida que pode revelar quem produz a maior parte do leite inspecionado do país. Participe!!!

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É sabido que o setor leiteiro tem grande carência de informações estatísticas. Essa carência muitas vezes gera uma percepção potencialmente equivocada da realidade, que acaba por atrapalhar o entendimento da situação real do setor, por gerar uma imagem distorcida da realidade e por dificultar a adoção de políticas públicas que de fato representem os anseios e necessidades do setor.

A estatística do Censo de 2005/06 do IBGE, é de que 1.300.000 produtores produzem o leite brasileiro.

Será que, passados 7 anos de grandes transformações no país e no setor, é esse realmente o quadro? Acreditamos que não. Ainda que o número de produtores seja muito elevado se comparado a outros países, nossa percepção é que a maior parte do leite hoje é produzido por um produtor de porte bem maior do que os de 70 litros diários.

O Projeto “Quem de fato produz o leite brasileiro?” é uma iniciativa simples do MilkPoint e da Leite Brasil, mas poderosa à medida que pode revelar quem produz a maior parte do leite inspecionado do país.

Através dela, teremos uma ideia mais clara e atual de quem de fato tem condições de responder aos estímulos de mercado – para esses produtores, é necessário que tenhamos políticas públicas focadas em expansão, tecnologia, capacitação gerencial.

Certamente, há um grande número de produtores com volume comercializável muito pequeno e com pouca possibilidade de crescimento e mesmo de alternativa de renda. Políticas públicas de amparo a esse produtor são necessárias, mas nos parece evidente que não são as mesmas dos produtores ditos profissionais, sejam eles familiares ou não.

Como funciona o Projeto?

É muito simples. Utilizando a classificação utilizada pelo IBGE, acrescida de alguns níveis de produção mais elevados, vamos levantar, junto aos principais laticínios, quantos produtores e quantos litros de leite em média são produzidos em cada classe:



O objetivo é levantarmos os dados referentes a Junho de 2013. Eventualmente, o levantamento poderá ser refeito em outras épocas. Acreditamos que teremos mais de 50% do leite inspecionado se obtivermos sucesso na iniciativa.

Os dados individuais não serão em hipótese alguma divulgados. A empresa, ao participar, tem os seguintes benefícios:

- uma ideia precisa de como está a estratificação de sua coleta de leite se comparada a média nacional;

- contribuirá para que tenhamos um melhor conhecimento do setor, com efeito nas políticas públicas

- contribuirá para que melhoremos a imagem do setor, produzindo um dado mais condizente com a realidade
 
Para sua empresa participar, preencha o formulário abaixo e clique em enviar.

O prazo para recebimento das informações e compilação das mesmas é 31 de julho. Em caso de dúvidas, ligar para Carlos (19) 3432-2199 ou envie um e-mail para carlos@agripoint.com.br.


 
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Luiz Antonio
LUIZ ANTONIO

DOIS IRMÃOS DO BURITI - MATO GROSSO DO SUL - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 16/07/2013

Se matarmos aquela única vaquinha que ainda mantém a esperança de termos duas, certamente amanhã, estaremos onerados de mais uma familia urbana. Não nos  esqueçamos de que toda imensidão do infinito é composta também pelo vácuo; ou seja; APARENTEMENTE, nada. Então assim, é bom que reconheçamos a verdade mais próxima possível da VERDADE ! Espero que consiga Sr Carlos. E tenhamos essa permissão. Obrigado e Parabéns também.
waldir brasil santiago
WALDIR BRASIL SANTIAGO

ITATINGA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/07/2013

Interessante!!!.A escala deve ser mesmo essa elaborada.Num futuro bem próximo,acredito ter algum resultado satisfatório,somente produtores acima de 250 lts diários.Associações devem continuar de forma pontual,mas não acrescerão quase nada nessa tabela do Carlos.

Parabéns Carlos.

Abraço,

             santiago
Maurício Carvalho de Oliveira
MAURÍCIO CARVALHO DE OLIVEIRA

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL

EM 15/07/2013

Está é uma iniciativa louvável. No Brasil temos uma deficiência crônica de dados estatísticos. Dados confiáveis. O IBGE tem poucos profissionais para atuar nesse grande e desconhecido universo que é o RURAL brasileiro. Mas o IBGE tem algo de grande relevância, que são as metodologias apropriadas para essas pesquisas, que são pesquisas por amostragens.

Outro aspecto que merece reflexão da equipe é a questão da MUNICIPALIZAÇÃO. Os gestores (prefeitos e outras autoridades, cooperativas agropecuárias) precisam conhecer o quadro, a situação de seu município - o quanto de leite produz, a qualidade do produto, a renda do produtor, a qualidade das pastagens, o rebanho leiteiro. É no município que as coisas acontecem e daí chegar as esporas na burocracia do Ministério da Agricultura, ora essa. Mas qual é mesmo o objetivo do trabalho????
Joabe Jobson de Oliveira Pimentel
JOABE JOBSON DE OLIVEIRA PIMENTEL

TEIXEIRA DE FREITAS - BAHIA

EM 13/07/2013

Prezados,



Acho louvável a iniciativa da pesquisa



A título de colaboração, gostaria de tecer alguns comentários



Houve uma pesquisa feita em Minas Gerais em 1995 que foi repetida em 2005

Os resultados desta pesquisa foram amplamente utilizados na mídia por empresas ligadas ao setor, influenciando a opinião de milhões de pessoas.

Acontece que a pesquisa considerou como produtor acima de 1000 litros de leite, diversas associações de pequenos produtores que foram criadas no intervalo entre as duas pesquisas (ou seja entre 1995 e 2005) devido ao fenomeno da granelização da coleta do leite.

Com esta metodologia, a pesquisa revelou que houve uma grande queda no número de pequenos produtores e um aumento do número de grandes produtores.

Esta informação portanto distorce a realidade por não ter contabilizado individualmente os produtores inseridos em associações

Peço que tenham este cuidado pois os laticínios não tem a informação da produção individual dos produtores em associações das quais captam leite.

Com o objetivo de auxiliar o produtor que realmente necessita de políticas de auxílio, o rigor científico da pesquisa deverá ser considerado pelas autoridades responsáveis pelas políticas públicas para o setor leiteiro



Parabéns pela iniciativa


Joabe Jobson de Oliveira Pimentel
JOABE JOBSON DE OLIVEIRA PIMENTEL

TEIXEIRA DE FREITAS - BAHIA

EM 13/07/2013

Apoio a inserção do nível até 100 litros na pesquisa pois muitos destes produtores podem avançar para maiores produções se forem alcançados por políticas eficientes de incentivo e capacitações
valdir goergen
VALDIR GOERGEN

AUGUSTO PESTANA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 12/07/2013

É muito louvável esta idéia do Francisco.

Sei que vai ser umtrabalho árduo, pois quando estive na Secretaria Municipal de Agricultura eu queria fazer um levantamento destes, mas as Empresas não informavam os dados.

Mas será um levantamento muito importante para as pessoas envolvidas e preocupadas com o crescimento da atividade.

Um Abraço.
Francisco Carlos Heiden
FRANCISCO CARLOS HEIDEN

FLORIANÓPOLIS - SANTA CATARINA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 12/07/2013

Boa tarde.

O setor leiteiro tem uma carência muito grande de informações e esta é uma ótrima iniciativa. Em Santa Catarina a produção leiteira cresce num ritmo acelerado, principalmente, a produção destinada aos laticínios. Se considerarmos a concentração da produção (litros de leite por ha) pode se dizer que o oeste catarinense é uma das maiores bacias leiteiras do brasil. Tenho pesquisado (informalmente) nas indústrias e cooperativas, com SIF, e a produção média por produtor situa-se ao redor de 180l/ dia.

Por isso, eu gostaria de sugerir uma alteração da escala da pesquisa. Penso que se tivesse um estrato de até 100 l/ dia, saberíamos quantos são os pequenos e vulneráveis (economicamente) produtores do Brasil.
Qual a sua dúvida hoje?