Para Dean Foods, demanda por queijos pode impulsionar preços do leite nos EUA

A companhia de lácteos de Texas, nos Estados Unidos, Dean Foods, espera que os preços domésticos do leite no país se recuperem levemente nos próximos meses, mas permaneçam bem abaixo dos níveis de 2014. A alta demanda por queijos deverá continuar apoiando os preços nos Estados Unidos, que a Dean Foods acha que aumentará em cerca de 4% nos próximos três meses até 30 de setembro. Isso ainda significaria uma queda nos preços do leite dos Estados Unidos de 30% com relação ao ano anterior.[...]

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A companhia de lácteos de Texas, nos Estados Unidos, Dean Foods, espera que os preços domésticos do leite no país se recuperem levemente nos próximos meses, mas permaneçam bem abaixo dos níveis de 2014.

A alta demanda por queijos deverá continuar apoiando os preços nos Estados Unidos, que a Dean Foods acha que aumentará em cerca de 4% nos próximos três meses até 30 de setembro. Isso ainda significaria uma queda nos preços do leite dos Estados Unidos de 30% com relação ao ano anterior.

Falando para investidores, o diretor executivo da Dean Foods, Dave Tanner, disse que “em curto prazo, prevemos que os preços do leite cru nos Estados Unidos continuarão a ser comercializados em uma faixa relativamente estreita, com potencial limitado para escalada de preços. A partir de uma perspectiva do próximo trimestre, esperamos que os custos do leite cru continuem sendo significativamente menores do que os níveis do ano anterior e permaneçam relativamente estáveis”.

O grupo assumiu uma posição cautelosa sobre os preços globais das commodities lácteas, à medida que o “crescimento na oferta continuará ultrapassando a demanda”. Na semana passada, os preços globais dos lácteos alcançaram seu menor valor em 13 anos.

Os preços dos lácteos nos Estados Unidos se mostraram mais resistentes do que os preços globais das commodities lácteas durante o ano passado, sustentados por uma forte demanda doméstica por queijos.

Tanner disse que a Dean Foods espera ver os preços dos queijos “continuando a direcionar” os custos do leite fluido nos Estados Unidos. Entretanto, ele alertou que os “atuais grandes diferenciais de custos entre os produtos lácteos dos Estados Unidos e internacionais”, bem como a diferença de preços entre o leite adequado para a fabricação de queijos e o leite para produção de leite em pó “significam que o mercado parece um pouco instável e sujeito à volatilidade”.

A Dean Foods teve preços do leite cru nos três meses até 30 de junho de US$ 34,88 por 100 quilos, 6% a menos que nos três meses anteriores e 33% a menos do que a média de US$ 52,18 por 100 quilos durante o mesmo período do ano anterior. Entretanto, os preços “aumentaram gradualmente” durante os três meses até 30 de junho, terminando o período em um nível maior do que começou.

“Os preços do leite cru de US$ 36,44 por 100 quilos em julho marcaram um terceiro mês consecutivo com um aumento de US$ 0,03 por galão (3,78 litros), mas o anúncio do preço de agosto, de US$ 35,89 por 100 quilos representa uma redução de US$ 0,02 por galão sequencialmente, e esperamos que os preços por galão aumentem em cerca de US$ 0,005 por galão em setembro”.

Entretanto, as margens de lucros começaram a ficar pressionadas e os varejistas repassaram os baixos preços do leite a seus clientes. A Dean Foods notou que os últimos meses têm visto as margens sobre o leite declinarem, “à medida que os varejistas começaram a repassar aos consumidores parte dos declínios nos custos que eles tinham retido em janeiro e fevereiro”.

A Dean Foods viu a “margem sobre o leite” entre os preços do leite fluido commodity e os preços do leite no varejo caírem nos três meses até 30 de junho, para US$ 1,60 por galão, de US$ 1,70 por galão nos primeiros três meses do ano. “Estamos começando a ver um menor ambiente de commodities se traduzir em uma ambiente mais competitivo”.

As ações da Dean Foods caíram na segunda-feira passada após o grupo ter anunciado a saída inesperada do presidente do grupo, Tom Davis, bem como alguns resultados da companhia. “Esperamos que o conselho diretor esteja pronto para anunciar planos de sucessão no curso normal”.

O grupo viu as receitas caírem em 16% nos três meses até 30 de junho, atrás das expectativas dos analistas, apesar de as melhores margens de lucros terem ajudado no aumento dos lucros, para US$ 26,5 milhões, comparado com perdas de US$ 645.000 no ano passado, excedendo as expectativas.

A reportagem é do Agrimoney, traduzida pela Equipe MilkPoint.
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