Fotos/Marjuliê Martini
A partir dos depoimentos que serão coletados nos próximos dias, os Promotores de Justiça da Especializada Criminal, Mauro Rockenbach, e de Defesa do Consumidor, Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, pretendem determinar de que maneira esses produtos eram adicionados ao leite cru. Também foram apreendidos três caminhões, cujas amostras de leite foram coletadas pelos técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para análise, mas deram negativo pra fraude.
Foram encontradas, na residência de Airton Reidel, diversas notas fiscais comprovando a compra dos produtos químicos em nome dele. Uma delas, inclusive, estava na churrasqueira, onde seria, posteriormente, queimada. Ainda, havia 64 talões de produtor, que deveriam estar junto aos produtores de leite, e não com o transportador. Há indícios de que a quadrilha chefiada por Reidel comprava o leite dos agropecuaristas em menor quantidade e por menor preço do discriminado nas notas apresentadas à indústria.
Conforme as investigações, o transportador de leite Airton Jacó Reidel, de 31 anos, chefia uma quadrilha composta pela esposa dele, Rejane Dias, de 32, e pelos seus sobrinhos, Roberto Carlos Baumgarten, 27, e Laércio Rodrigo Baumgarten, 26. Roberto e Laércio são os motoristas do grupo, enquanto Rejane é sócia de Airton em duas empresas e proprietária de todos bens adquiridos através do crime. Dentro de um galpão improvisado na residência da mãe de Airton, foram localizados três refrigeradores clandestinos, utilizados para fraudar o leite. Eles foram lacrados pelo MP.
Também participou da Operação o Promotor de Justiça de Três de Maio Pablo da Silva Alfaro, técnicos do Mapa e fiscais da Receita Estadual.
As informações são do Ministério Público do RS.