Operação Carne Fraca: fluxo das exportações brasileiras deverá ser afetado

Diante das conclusões expostas pela Polícia Federal no âmbito da Operação Carne Fraca, será inevitável que o fluxo dos embarques brasileiros de carnes sofra algum abalo, de acordo com fontes do governo e da iniciativa privada.

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Diante das conclusões expostas pela Polícia Federal no âmbito da Operação Carne Fraca, será inevitável que o fluxo dos embarques brasileiros de carnes sofra algum abalo, de acordo com fontes do governo e da iniciativa privada.

Ainda que nenhum país importador tenha anunciado embargos aos produtos brasileiros até o fechamento desta edição, era grande o número de pedidos de esclarecimento apresentados por companhias importadoras aos governos dos países compradores, sobretudo China e diversas nações que fazem parte da União Europeia. China e UE são dois dos principais destinos das exportações de carnes do Brasil - que totalizaram quase US$ 15 bilhões no período de 12 meses encerrado em fevereiro passado.

Ainda assim, segundo apurou o Valor, interrupções do fluxo comercial são esperadas, e o risco de que cargas já a caminho desses destinos sejam barradas nos portos e devolvidas é grande. Também poderão ser adotados embargos específicos contra o Paraná, onde está concentrada boa parte dos problemas sanitários derivados do esquema de corrupção investigado pela PF. O Valor apurou que nos países do Oriente Médio, região também fundamental para os exportadores brasileiros, os esclarecimentos prestados até agora pelo governo e pela iniciativa privada foram bem recebidos e a pressão dos importadores é bem menor.

Aparentemente, a maior pressão vem da UE, onde a Copa-Cogeca, poderosa central que representa produtores rurais europeus, demonstrou preocupação e reiterou a importância de as importações da UE respeitarem os padrões sanitários definidos pelo bloco. E isso às vésperas do início de mais uma rodada de negociações no âmbito do acordo de livre comércio entre a UE e o Mercosul, hoje em Buenos Aires.

No pronunciamento que fez a jornalistas ontem em Brasília, o presidente Michel Temer informou que, em 2016, foram expedidas, no total, 853 mil partidas de produtos de origem animal do país para o exterior, e que apenas 184 foram consideradas fora de conformidade por importadores. E não necessariamente por questões sanitárias, muitas vezes por problemas de rotulagem e preenchimento de certificados.

As informações são do jornal Valor Econômico.
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